BES. Banco caiu há 10 anos e pôs na mira atuação do Banco de Portugal

por Lusa

O BES desapareceu há dez anos, uma notícia que, no domingo 03 de agosto de 2014, caiu com estrondo apesar da sucessão de escândalos com o grupo e levou a fortes críticas ao Banco de Portugal por atuação tardia.

Ao longo do ano de 2013 sinais de problemas no Banco Espírito Santo (BES) e no Grupo Espírito Santo (GES) vão-se evidenciando, já criando instabilidade e danos reputacionais.

O apertar do cerco do Banco de Portugal (BdP) revela buracos financeiros em empresas do grupo (desde logo na ESI - Espírito Santo International) e a promiscuidade entre áreas financeira e não financeira. Ao mesmo tempo, vem a público que o presidente do BES, Ricardo Salgado, recebeu milhões de euros do construtor civil José Guilherme e que não os declarou ao fisco, Salgado e Álvaro Sobrinho (ex-presidente do BES Angola) entram em rota de colisão e a luta de poder entre Salgado e o primo José Maria Ricciardi acentua-se.

O ano de 2014 é de adensar dos problemas do GES (empresas com dívidas ocultas e ativos sobreavaliados) e do BES (o banco usava os clientes para financiar empresas do grupo através da colocação de dívida, como papel comercial), mas nos primeiros meses a perspetiva é de que o banco se conseguirá estabilizar.

O BdP recomenda um aumento de capital e mais de 1.000 milhões de euros são subscritos em junho, apesar de o prospeto indicar já irregularidades financeiras e legais. A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários diria depois que foi graças a si que o prospeto alertava para riscos e que houve 30 versões até ao documento final (posteriormente percebeu-se que a realidade era bem pior do que aí constava).

Ainda durante o processo do aumento de capital, Salgado contacta o primeiro-ministro, Passos Coelho (Governo PDS/CDS-PP), a quem pede que interceda por um empréstimo de 2.000 milhões de euros da Caixa Geral de Depósitos ao GES. Este recusa.

Salgado tenta publicamente dar uma imagem de confiança - considera que o aumento de capital foi o de maior sucesso desde a privatização do banco, em 1992 - mas ainda em junho é forçado pelo BdP a sair do cargo que ocupava há mais de 20 anos.

A instabilidade e os rumores não abrandam e, no início de julho, o BdP diz que "a situação de solvabilidade do BES é sólida", que foram tomadas medidas "para evitar riscos de contágio ao banco resultantes do ramo não financeiro do GES" e que se for preciso haverá um novo aumento de capital.

Mas a derrocada prossegue: as ações do BES e da Espírito Santo Financial Group (a `holding` familiar que detinha 25% do BES) tombam em bolsa, empresas do grupo entram em reestruturação, o suíço Banque Privée Espírito Santo atrasa o reembolso a clientes que investiram em dívida da ESI e começa a fuga de depósitos no BES. O escândalo vira internacional, com o Financial Times (FT) e o Wall Street Journal a noticiarem que os mercados internacionais "caem com receios sobre banco português".

É antecipada a entrada da nova gestão, sendo presidente Vítor Bento (atual presidente da Associação Portuguesa de Bancos).

As garantias do supervisor são recordadas em 21 de julho pelo Presidente da República, Cavaco Silva. "O BdP tem sido perentório, categórico, a afirmar que os portugueses podem confiar no Banco Espírito Santo", disse aos jornalistas, declarações recorrentemente recordadas por quem perderia dinheiro na resolução passados 15 dias.

A nova gestão do BES vai descobrir que a situação é ainda mais grave. O banco tinha continuado a usar os seus clientes para financiar empresas do grupo, a exposição ao BES Angola de 3,0 mil milhões de euros está em risco de ser perdida (a garantia soberana angolana acabaria revogada) e há as cartas de conforto passadas por Salgado a duas empresas da Venezuela (que passam para o BES responsabilidades por dívida do GES). Com as notícias sobre incumprimentos, muitos clientes de retalho exigem o reembolso do investimento o que BES faz por questão reputacional e agrava a sua situação.

Vítor Bento dirá em maio de 2015 ao Expresso que "o BES era como um campo de minas, rebentavam por todo o lado".

Na noite de 30 de julho de 2014, as contas do primeiro semestre revelam prejuízos de 3,6 mil milhões de euros e desnudam irregularidades financeiras e legais. Mais, o banco tinha rácios de solvabilidade abaixo do exigido para funcionar.

Ainda assim, nessa noite, tanto Vítor Bento como o governador do BdP, Carlos Costa, garantem por escrito que o banco vai continuar. Em cinco dias tudo mudaria.

O livro `O Governador` (de Luís Rosa) conta que a situação tornava obrigatório um novo aumento de capital e que - perante o desaparecimento imediato dos investidores privados anteriormente disponíveis - a solução era a resolução ou a capitalização estatal (uma nacionalização, ainda que parcial).

Contudo, por um lado, a equipa de gestão do BES nunca pediu formalmente a capitalização pública e, por outro lado, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, disse que tal não era opção.

Em 31 de julho, é relatado no mesmo livro, o vice-governador do Banco Central Europeu (BCE), Vítor Constâncio, liga ao governador do BdP a informar que o BES será suspenso das operações de política monetária. Perante isso, Carlos Costa informa então o presidente do BCE, Mario Draghi, de que será aplicada uma medida de resolução e articula com o Governo esse processo.

Perto das 23:00 de domingo 03 de agosto de 2014, o governador anuncia ao país, numa declaração transmitida por televisões, uma solução "urgente" para o BES.

O BES torna-se o `banco mau`, em que ficam os ativos considerados `tóxicos` e depósitos de administradores e membros da família. É criado o banco de transição Novo Banco para onde passam os ativos `bons` (muitos revelar-se-iam problemáticos) e os depósitos dos clientes.

A rápida e estrondosa queda deixa na mira auditores, poder político, mas sobretudo reguladores, em especial o Banco de Portugal e o seu governador.

Nos meses seguintes, será acusado de supervisão ineficaz, de não ter afastado Ricardo Salgado atempadamente, de ter feito pequenos acionistas e clientes do retalho acreditar no banco apesar de já saber dos problemas. Surgem então muitas críticas de diversos quadrantes parlamentares, manifestações de lesados do BES/GES (frente ao Banco de Portugal mas também frente à casa de Carlos Costa) e centenas de processos em tribunal (contra o Banco de Portugal, mas também contra Carlos Costa, pessoalmente).

"No fim de semana fui chamado de gatuno. Não roubei nada a ninguém. O Banco de Portugal não roubou nada a ninguém", disse Carlos Costa na comissão parlamentar de inquérito, em março de 2015.

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Comissão Nacional do PS analisa derrota e decide calendário interno

por RTP
Pedro Pina - RTP

As eleições diretas para escolher o novo secretário-geral do PS vão decorrer a 27 e 28 de junho, como previa o calendário proposto pelo presidente do partido que foi aprovado com 201 votos a favor e cinco contra. Depois da pesada derrota nas legislativas de domingo, que levou Pedro Nuno Santos a demitir-se, a Comissão Nacional do PS reúne-se este sábado para analisar os resultados e aprovar os calendários eleitorais. Até agora, só José Luís Carneiro está na corrida à liderança do partido.

Os resultados da votação do calendário e do regulamento eleitoral para as diretas foram transmitidos à Lusa por fonte oficial do partido, não havendo nestes documentos aprovados informação sobre o congresso.

Segundo o mesmo calendário, a data limite para apresentação de candidaturas é dia 12 de junho, estando até agora na corrida à sucessão de Pedro Nuno Santos apenas o ex-ministro José Luís Carneiro.

O PS regressou este sábado ao hotel Altis, em Lisboa, que foi quartel-general da noite eleitoral de há quase uma semana, que ditou o seu terceiro pior resultado em eleições legislativas e, ainda com os resultados provisórios porque não estão contados os votos da emigração, resultou na perda de 20 deputados e um quase empate com o Chega.

Logo na noite eleitoral de domingo, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, assumiu as responsabilidades pelo resultado e pediu a demissão, cargo que deixará após a reunião de da Comissão Nacional. O presidente do partido, Carlos César, deverá assumir as funções de secretário-geral interinamente.

Na reunião deste sábado, que servirá para analisar os resultados das legislativas, serão ainda aprovados os calendários e regulamentos eleitorais internos.

Carlos César, numa proposta também subscrita por Pedro Nuno Santos, propõe a este órgão máximo entre congressos a realização de eleições imediatas para o cargo de secretário-geral socialista, entre o fim de junho e início de julho.

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Em alternativa a esta proposta do presidente do PS, o antigo candidato à liderança socialista Daniel Adrião, juntamente com outros dirigentes, propõem à Comissão Nacional do PS eleições primárias abertas apenas em outubro ou novembro, considerando mais sensato que o novo secretário-geral seja escolhido depois das autárquicas.

Carlos César ouviu, segundo fonte oficial, "diversas personalidades apontadas como possíveis candidatos à liderança do PS e optou pelo cenário de eleições imediatas apenas para o cargo de secretário-geral do partido".

Nos últimos dias, alguns dos nomes apontados para a sucessão de Pedro Nuno Santos, os dois ex-ministros Fernando Medina e Mariana Vieira da Silva anunciaram estar fora desta corrida eleitoral. Também Duarte Cordeiro e Alexandra Leitão já tinham manifestado a sua indisponibilidade.

Assim, neste momento é o antigo candidato à liderança do PS José Luís Carneiro - que há cerca de um ano e meio perdeu as diretas para Pedro Nuno Santos - o único nome que até agora avançou a sua disponibilidade para a sucessão da liderança do PS.

 

C/Lusa

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Pedro Nuno despede-se de líder do PS com críticas a Montenegro

por João Alexandre - Antena 1
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Foto: José Sena Goulão - Lusa

Pedro Nuno Santos diz que às vezes é preciso avançar para defender convicções independentemente dos calendários.

É desta forma que o agora ex-líder do PS reage ao anúncio da candidatura de José Luís Carneiro ao cargo de secretário-geral do partido e à possibilidade de o ex-ministro ser o único candidato à sucessão.

Pedro Nuno Santos marcou presença na reunião da Comissão Nacional do PS, mas saiu ainda antes do fim do encontro.

José Luís Carneiro pede unidade dentro do Partido Socialista

por RTP
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Foto: José Sena Goulão - Lusa

José Luís Carneiro defende uma solução de unidade dentro do Partido Socialista e assegura que tudo fará para contribuir para a estabilidade política do país. No entanto, considera que cabe ao Governo dar início ao diálogo com os restantes partidos.

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Carlos César propõe eleições internas do PS a 27 e 28 de junho

por RTP
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Foto: José Sena Goulão - Lusa

Pedro Nuno Santos deixa a liderança do PS, este sábado. Depois da pesada derrota nas legislativas, os socialistas reúnem-se para fechar o calendário das eleições internas. À chegada à reunião da Comissão Nacional do Partido Socialista, o presidente do PS afirmou aos jornalistas que vai propor internas a 27 e 28 de junho.

O presidente do PS, Carlos César, vai propor à Comissão Nacional que as eleições para secretário-geral socialista sejam em 27 e 28 de junho e o congresso depois das autárquicas.

"Sendo certo que essa reflexão é necessária, porque reconhecidas as consequências negativas, é importante serem conhecidas as causas, também é importante que a prioridade seja definida no que toca às eleições autárquicas e à reposição dessa normalidade institucional", disse Carlos César à entrada da Comissão Nacional do PS, em Lisboa.

O presidente do PS - que vai assumir interinamente as funções deixadas por Pedro Nuno Santos, que se demitiu na noite eleitoral - anunciou que vai propor que a eleição do secretário-geral decorra imediatamente no dia 27 e 28 de junho, com a apresentação de candidaturas até ao dia 12 de junho.

"E que, depois das eleições autárquicas e quando a liderança que, entretanto, for eleita entender mais adequado, se realizam as eleições para delegados ao Congresso do Partido Socialista", disse ainda.
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Vital Moreira apenas vê uma revisão constitucional com acordo entre PSD e PS

por RTP
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Vital Moreira considera uma "infâmia" considerar que a revisão constitucional depende do Chega. O constitucionalista defende alterações, mas apenas no âmbito de um acordo entre PSD e PS.

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Bloco de Esquerda. Mariana Mortágua pede reflexão interna "ampla e aberta"

por RTP
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Foto: João Relvas - Lusa

Após a reunião da Mesa Nacional do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua desafiou militantes do partido a apresentarem moções e candidatarem-se à direção do Bloco. A coordenadora do partido declarou que deverá ser convocada uma nova convenção.

"Uma reflexão ampla e aberta que possa incluir militantes mas também independentes para que possamos abrir todos os canais de diálogo, compreender o que se passou, avaliar a prestação do Bloco nas eleições".

Mariana Mortágua diz querer perceber a viragem à direita em Portugal e pediu que se valorizasse o diálogo entre as esquerdas, realçando a urgência de conversações para evitar uma revisão constitucional.

"Conversar entre as esquerdas para impedir uma revisão constitucional é uma obrigação de todos os partidos à esquerda que atravessaram estas eleições e que vêem os seus resultados".

Para as presidenciais, a Coordenadora do Bloco volta a pedir diálogo para que seja escolhida uma figura de esquerda que possa unir todos os partidos. O mesmo para as eleições autárquicas.
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Mais velha tinha 12 anos. Ataque israelita mata nove filhos de uma pediatra de Gaza

por Lusa
Criança na cama do hospital é o único filho sobrevivente desta médica palestiniana. Foto: Anadolu via Reuters Connect

O Ministério da Saúde do Governo do Hamas, na Faixa de Gaza, informou hoje que registou 79 mortos na sexta-feira, entre eles nove filhos de uma pediatra, que se encontrava a trabalhar no hospital quando os corpos chegaram.

Segundo o Hamas, a pediatra Alaa al Najjaros encontrava-se a trabalhar no Hospital Nasser em Khan Younis (sul de Gaza) quando os corpos de nove dos seus 10 filhos (Yahya, Rakan, Raslan, Jibran, Eve, Rivan, Luqman, Sadeen e Sidra) chegaram após terem sido mortos num ataque à sua casa.

O marido da pediatra, Hamdi Al Najjar, e o único filho sobrevivente, Adam, ambos gravemente feridos, estão a ser tratados na unidade de cuidados intensivos.

As imagens divulgadas após o ataque pela Quds News Network mostram Hamdi na maca com queimaduras graves.

A mais velha das crianças falecidas tinha 12 anos, de acordo com o diretor-geral do Ministério da Saúde de Gaza, Munir al-Bursh.

O vídeo do resgate dos corpos mostra os agentes da Defesa Civil de Gaza e do Crescente Vermelho Palestiniano a retirarem da casa os corpos carbonizados das crianças, um após outro.

"Ela deixou-os para cumprir o seu dever e a sua missão para com todas as crianças que não encontram outro lugar no Hospital Nasser, que está cheio de gritos inocentes e enfraquecido pela doença, pela fome e pelo cansaço", escreveu o médico, Youssef Abu Al Rish, numa nota divulgada hoje pelos serviços de saúde.

Dados atualizados, hoje, pelo Ministério da Saúde elevam para 53.901 o número de pessoas mortas em Gaza desde que Israel lançou a sua ofensiva.

O grupo islamita Hamas descreveu o ataque de hoje como um "crime brutal".

O Ministério da Saúde recordou que não está a contabilizar os mortos na província de Gaza Norte, uma vez que a intensidade da operação israelita nesta zona (que inclui principalmente as cidades de Jabalia, Beit Lahia e Beit Hanoun), impede o contacto com os seus hospitais.

O bairro onde vivia a família, Qizan al Najjar, registou mais duas vítimas dos ataques israelitas: Ahmed Salim Al Jabour e Ahmed Al Akkad, cujos corpos foram resgatados dos escombros após o ataque.

Em comunicado, o exército israelita afirma ter atingido 100 alvos em Gaza nas últimas 24 horas, incluindo "terroristas de organizações terroristas em Gaza, estruturas militares, abrigos subterrâneos e outras infraestruturas terroristas", sobre os quais não fornece mais pormenores.

A guerra eclodiu em Gaza após um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 53 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

A ofensiva israelita também destruiu grande parte das infraestruturas do território governado pelo Hamas desde 2007.

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Israel intensifica ofensiva. Madrugada de explosões em Gaza

por RTP
Mahmoud Issa - Reuters

Foram registadas várias explosões na Faixa de Gaza nas primeiras horas deste sábado. O exército israelita mantém a intensificação da ofensiva no enclave.

Desde sexta-feira, os ataques israelitas mataram pelo menos 76 pessoas em Gaza, de acordo com a Al Jazeera que cita fontes médicas. Israel diz ter eliminado vários terroristas nas últimas 24 horas e atingido complexos militares, depósitos de armas e posições de franco-atiradores.

A agência de Defesa Civil de Gaza confirmou, entretanto, que estes ataques mataram pelo menos seis pessoas em todo o território palestiniano.

“As nossas equipas recuperaram pelo menos seis corpos”
, disse o porta-voz da agência de defesa civil, Mahmud Bassal, à Agence France-Presse (AFP).

De acordo com a mesma fonte, um casal foi morto com os dois filhos pequenos num ataque antes do amanhecer contra uma casa no bairro de Amal, na cidade de Khan Younis, no sul do país. Outras duas pessoas foram mortas num ataque ao campo de refugiados de Nuseirat, no centro do território.
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Israel matou 76 pessoas em novos bombardeamentos contra população de Gaza

por RTP
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A ajuda humanitária que tem entrado em Gaza nas últimas horas é insuficiente para a situação de calamidade que se vive no território. Israel intensifica a ofensiva no norte e no centro do enclave palestiniano.

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Guterres acusa Israel de elevar ofensiva em Gaza a "nível atroz de morte e destruição"

por RTP
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Foto: Magali Girardin - EPA

O secretário-geral das Nações Unidas considera que Gaza atravessa o momento mais difícil desde o início da guerra. António Guterres avisa que a ajuda que tem chegado ao enclave é uma colher de chá, comparada com as reais necessidades da população.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, fala de uma população faminta e obrigada a constantes deslocações e que nada se resolve se não houver um cessar-fogo.
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Após mais de dois meses e meio de bloqueio, "finalmente começou a chegar a ajuda humanitária, aos poucos", mas o que Israel autorizou é apenas uma gota quando é necessário um oceano, disse António Guterres que alertou para o perigo que enfretam os funcionários da ONU em Gaza.
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Conselho da Europa recusa-se a enfraquecer a Convenção dos Direitos do Homem

por Lusa

O secretário-geral do Conselho da Europa, Alain Berset, rejeitou hoje qualquer enfraquecimento da Convenção Europeia dos Direitos do Homem (CEDH), um dia depois de nove Estados, liderados pela Itália, terem apelado à reinterpretação do texto em relação à migração.

"Perante os desafios complexos do nosso tempo, o nosso papel não é enfraquecer a Convenção, mas, pelo contrário, mantê-la forte e relevante", afirmou, num comunicado de imprensa, o secretário-geral do Conselho da Europa, que, com 46 países membros, é o guardião da democracia e dos direitos humanos no Velho Continente.

Numa carta aberta publicada na sexta-feira pelo gabinete da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, nove países europeus, entre os quais a Itália, a Dinamarca e a Polónia, afirmaram ser "necessário iniciar um debate sobre a forma como as convenções internacionais respondem aos desafios que enfrentamos atualmente".

O texto dirige-se ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH), um ramo do Conselho da Europa - ambos com sede em Estrasburgo, no leste de França - que é responsável por garantir que a convenção com o mesmo nome é respeitada nos 46 países signatários.

Os nove Estados querem saber "se o tribunal, em certos casos, alargou demasiado o âmbito de aplicação da Convenção em relação às suas intenções iniciais".

Em resposta, Berset escreveu que "o debate é saudável, mas o tribunal não deve ser politizado".

"A manutenção da independência e da imparcialidade do tribunal é fundamental", prosseguiu o secretário-geral do Conselho da Europa.

"Num Estado de direito, a justiça não deve estar sujeita a pressões políticas (...) O tribunal não deve ser utilizado como uma arma, nem contra os governos nem por eles", conclui.

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Sindicato acusa confederação de instituições de solidariedade de instransigência

por Lusa

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços (CESP) acusou hoje a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) de "ser intransigente" ao não aceitar um aumento superior ao salário mínimo para os trabalhadores das suas instituições.

Em declarações à Lusa, à margem de uma manifestação, no Porto, no dia em que os trabalhadores das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) cumprem um dia de greve, a dirigente daquele sindicato explicou que a proposta apresentada pena CNIS "mantém o grosso dos trabalhadores" a ganhar o salário mínimo nacional.

"Nós não aceitamos que se continue, reiteradamente, ano após ano, a manter estes trabalhadores, que têm uma importância máxima para a comunidade", limitados a receber um salário mínimo, apontou Ana Paula Rodrigues.

Segundo aquela sindicalista, a CNIS "tem sido intransigente, sim, mas não é de agora, é de anos a esta parte".

"É intransigente porque apresenta sempre propostas com base no salário mínimo nacional e os trabalhadores não estão mais para isso", alertou.

Ana Paula Rodrigues referiu que os trabalhadores exigiam, no inicio das negociações, um aumento salarial de 150 para cada um: "Em resposta, a CNIS ofereceu um aumento de 50 que acaba engolido na tabela salarial para o valor do salário mínimo".

"Entretanto, reformulamos a proposta e dissemos que estávamos disponíveis para 80 euros e foi também rejeitado pela CNIS. Não podemos aceitar que estes trabalhadores continuem neste registo de salário mínimo", disse.

Paula Santos trabalhadora numa IPSS, assim como os cerca de 100 trabalhadores que se estão a manifestar esta manhã, no Porto.

"Trabalho há 14 anos num colégio com crianças. É um trabalho gratificante, mas cansativo, de muita responsabilidade, com horários pesados e no final do mês levo o salário mínimo para casa, não é justo", salientou à Lusa.

O horário é outro dos pontos que levou os trabalhadores das IPSS à rua, pelo que o CESP exige uma semana de trabalho de 35 horas para todos os trabalhadores, e o "direito à conciliação dos horários de trabalho com a vida familiar".

"Temos também a proposta de regular os horários de trabalho, nomeadamente no que diz respeito ao descanso complementar, que está sempre dividido em meios-dias o que faz com que as instituições façam horários que permitam os trabalhadores estar quase sete dias por semana ao serviço das instituições", salientou.

Este é um "ponto sensível" para outra das trabalhadoras presentes na manifestação: "É difícil acompanharmos os nossos filhos quando trabalhamos todos os dias. Acabamos por estar a acompanhar os filhos e os pais dos outros e quase que abandonamos os nossos", lamentou Filipa Quintas, trabalhadora numa IPSS há oito anos.

Os trabalhadores das IPSS, cerca de 200 mil, querem também que seja dado um complemento pelo trabalho aos domingos e feriados, "atualmente pagos como um dia de semana".

Apagão deixa 160 mil casas sem eletricidade na zona de Cannes

por Lusa

Cerca de 160 mil casas ficaram hoje sem eletricidade no sudeste de França, devido a uma falha de energia que terá sido causada por um incêndio numa subestação da região de Cannes e o corte numa linha de alta tensão, informou a gestora da rede RTE.

O `apagão` afetou várias cidades da parte ocidental dos Alpes Marítimos, incluindo Cannes, cidade onde decore hoje à noite a cerimónia de encerramento do seu Festival de Cinema, com a entrega da Palma de Ouro.

O `apagão` ocorreu por volta das 10:00 locais (menos uma hora em Portugal continental).

A Rede de Transporte Elétrico (RTE) indicou entretanto que as suas equipas estão a trabalhar para restaurar a energia o mais rapidamente possível, tendo referido que nas primeiras horas da manhã, cerca das 2:45 (1:45 em Lisboa), ocorreu um incêndio numa subestação elétrica na região de Cannes, que obrigou ao corte do fornecimento de energia durante vários minutos e, embora tenha sido restabelecido, provocou o enfraquecimento da rede.

Por volta das 10:00 locais, um poste caiu sobre uma linha de energia num local diferente, causando o atual `apagão`, acrescentou a RTE.

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África clama por uma ação global urgente e justa, declara Plataforma Portuguesa das ONGD

por Lusa

A Plataforma Portuguesa das Organizações Não-Governamentais para o Desenvolvimento declarou à Lusa que África clama por uma ação global urgente e justa contra as crises que abalam o continente, agravadas pela dívida e cortes na ajuda.

A presidente da Plataforma Portuguesa das Organizações Não-Governamentais para o Desenvolvimento (ONGD), Carla Paiva, em declarações à Lusa, afirmou que o continente africano clama por uma resposta global urgente e justa face aos múltiplos desafios complexos e interligados, desde a "vulnerabilidade da região aos impactos da crise climática" até à "atual crise da dívida que muitos países enfrentam", exigindo uma abordagem ancorada nos direitos humanos e na justiça climática, económica e social.

"Neste cenário, torna-se urgente garantir um financiamento climático justo e acessível, nomeadamente através do cumprimento dos compromissos internacionais por parte dos países desenvolvidos -- os maiores emissores -- incluindo a operacionalização do Fundo para Perdas e Danos", apontou.

A priorização de "soluções energéticas locais e sustentáveis, em vez de modelos extrativistas que perpetuam a dependência e os danos ambientais" também é fundamental.

Para além da crise climática, Carla Paiva indicou que persistem "elevados níveis de pobreza e desemprego, em particular entre os jovens, bem como um acesso limitado a serviços públicos essenciais".

Segundo a presidente da plataforma, que representa um grupo de 63 ONGD, estes desafios são exacerbados pela "atual crise da dívida que muitos países enfrentam, com o serviço da dívida a desviar recursos indispensáveis ao investimento público".

Sublinhou ainda que "o apoio dos países desenvolvidos deve ir além da ajuda pontual e centrar-se na promoção de justiça económica e na construção de sistemas de proteção social robustos e sustentáveis".

A "dívida pública tem aumentado significativamente em vários países africanos, limitando a flexibilidade orçamental para investimentos em áreas sociais e estratégicas", o que é preocupante, salientou.

Simultaneamente a este problema, há uma "persistência de conflitos armados, golpes de Estado e a fragilidade das instituições democráticas continuam a marcar várias regiões do continente", sendo que o "crescimento de movimentos extremistas e grupos armados coloca em risco a estabilidade e a segurança das populações", um quadro agravado pela "venda de armamento por países desenvolvidos".

A política externa deve ser "coerente com os princípios da paz, dos direitos humanos e da prevenção de conflitos", defendeu Carla Paiva.

Nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), segundo a responsável, as propostas traduzem-se em ações práticas através da "escuta e do diálogo com os parceiros locais," garantindo que "as iniciativas respondam efetivamente às necessidades reais das comunidades".

Para Carla Paiva, as ONGD desempenham um "papel fundamental no futuro social e económico de África, precisamente por estarem próximas das populações e conhecerem em profundidade as realidades no terreno", sendo que têm como objetivo mobilizar comunidades, defender direitos e promover "soluções sustentáveis".

As organizações recorrem a diversas fontes de financiamento, mas a responsável pela plataforma alerta para os "cortes significativos na Ajuda Pública ao Desenvolvimento por parte de vários países europeus e dos Estados Unidos", o que "tem tido consequências devastadoras para muitas organizações que operam noutros países".

Apesar da estabilidade do financiamento público português, a situação global levanta "sérias preocupações quanto ao futuro", forçando as ONGD a "procurar urgentemente fontes alternativas de financiamento" para evitar a interrupção do apoio vital às populações vulneráveis.

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Coreia do Sul preocupada com zona de exclusão marítima chinesa no mar Amarelo

por Lusa

As autoridades da Coreia do Sul manifestaram hoje preocupação com a criação pela China de uma zona de exclusão marítima numa área do mar Amarelo onde as zonas económicas exclusivas dos dois países se encontram.

"O estabelecimento pela China de uma zona de exclusão marítima dentro da PMZ, que restringe excessivamente a liberdade de navegação, levanta preocupações", disse um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul.

A PMZ é a sigla em inglês da Zona de Medidas Provisórias, uma área marítima disputada pelos dois países, criada formalmente por Seul e Pequim em 2001 para permitir a pesca na zona.

o Ministério dos Negócios Estrangeiros declarou que está a trabalhar em "estreita coordenação" com o Ministério da Defesa e outras agências estatais para determinar "se as ações da China são consistentes com o direito marítimo internacional".

Num comunicado divulgado pela agência de notícias pública sul-coreana Yonhap, Seul insistiu que continuará a "responder ativamente", para garantir que "os seus direitos e interesses legítimos não são violados".

As declarações surgem após relatos dos meios de comunicação social, no início da semana, de que o Governo chinês tinha declarado uma zona de exclusão marítima em águas disputadas do Mar Amarelo, após a instalação unilateral de estruturas de aço no lado ocidental da PMZ.

No final de abril, as autoridades da Coreia do Sul tinham manifestado "grave preocupação" com a presença destas estruturas e reafirmaram os "legítimos interesses marítimos" de Seul, argumentando que "não devem ser violados" em nenhuma circunstância.

Seul apelou então à retiradas das estruturas para águas não disputadas, ao mesmo tempo que alertou que não descartaria "tomar medidas adicionais em resposta" a estas ações.

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Primeiro-ministro do Haiti promete repor energia após 11 dias de apagão geral

por Lusa

O primeiro-ministro do Haiti, Alix Didier Fils-Aimé, anunciou que vai mobilizar o estado para repor rapidamente o fornecimento de energia elétrica ao país, após 11 dias de apagão total.

Em 15 de maio, a empresa estatal de eletricidade EDH anunciou a interrupção da geração de energia, devido ao encerramento das operações da central hidroelétrica de Péligre.

Segundo relatos dos meios de comunicação social, a principal central do país foi invadida por indivíduos que vivem em Mirebalais (centro), que exigem que as autoridades tomem medidas contra os grupos armados que controlam a área.

"Perante o prolongado apagão devido ao encerramento da central hidroelétrica de Péligre, a população de Porto Príncipe está a sofrer graves consequências", reconheceu o chefe do Governo, na rede social Facebook, na sexta-feira.

Fils-Aimé afirmou que as medidas serão tomadas com "firmeza e diligência" e, para isso, convocou uma reunião de trabalho urgente com o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, bem como com o diretor-geral da EDH.

O presidente do Conselho Presidencial de Transição (CPT), Fritz Alphonse Jean, afirmou que, após longas conversas com a população da zona central do país, a organização está empenhada em garantir o bom funcionamento da central de Péligre.

Os cidadãos "também explicam claramente a situação difícil que estão a enfrentar na região. Nós ouvimo-los e compreendemo-los", afirmou o dirigente.

A CPT e o Governo vão reunir-se para dar uma resposta clara que beneficie a população, prometeu Fritz Alphonse Jean.

"Aproveitamos esta oportunidade para pedir à população que proteja tudo o que o Estado cria para o bem-estar do país. E Péligre é um deles", acrescentou.

Perante a incapacidade de fornecer eletricidade, as famílias haitianas que a podem pagar estão a recorrer a fontes de energia alternativas, como painéis solares e inversores (centrais alimentadas a baterias).

"Para chamar a atenção das autoridades, a ação fez parar as turbinas e interrompeu o fornecimento de energia", destacou Frantz Duval, editor-chefe do Le Nouvelliste, o principal jornal diário do Haiti, na sua conta na rede social X.

"Em perigo há meses, a central elétrica e as suas instalações nunca foram protegidas de acordo com o seu valor estratégico", acrescentou Duval, alertando que, sem a central elétrica, seria impossível distribuir eletricidade à capital e ao resto do país.

No Haiti, segundo o Banco Mundial, a taxa de acesso à eletricidade foi estimada em cerca de 47,1% em 2021.

"O setor está a enfrentar desafios agravados pela recorrente escassez de combustível e pelo fraco desempenho da concessionária nacional", realçou na altura o Banco Mundial.

 

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Palestinianos em Portugal sofrem à distância com conflito em Gaza

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A comunidade palestiniana em Portugal continua preocupada com a situação em Gaza. São cerca de 500 pessoas, a maioria reside em Lisboa, na zona de Arroios.

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Rússia volta atacar capital ucraniana

por Inês Moreira Santos - RTP
Sergey Dolzhenko - EPA

A Rússia lançou, esta madrugada, um ataque aéreo à capital ucraniana, do qual terão resultado pelo menos 14 feridos. Kiev estava sob alerta quando Moscovo usou drones e mísseis na região, provocando vários incêndios.

"Explosões na capital. As defesas aéreas foram ativadas. A cidade e a região estão sob ataque inimigo combinado", afirmou o presidente da Câmara de Kiev, na rede social Telegram. "As equipas de resgate estão no local".

De acordo com as autoridades municipais, um drone atingiu o último andar de um edifício de apartamentos. O chefe da administração civil e militar da capital, Tymur Tkachenko, reportou dois incêndios no distrito de Svyatochynskyi, destroços de mísseis a cair no distrito de Obolonsky e destroços de drones a cair num edifício residencial no distrito de Solomyansky.

Já esta manhã, a Força Aérea ucraniana disse ter abatido seis mísseis balísticos russos e 245 drones de ataque durante a noite, indicando que estes visavam principalmente a capital do país.

“O sistema de defesa aérea abateu seis mísseis balísticos Iskander-M/KN-23 e neutralizou 245 drones do tipo Shahed, do inimigo”, detalhou a Força Aérea em comunicado.

O presidente ucraniano já pediu, numa publicação na rede social X, mais sanções contra a Rússia, depois destes bombardeamentos.

"Fragmentos de mísseis e drones russos estão a ser removidos em Kiev. Operações de resgate e emergência estão nos locais de ataques", escreveu Volodymyr Zelensky na publicação, este sábado de manhã.

Como confirma o líder ucraniano, "houve muitos incêndios e explosões na cidade durante a noite" e "prédios residenciais, carros e empresas foram danificados".

"Infelizmente, há feridos. Foi uma noite difícil para toda a Ucrânia".

Zelensky recordou ainda que a Ucrânia "propôs um cessar-fogo muitas vezes", mas que a proposta "foi ignorada".

"É claro que uma pressão muito mais forte deve ser imposta à Rússia para obter resultados e lançar uma diplomacia real. Aguardamos sanções dos Estados Unidos, da Europa e de todos os nossos parceiros. Somente sanções adicionais contra setores-chave da economia russa forçarão Moscovo a um cessar-fogo".




Os ataques ocorrem numa altura em que a Rússia e a Ucrânia iniciam uma troca recorde de prisioneiros, acordada na semana passada em negociações em Istambul. Na sexta-feira, foram trocados 270 soldados e 120 civis de cada lado.

A troca, que envolve um total de 1.000 pessoas em cada fação, está previsto continuar hoje e no domingo.


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Rússia faz um dos maiores ataques a Kiev desde o início da guerra

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Drones e mísseis balísticos atingiram prédios residenciais e provocaram vários incêndios na capital russa, deixando 15 pessoas feridas.

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Programa europeu de empréstimos de rearmamento pode ser "muito importante" para Ucrânia

por Joana Raposo Santos - RTP
Assim que o SAFE entrar em vigor, os Estados-membros têm seis meses para elaborar planos para os projetos de defesa que pretendem financiar. Foto: Anatolii Stepanov - Reuters

Os países da União Europeia aprovaram esta semana um programa de empréstimos de 150 mil milhões de euros para ajudar ao rearmamento. Para o comissário europeu da Defesa, Andrius Kubilius, este pode ser "um avanço muito importante" no apoio militar da UE à Ucrânia.

"Os Estados-Membros vão aceitar esses empréstimos (…) e vão utilizá-los para aquisições conjuntas com a Ucrânia e para as necessidades ucranianas", afirmou Kubilius esta sexta-feira, em entrevista ao Guardian.

O programa SAFE, proposto pela Comissão Europeia, foi aprovado na quarta-feira e prevê também uma maior flexibilidade nas regras orçamentais do bloco em relação ao plano de rearmamento de 800 mil milhões de euros elaborado após a decisão de Donald Trump de suspender toda a ajuda militar dos EUA à Ucrânia.Assim que o SAFE entrar oficialmente em vigor na próxima semana, os Estados-membros têm seis meses para elaborar planos para os projetos de defesa que pretendem financiar.

"Não podemos queixar-nos pelo facto de os 340 milhões de americanos não estarem prontos para defender 450 milhões de europeus contra 140 milhões de russos", disse Kubilius, que é também antigo primeiro-ministro da Lituânia.

"Podemos não gostar da linguagem e das mensagens, mas o que temos de evitar é aquilo a que chamo um divórcio zangado e caótico com os EUA. Precisamos de chegar a um acordo muito racional sobre a divisão de responsabilidades", defendeu.

O comissário europeu acredita também que os 27 Estados-membros vão escolher agravar as suas dívidas nacionais para gastarem os 800 mil milhões de euros que a Comissão atribuiu ao setor da Defesa.

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, considerou igualmente que a adoção do programa SAFE é "um passo importante para uma Europa mais forte".

Até ao momento, 15 países, entre os quais a Alemanha e a Polónia, anunciaram a sua intenção de utilizar as flexibilidades previstas nas regras orçamentais da UE, mas várias economias grandes e altamente endividadas têm-se abstido, incluindo a França, a Itália e a Espanha.“Paz formal através da força”
De acordo com o Instituto Kiel para a Economia Mundial, ao longo de três anos de guerra a Europa forneceu a Kiev cerca de 62 mil milhões de euros em ajuda militar, enquanto os Estados Unidos contribuíram com um valor semelhante: 64 mil milhões.

No entanto, os Estados-membros enviaram 70 mil milhões de euros em ajuda humanitária e financeira, em comparação com 50 mil milhões de euros dos EUA.

Para substituir os fluxos de ajuda dos Estados Unidos, a Europa teria de gastar 0,21 por cento do PIB, quando atualmente esse valor se fixa em 0,1 por cento.

Esse acréscimo "não seria, obviamente, zero, mas também não é algo que destrua a nossa situação financeira", assegurou Andrius Kubilius.

O responsável europeu considerou ainda “uma ilusão” que o presidente russo, Vladimir Putin, queira a paz, defendendo por isso que “a única forma de alcançar uma paz justa é implementar uma paz formal através da força”.

Papa recebeu em audiência os funcionários do Vaticano

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Leão XIV agradeceu o trabalho de todos ao serviço da Igreja e relembrou a dimensão missionária da Santa Sé. Foi o primeiro encontro oficial do papa com os membros da Cúria Romana desde a eleição.

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Drones ucranianos perturbam funcionamento de aeroportos em Moscovo

por Joana Raposo Santos - RTP
A Rússia e a Ucrânia têm utilizado drones explosivos quase diariamente desde o início da guerra. Foto: Oleg Petrasiuk - Forças Armadas da Ucrânia via Reuters

A Rússia afirmou esta sexta-feira ter abatido durante a última noite 112 drones ucranianos que visavam em particular a região de Moscovo. Os ataques aéreos à capital russa duram há três dias consecutivos e estão a afetar o funcionamento de vários aeroportos, cujas operações têm sido interrompidas de forma intermitente.

"Os sistemas de defesa antiaérea destruíram e interceptaram 112 drones aéreos ucranianos" desde a tarde de quinta-feira, 24 dos quais voavam em direção a Moscovo, avançou o Ministério russo da Defesa.

O presidente da câmara da capital, Sergei Sobyanin, apontou na rede social Telegram que "os serviços de resgate estão a trabalhar no local da queda dos destroços".

Na região de Lipetsk, a cerca de 450 quilómetros a sudeste de Moscovo, a queda de um drone numa zona industrial da cidade de Ielets provocou um incêndio que feriu oito pessoas, segundo o governador regional Igor Artamonov. A Rússia e a Ucrânia têm utilizado drones explosivos quase diariamente desde o início da guerra.

Desde quarta-feira os ataques intensificaram-se de ambos os lados, com os drones ucranianos a dirigirem-se para a capital russa, que raramente é alvo de ataques. A situação obrigou à paralisação dos aeroportos de Moscovo em várias ocasiões.

Na quinta-feira, as autoridades russas disseram ter abatido 159 drones num período de 12 horas em várias partes do país, incluindo 20 que avançavam para Moscovo. No dia anterior, a Rússia anunciou que abateu mais de 300 drones ucranianos.

Três aeroportos de Moscovo - Domodedovo, Vnukovo e Zhukovsky - suspenderam os voos de forma intermitente durante os últimos dias.

A Força Aérea ucraniana indicou, por sua vez, que a Rússia lançou 128 drones sobre a Ucrânia durante a noite, dos quais 112 foram abatidos, intercetados por meios eletrónicos ou extraviados.
Rússia avança em pontos-chave
Na quinta-feira a Rússia disparou um míssil Iskander-M contra parte da cidade de Pokrov (anteriormente conhecida como Ordzhonikidze) na região ucraniana de Dnipropetrovsk, destruindo dois lançadores de mísseis Patriot e um conjunto de radares AN/MPQ-65.
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O Ministério russo da Defesa afirmou que as suas forças estão a avançar em pontos-chave ao longo da frente de batalha, enquanto autores de blogues de guerra pró-russos garantem que este país perfurou as linhas ucranianas entre Pokrovsk e Kostiantynivka, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia.

Segundo o ministério, as forças russas capturaram a localidade de Nova Poltavka, situada entre essas duas cidades.

A Rússia controla atualmente pouco menos de um quinto da Ucrânia e afirma que o território faz agora formalmente parte da Rússia, posição que a Ucrânia e os seus aliados europeus não aceitam.

c/ agências

Cheias na Austrália fizeram cinco mortos

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Há ainda registo de 50 mil pessoas isoladas. O governo declarou Estado de Catástrofe Natural. Desde o início da semana que as autoridades têm dado ordens de evacuação em Nova Gales do Sul. Há dezenas de zonas rodeadas de água, sem ligações ferroviárias, eletricidade ou comunicações.

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