O empresário tinha 79 anos e era um dos homens mais ricos de Portugal. Dono do império Sonae, era um empresário de personalidade forte. A Assembleia da República aprovou um voto de pesar pela morte de Belmiro de Azevedo.
Mais atualizações
Ex-governantes e empresários lembram forma como Belmiro geriu os negócios. O antigo patrão da Sonae é recordado como um líder exigente, pioneiro, de gostos simples e sempre independente.
Alexandre Soares dos Santos: Belmiro de Azevedo era "um homem de visão e de ação"
Em direto na RTP 3, Alexandre Soares dos Santos, presidente do conselho de administração do grupo Jerónimo Martins, afirmou que "não considerava o engenheiro um concorrente" e recordou-o como "um grande empresário".
"É uma notícia muito triste e uma perda bastante importante para Portugal. Era um homem de visão, de ação e corajoso, num país que não admira nenhum deste pontos", acrescentou.
Nuno Pacheco, jornalista do Público, recorda Belmiro de Azevedo e o arranque do jornal
Nuno Pacheco, jornalista do Público, recorda os primeiros momentos do jornal, um projeto com a marca da Sonae e de Belmiro de Azevedo.
Ângelo Correia recorda Belmiro de Azevedo
O antigo ministro da Administração Interna diz que Belmiro de Azevedo era "um empreendedor que se fez com o 25 de Abril. Era um produto do 25 de Abril".
Porto Business School exalta exemplo de liderança
A Porto Business School manifestou o seu pesar pelo falecimento do Sr. Eng. Belmiro de Azevedo e apresentou condolências à família e amigos.
Em nota enviada, a Porto Business School diz: “Sendo um dos mais importantes empresários portugueses, o Sr. Eng. Belmiro de Azevedo foi também um exemplo de liderança. Determinado, acompanhou sempre de perto as causas e projetos que abraçava. Um homem com uma impressionante visão de futuro, defensor da necessidade constante de mudança e melhoria contínua, que se dedicou a várias causas paralelas aos negócios, da Educação às Artes. Exemplo disso é a sua ligação à Porto Business School.
O Eng. Belmiro de Azevedo, com a visão e tenacidade que sempre o caraterizaram, esteve presente nos momentos de maior importância na história da Porto Business School. Foi um dos seus fundadores, em 1988, presidiu ao Conselho de Administração e ao Conselho Geral e de Supervisão e foi também um dos grandes impulsionadores do projeto de construção do nosso atual campus”.
Contributo para o setor da distribuição e retalho "é incontornável" - APED
A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) manifestou hoje o seu pesar pela morte do empresário Belmiro de Azevedo, destacando que o seu contributo para o setor da distribuição e retalho "é incontornável".
Em comunicado, a APED "manifesta o seu pesar pelo falecimento do engenheiro Belmiro de Azevedo, personalidade ímpar e empresário visionário, cujo contributo para o setor empresarial português, e em particular para o setor da distribuição e retalho, é incontornável".
Jorge Wemans recorda Belmiro de Azevedo com um "homem de grande valor"
Jorge Wemans, antigo diretor adjunto do jornal Público, disse na RTP 3 que Belmiro de Azevedo subiu "a pulso na vida" e que isso o marcou muito na sua vida.
"Perdemos o maior empresário pós-25 de Abril"- Daniel Bessa
O ex-ministro da Economia Daniel Bessa considerou hoje que, com a morte de Belmiro de Azevedo, Portugal perdeu "o maior empresário português do pós-25 de Abril" e apontou o "legado único" que a Sonae representa.
"Estamos a falar do que é seguramente o maior empresário português do pós- 25 de Abril. Os empresários têm autoestima e respeito por si próprios, mas são justos e sabem reconhecer o mérito e os resultados e dificilmente algum empresário português discordará que perdemos o que foi o maior empresário português no pos-25 de Abril", afirmou Daniel Bessa.
Para o ex-ministro da Economia, a importância de Belmiro de Azevedo "é patente em muitos aspetos, mais óbvio no universo empresarial", onde, segundo considerou, o empresário deixou um "legado único".
"A Sonae foi sobretudo uma escola de gestores, um número imenso de gente que começou por exercer funções profissionais, de gestor profissional na Sonae. Alguns deles, a seu tempo, diziam que eram "empresários por contra" de outrem, eram trabalhadores assalariados, mas o empresário por conta de outrem diz muito do grau de autonomia que o engenheiro Belmiro de Azevedo lhes concedia, da responsabilização a que estavam submetidos, do sistema de remuneração associado ao mérito", apontou.
Daniel Bessa lembrou ainda o papel de Belmiro de Azevedo na criação da Porto Business School escola que, lembrou o economista, o filho do empresário, Paulo de Azevedo, acabou por frequentar.
PSD recorda um dos "mais marcantes" empresários portugueses
O PSD recordou hoje Belmiro de Azevedo como "uma das mais marcantes figuras empresariais do período democrático", considerando que a sua morte constitui "uma trágica perda para a sociedade portuguesa".
"O falecimento do senhor engenheiro Belmiro de Azevedo é uma trágica perda para a sociedade portuguesa pelo que o PSD expressa à sua família, amigos e ao Grupo Sonae o seu mais profundo pesar", lê-se numa nota dos sociais-democratas.
O PSD recorda que a "genialidade empresarial e empreendedora" de Belmiro de Azevedo levou à edificação de um grupo económico com forte expressão internacional, que atua nos mais diversos setores de atividade.
"O Grupo Sonae é hoje um dos mais proeminentes empregadores nacionais e um centro de criação de riqueza e de promoção do desenvolvimento social e económico nacional", é ainda referido na mesma nota.
CDS-PP lembra "empreendedor ímpar"
O CDS-PP lamentou hoje a morte do empresário Belmiro de Azevedo que o deputado Mota Soares recordou como "um empresário e um empreendedor ímpar em Portugal" e apresentou condolências à família.
"Foi um empresário e empreendedor ímpar em Portugal. Foi alguém que mudou muito o setor da distribuição, mas que depois fez um conjunto de investimentos no setor da comunicação social", disse Luís Pedro Mota Soares, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, em Lisboa.
Para o deputado centrista, o fundador da Sonae "demonstrou sempre que acreditava nas empresas portuguesas, demonstrou sempre uma fortíssima aposta na internacionalização da economia, na inovação, na qualificação dos seus quadros".
Associação Empresarial diz que era "um dos maiores empresários"
Associação Empresarial de Portugal (AEP) recordou hoje Belmiro de Azevedo como "um dos maiores empresários portugueses das últimas décadas" e manifestou pesar pela sua morte.
Em comunicado, a AEP lembra o ex-presidente do conselho de administração da Sonae como uma "figura de grande relevância e um dos maiores empresários portugueses das últimas décadas".
Além disso, "destacou-se pelo seu papel de gestor, nos negócios, na cultura e na identidade e valores que deixa para sempre ao mundo empresarial", ao construir um "império multifacetado".
A associação manifestou o seu "profundo pesar pelo falecimento do empresário".
Belmiro de Azevedo foi sócio honorário da AEP e foi agraciado com a Medalha de Honra, pelo reconhecimento da "defesa dos interesses das empresas e da economia nacional".
António Mota diz que morte do empresário é "uma perda para Portugal"
O presidente da Mota-Engil, António Mota, disse hoje que Belmiro de Azevedo era "um homem de uma capacidade invulgar" e considerou a sua morte "uma perda enorme para Portugal".
O presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil referiu que teve mais contacto com o ex-presidente do grupo Sonae na altura da privatização do Banco Português do Atlântico e recordou-o como "um homem de uma capacidade invulgar", a quem "ninguém conseguia ficar indiferente".
António Mota destacou ainda o facto de Belmiro de Azevedo ter criado "um grupo que consolidou ao longo do tempo".
A morte do empresário, que considerou ser uma "referência no mercado português", "é uma perda enorme para Portugal", disse o presidente da Mota-Engil.
Rui Vilar: "Belmiro de Azevedo foi o mais inovador empresário do século XX"
As palavras são de Rui Vilar, presidente do Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos, que diz Belmiro de Azevedo foi o maior empresário do século XX. Vilar ressalvou ainda a relação de proximidade que mantinha com o líder da Sonae.
"Foi capaz, em muitas áreas, de inovar e de antecipar o futuro e por isso construiu um grupo empresarial que tem todas as condições para se continuar a desenvolver", declarou.
"Foi um pioneiro da internacionalização", diz Braga de Macedo
O antigo ministro das Finanças lembra Belmiro de Azevedo como um homem sem papas na línguas, com mau feitio, mas sobretudo um empresário que marcou Portugal por ter sido pioneiro da ideia de internacionalização das empresas e da aplicação do conhecimento às empresas.
Marcelo presta homenagem ao empresário e elogia a sua visão de futuro
O Presidente da República lamentou hoje a morte do empresário Belmiro de Azevedo e prestou-lhe homenagem, elogiando as suas capacidades de "liderança, determinação, visão de futuro e empenhamento social e cultural".
Num curto comunicado divulgado no portal da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa considera-o uma "figura marcante" do meio empresarial e da sociedade portuguesa e apresenta à sua família "sentidas condolências".
Belmiro de Azevedo, um dos homens mais ricos de Portugal, que esteve décadas na Sonae e a transformou num império com negócios em várias áreas e extensa atividade internacional, morreu hoje aos 79 anos.
No momento em que nos deixa, quero homenagear o Eng.º Belmiro de Azevedo, figura marcante do nosso meio empresarial e da sociedade portuguesa, em termos de liderança, determinação, visão de futuro e empenhamento social e cultural ao longo de mais de 40 anos", afirma o chefe de Estado, na nota divulgada.
"Apresento à família as minhas sentidas condolências", acrescenta Marcelo Rebelo de Sousa.
Silva Peneda diz que Belmiro de Azevedo deixou marca indelével a nível mundial
O antigo presidente do Conselho Económico Social disse que Belmiro de Azevedo deixou uma marca impressionante como empresário a nível mundial. De acordo com Silva Peneda, o antigo líder da Sonae foi o primeiro grande 'player' mundial no mercado da madeira.
O antigo político revelou que Belmiro de Azevedo tinha uma relação especial com os funcionários, lembrando, após o 25 de Abril, uma greve dos trabalhadores que pediram o regresso do empresário à Sonae.
Parlamento aprova voto de pesar, PCP vota contra
A Assembleia da República aprovou hoje um voto de pesar pela morte do empresário Belmiro de Azevedo, falecido hoje, manifestando "total solidariedade" à família e amigos, apesar dos votos contra de PCP e abstenções de BE e PEV.
"A Sonae está hoje presente na comunicação social, telecomunicações, retalho, desenvolvendo ao mesmo tempo, através da sua fundação, uma obra social muito assinalável nos domínios da educação, cultura e solidariedade", lê-se no texto.
Os deputados destacaram ainda o percurso do homem nascido no Marco de Canaveses em 1938 que "soube transformar a Sonae numa referência internacional".
Em 2006, o engenheiro de formação foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique pelo então presidente da República, Jorge Sampaio.
Sonae presta homenagem ao “Homem que dedicou a vida a criar um legado histórico ímpar”
A empresa enviou um comunicado à imprensa, em que presta homenagem a Belmiro de Azevedo.
“Belmiro de Azevedo liderou a Sonae durante 50 anos, período em que a transformou num dos mais importantes e respeitados grupos empresariais portugueses.
O seu caráter empreendedor único levou-o a criar e expandir negócios, gerir com rigor e criatividade, internacionalizar, investir na abertura do mercado de capitais, ser percussor do relevo da sustentabilidade nas empresas, apostar na formação e a criar um estilo único de liderança que faz da Sonae uma reconhecida escola de gestores em Portugal.
Os colaboradores da Sonae unem-se à dor da sua Família e prestam sentida homenagem ao Homem que dedicou a vida a criar um legado histórico ímpar no panorama empresarial em Portugal, assumindo o compromisso de tudo fazer para o perpetuar, empenhados em contribuir para que a Sonae continue a levar os benefícios do progresso e da inovação a um número crescente de pessoas, tal como o Engenheiro Belmiro sempre nos ensinou”.
Miguel Cadilhe: "Belmiro merece a admiração de todos nós"
O antigo ministro das Finanças não tem dúvidas em dizer que Belmiro de Azevedo é o maior empresário português que conheceu. Miguel Cadilhe recorda a qualidade do empresário, mas também a sua independência em relação aos poderes políticos que muitas vezes lhe custaram prejuízos empresariais.
Presidente da CIP recorda "um grande amigo, empresário e criador de riqueza"
O presidente da CIP - Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva, recordou hoje Belmiro de Azevedo como um "grande amigo, empresário e criador de riqueza".
"Recordo o engenheiro Belmiro de Azevedo pela sua frontalidade e pela sua assertividade. Ao mesmo tempo que era uma pessoa afável, não deixava de ser direto, frontal, porque não estava refém deste ou daquele poder. Tinha o condão de chamar as coisas pelos nomes e de por o dedo na ferida mas, sobretudo, recordo-o como um grande amigo, empresário e como um criador de riqueza", destacou António Saraiva.
Em declarações à Lusa, o presidente da CIP sublinhou ainda o trabalho de Belmiro de Azevedo no grupo Sonae, nomeadamente, pela expansão da "sua atividade, não só ao ramo da distribuição, das comunicações e das telecomunicações, [mas] também internacionalmente".
"Gostaríamos que a sua experiência e o seu exemplo pudessem ser replicados, para que o país pudesse, mais rapidamente, alvejar o crescimento que todos desejamos", concluiu o dirigente.
Ministro da Cultura elogia ligação entre negócios e Artes
O ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, lamentou hoje a morte do empresário Belmiro de Azevedo, que elogiou enquanto alguém que soube relacionar os negócios e as Artes.
Numa nota de pesar, Castro Mendes lembrou o antigo dirigente da Sonae como uma pessoa "com uma notável capacidade de trabalho, [que] soube compatibilizar a sua dedicação aos negócios com o interesse pelas áreas da Cultura, da Educação, das Artes e da Solidariedade, que expressou através da constituição da Fundação com o seu nome, em 1991".
"O homem que elogiava a mudança e que dizia não acreditar num futuro sem trabalho, contribuiu também para a formação de um jornal diário e de referência no panorama nacional", declarou o ministro, que recordou a fundação do jornal Público.
Lobo Xavier: Belmiro é talvez o homem que mais admirei nas últimas décadas
Lobo Xavier, da Fundação Belmiro de Azevedo, lembra o homem que lhe deixa uma profunda saudade, mas realça também a obra que deixa na Sonae, a ideia de risco, de iniciativa, de intuição, mas sobretudo a ideia de independência, a marca mais forte do empresário.
Lobo Xavier relembra ainda a simplicidade de vida de um dos homens mais ricos de Portugal.
Rui Nabeiro recorda "homem extraordinário", "um exemplo" para empresários
O empresário Rui Nabeiro, fundador do grupo Delta Cafés, lamentou hoje a morte de Belmiro de Azevedo, "um homem extraordinário" e "um exemplo em Portugal para todos os empresários".
Em declarações à Lusa, Rui Nabeiro disse que foi "com muita tristeza" e com "um grande abalo" que recebeu a notícia da morte de Belmiro de Azevedo, sublinhando que era "um homem extraordinário, que lutou e que soube lutar".
"É um exemplo em Portugal para todos os empresários, que procurou trabalho e procurou dar trabalho. Foi um grande criador", disse ainda Nabeiro, acrescentando que fica agora "muita saudade".
Morte de Belmiro de Azevedo apanhou de surpresa Vincente Jorge Silva
O co-fundador do jornal Público, juntamente com Belmiro de Azevedo, mostrou-se surpreendido pela morte do empresário. "Não deixo de recordar com muita saudade e muita estima a relação que tivemos e que permitiu que o Público fosse criado".
Vicente Jorge Silva falou de uma relação de negócios que no seu princípio teve grande sucesso, havendo convergência na vontade de Belmiro de Azevedo com os jornalistas para levar para a frente um projeto pioneiro do jornalismo em Portugal.
"Deixa-me bastante triste, bastante afetado, mantinha do fundo do coração, uma grande estima e amizade", declarou Vicente Jorge Silva.
Ministro da Economia evoca empresário "muito inovador"
O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, aludiu hoje à morte do empresário Belmiro de Azevedo como "uma grande perda para Portugal", sublinhando que o ex-líder do grupo Sonae foi "muito inovador" em termos de gestão.
Em Braga, à margem de uma visita a uma fábrica de torneiras, Caldeira Cabral endereçou ainda "condolências" aos três filhos de Belmiro de Azevedo.
"É uma grande perda para Portugal", disse o ministro da Economia.
Caldeira Cabral sublinhou que o grupo Sonae "afirmou Portugal no estrangeiro" e que aquele empresário foi "muito inovador em termos de gestão".
"Acho que a sociedade portuguesa tem muitos aspetos de gratidão para com ele", acrescentou.
Belmiro de Azevedo reinventou a marca Sonae
O comentador da RTP, André Macedo, explicou que Belmiro de Azevedo foi o grande responsável pela revitalização da marca Sonae que não fazia parte da família. "Teve capacidade de dar dimensão a um negócio que não tinha essa dimensão", declarou.
Belmiro de Azevedo manteve o seu legado durante a passagem de vários governos, cores partidárias e conjunturas económicas, tendo sido capaz de deixar a Sonae dentro da família nas mãos do filho, Paulo de Azevedo.
"Teve também a capacidade, essa mais rara, de deixar a empresa na mãos do filho, que a lidera há mais de dez anos. Foi capaz de garantir a sucessão dentro da empresa".
c/Lusa
Parlamento aprova voto de pesar pela morte de Belmiro de Azevedo
O PCP votou contra o voto de pesar e o Bloco de Esquerda e os Verdes abstiveram-se.
Ex-governantes e empresários lembram forma como Belmiro geriu os negócios. O antigo patrão da Sonae é recordado como um líder exigente, pioneiro, de gostos simples e sempre independente.
Alexandre Soares dos Santos: Belmiro de Azevedo era "um homem de visão e de ação"
Em direto na RTP 3, Alexandre Soares dos Santos, presidente do conselho de administração do grupo Jerónimo Martins, afirmou que "não considerava o engenheiro um concorrente" e recordou-o como "um grande empresário".
"É uma notícia muito triste e uma perda bastante importante para Portugal. Era um homem de visão, de ação e corajoso, num país que não admira nenhum deste pontos", acrescentou.
Nuno Pacheco, jornalista do Público, recorda Belmiro de Azevedo e o arranque do jornal
Nuno Pacheco, jornalista do Público, recorda os primeiros momentos do jornal, um projeto com a marca da Sonae e de Belmiro de Azevedo.
Ângelo Correia recorda Belmiro de Azevedo
O antigo ministro da Administração Interna diz que Belmiro de Azevedo era "um empreendedor que se fez com o 25 de Abril. Era um produto do 25 de Abril".
Porto Business School exalta exemplo de liderança
A Porto Business School manifestou o seu pesar pelo falecimento do Sr. Eng. Belmiro de Azevedo e apresentou condolências à família e amigos.
Em nota enviada, a Porto Business School diz: “Sendo um dos mais importantes empresários portugueses, o Sr. Eng. Belmiro de Azevedo foi também um exemplo de liderança. Determinado, acompanhou sempre de perto as causas e projetos que abraçava. Um homem com uma impressionante visão de futuro, defensor da necessidade constante de mudança e melhoria contínua, que se dedicou a várias causas paralelas aos negócios, da Educação às Artes. Exemplo disso é a sua ligação à Porto Business School.
O Eng. Belmiro de Azevedo, com a visão e tenacidade que sempre o caraterizaram, esteve presente nos momentos de maior importância na história da Porto Business School. Foi um dos seus fundadores, em 1988, presidiu ao Conselho de Administração e ao Conselho Geral e de Supervisão e foi também um dos grandes impulsionadores do projeto de construção do nosso atual campus”.
Contributo para o setor da distribuição e retalho "é incontornável" - APED
A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) manifestou hoje o seu pesar pela morte do empresário Belmiro de Azevedo, destacando que o seu contributo para o setor da distribuição e retalho "é incontornável".
Em comunicado, a APED "manifesta o seu pesar pelo falecimento do engenheiro Belmiro de Azevedo, personalidade ímpar e empresário visionário, cujo contributo para o setor empresarial português, e em particular para o setor da distribuição e retalho, é incontornável".
Jorge Wemans recorda Belmiro de Azevedo com um "homem de grande valor"
Jorge Wemans, antigo diretor adjunto do jornal Público, disse na RTP 3 que Belmiro de Azevedo subiu "a pulso na vida" e que isso o marcou muito na sua vida.
"Perdemos o maior empresário pós-25 de Abril"- Daniel Bessa
O ex-ministro da Economia Daniel Bessa considerou hoje que, com a morte de Belmiro de Azevedo, Portugal perdeu "o maior empresário português do pós-25 de Abril" e apontou o "legado único" que a Sonae representa.
"Estamos a falar do que é seguramente o maior empresário português do pós- 25 de Abril. Os empresários têm autoestima e respeito por si próprios, mas são justos e sabem reconhecer o mérito e os resultados e dificilmente algum empresário português discordará que perdemos o que foi o maior empresário português no pos-25 de Abril", afirmou Daniel Bessa.
Para o ex-ministro da Economia, a importância de Belmiro de Azevedo "é patente em muitos aspetos, mais óbvio no universo empresarial", onde, segundo considerou, o empresário deixou um "legado único".
"A Sonae foi sobretudo uma escola de gestores, um número imenso de gente que começou por exercer funções profissionais, de gestor profissional na Sonae. Alguns deles, a seu tempo, diziam que eram "empresários por contra" de outrem, eram trabalhadores assalariados, mas o empresário por conta de outrem diz muito do grau de autonomia que o engenheiro Belmiro de Azevedo lhes concedia, da responsabilização a que estavam submetidos, do sistema de remuneração associado ao mérito", apontou.
Daniel Bessa lembrou ainda o papel de Belmiro de Azevedo na criação da Porto Business School escola que, lembrou o economista, o filho do empresário, Paulo de Azevedo, acabou por frequentar.
PSD recorda um dos "mais marcantes" empresários portugueses
O PSD recordou hoje Belmiro de Azevedo como "uma das mais marcantes figuras empresariais do período democrático", considerando que a sua morte constitui "uma trágica perda para a sociedade portuguesa".
"O falecimento do senhor engenheiro Belmiro de Azevedo é uma trágica perda para a sociedade portuguesa pelo que o PSD expressa à sua família, amigos e ao Grupo Sonae o seu mais profundo pesar", lê-se numa nota dos sociais-democratas.
O PSD recorda que a "genialidade empresarial e empreendedora" de Belmiro de Azevedo levou à edificação de um grupo económico com forte expressão internacional, que atua nos mais diversos setores de atividade.
"O Grupo Sonae é hoje um dos mais proeminentes empregadores nacionais e um centro de criação de riqueza e de promoção do desenvolvimento social e económico nacional", é ainda referido na mesma nota.
CDS-PP lembra "empreendedor ímpar"
O CDS-PP lamentou hoje a morte do empresário Belmiro de Azevedo que o deputado Mota Soares recordou como "um empresário e um empreendedor ímpar em Portugal" e apresentou condolências à família.
"Foi um empresário e empreendedor ímpar em Portugal. Foi alguém que mudou muito o setor da distribuição, mas que depois fez um conjunto de investimentos no setor da comunicação social", disse Luís Pedro Mota Soares, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, em Lisboa.
Para o deputado centrista, o fundador da Sonae "demonstrou sempre que acreditava nas empresas portuguesas, demonstrou sempre uma fortíssima aposta na internacionalização da economia, na inovação, na qualificação dos seus quadros".
Associação Empresarial diz que era "um dos maiores empresários"
Associação Empresarial de Portugal (AEP) recordou hoje Belmiro de Azevedo como "um dos maiores empresários portugueses das últimas décadas" e manifestou pesar pela sua morte.
Em comunicado, a AEP lembra o ex-presidente do conselho de administração da Sonae como uma "figura de grande relevância e um dos maiores empresários portugueses das últimas décadas".
Além disso, "destacou-se pelo seu papel de gestor, nos negócios, na cultura e na identidade e valores que deixa para sempre ao mundo empresarial", ao construir um "império multifacetado".
A associação manifestou o seu "profundo pesar pelo falecimento do empresário".
Belmiro de Azevedo foi sócio honorário da AEP e foi agraciado com a Medalha de Honra, pelo reconhecimento da "defesa dos interesses das empresas e da economia nacional".
António Mota diz que morte do empresário é "uma perda para Portugal"
O presidente da Mota-Engil, António Mota, disse hoje que Belmiro de Azevedo era "um homem de uma capacidade invulgar" e considerou a sua morte "uma perda enorme para Portugal".
O presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil referiu que teve mais contacto com o ex-presidente do grupo Sonae na altura da privatização do Banco Português do Atlântico e recordou-o como "um homem de uma capacidade invulgar", a quem "ninguém conseguia ficar indiferente".
António Mota destacou ainda o facto de Belmiro de Azevedo ter criado "um grupo que consolidou ao longo do tempo".
A morte do empresário, que considerou ser uma "referência no mercado português", "é uma perda enorme para Portugal", disse o presidente da Mota-Engil.
Rui Vilar: "Belmiro de Azevedo foi o mais inovador empresário do século XX"
As palavras são de Rui Vilar, presidente do Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos, que diz Belmiro de Azevedo foi o maior empresário do século XX. Vilar ressalvou ainda a relação de proximidade que mantinha com o líder da Sonae.
"Foi capaz, em muitas áreas, de inovar e de antecipar o futuro e por isso construiu um grupo empresarial que tem todas as condições para se continuar a desenvolver", declarou.
"Foi um pioneiro da internacionalização", diz Braga de Macedo
O antigo ministro das Finanças lembra Belmiro de Azevedo como um homem sem papas na línguas, com mau feitio, mas sobretudo um empresário que marcou Portugal por ter sido pioneiro da ideia de internacionalização das empresas e da aplicação do conhecimento às empresas.
Marcelo presta homenagem ao empresário e elogia a sua visão de futuro
O Presidente da República lamentou hoje a morte do empresário Belmiro de Azevedo e prestou-lhe homenagem, elogiando as suas capacidades de "liderança, determinação, visão de futuro e empenhamento social e cultural".
Num curto comunicado divulgado no portal da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa considera-o uma "figura marcante" do meio empresarial e da sociedade portuguesa e apresenta à sua família "sentidas condolências".
Belmiro de Azevedo, um dos homens mais ricos de Portugal, que esteve décadas na Sonae e a transformou num império com negócios em várias áreas e extensa atividade internacional, morreu hoje aos 79 anos.
No momento em que nos deixa, quero homenagear o Eng.º Belmiro de Azevedo, figura marcante do nosso meio empresarial e da sociedade portuguesa, em termos de liderança, determinação, visão de futuro e empenhamento social e cultural ao longo de mais de 40 anos", afirma o chefe de Estado, na nota divulgada.
"Apresento à família as minhas sentidas condolências", acrescenta Marcelo Rebelo de Sousa.
Silva Peneda diz que Belmiro de Azevedo deixou marca indelével a nível mundial
O antigo presidente do Conselho Económico Social disse que Belmiro de Azevedo deixou uma marca impressionante como empresário a nível mundial. De acordo com Silva Peneda, o antigo líder da Sonae foi o primeiro grande 'player' mundial no mercado da madeira.
O antigo político revelou que Belmiro de Azevedo tinha uma relação especial com os funcionários, lembrando, após o 25 de Abril, uma greve dos trabalhadores que pediram o regresso do empresário à Sonae.
Parlamento aprova voto de pesar, PCP vota contra
A Assembleia da República aprovou hoje um voto de pesar pela morte do empresário Belmiro de Azevedo, falecido hoje, manifestando "total solidariedade" à família e amigos, apesar dos votos contra de PCP e abstenções de BE e PEV.
"A Sonae está hoje presente na comunicação social, telecomunicações, retalho, desenvolvendo ao mesmo tempo, através da sua fundação, uma obra social muito assinalável nos domínios da educação, cultura e solidariedade", lê-se no texto.
Os deputados destacaram ainda o percurso do homem nascido no Marco de Canaveses em 1938 que "soube transformar a Sonae numa referência internacional".
Em 2006, o engenheiro de formação foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique pelo então presidente da República, Jorge Sampaio.
Sonae presta homenagem ao “Homem que dedicou a vida a criar um legado histórico ímpar”
A empresa enviou um comunicado à imprensa, em que presta homenagem a Belmiro de Azevedo.
“Belmiro de Azevedo liderou a Sonae durante 50 anos, período em que a transformou num dos mais importantes e respeitados grupos empresariais portugueses.
O seu caráter empreendedor único levou-o a criar e expandir negócios, gerir com rigor e criatividade, internacionalizar, investir na abertura do mercado de capitais, ser percussor do relevo da sustentabilidade nas empresas, apostar na formação e a criar um estilo único de liderança que faz da Sonae uma reconhecida escola de gestores em Portugal.
Os colaboradores da Sonae unem-se à dor da sua Família e prestam sentida homenagem ao Homem que dedicou a vida a criar um legado histórico ímpar no panorama empresarial em Portugal, assumindo o compromisso de tudo fazer para o perpetuar, empenhados em contribuir para que a Sonae continue a levar os benefícios do progresso e da inovação a um número crescente de pessoas, tal como o Engenheiro Belmiro sempre nos ensinou”.
Miguel Cadilhe: "Belmiro merece a admiração de todos nós"
O antigo ministro das Finanças não tem dúvidas em dizer que Belmiro de Azevedo é o maior empresário português que conheceu. Miguel Cadilhe recorda a qualidade do empresário, mas também a sua independência em relação aos poderes políticos que muitas vezes lhe custaram prejuízos empresariais.
Presidente da CIP recorda "um grande amigo, empresário e criador de riqueza"
O presidente da CIP - Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva, recordou hoje Belmiro de Azevedo como um "grande amigo, empresário e criador de riqueza".
"Recordo o engenheiro Belmiro de Azevedo pela sua frontalidade e pela sua assertividade. Ao mesmo tempo que era uma pessoa afável, não deixava de ser direto, frontal, porque não estava refém deste ou daquele poder. Tinha o condão de chamar as coisas pelos nomes e de por o dedo na ferida mas, sobretudo, recordo-o como um grande amigo, empresário e como um criador de riqueza", destacou António Saraiva.
Em declarações à Lusa, o presidente da CIP sublinhou ainda o trabalho de Belmiro de Azevedo no grupo Sonae, nomeadamente, pela expansão da "sua atividade, não só ao ramo da distribuição, das comunicações e das telecomunicações, [mas] também internacionalmente".
"Gostaríamos que a sua experiência e o seu exemplo pudessem ser replicados, para que o país pudesse, mais rapidamente, alvejar o crescimento que todos desejamos", concluiu o dirigente.
Ministro da Cultura elogia ligação entre negócios e Artes
O ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, lamentou hoje a morte do empresário Belmiro de Azevedo, que elogiou enquanto alguém que soube relacionar os negócios e as Artes.
Numa nota de pesar, Castro Mendes lembrou o antigo dirigente da Sonae como uma pessoa "com uma notável capacidade de trabalho, [que] soube compatibilizar a sua dedicação aos negócios com o interesse pelas áreas da Cultura, da Educação, das Artes e da Solidariedade, que expressou através da constituição da Fundação com o seu nome, em 1991".
"O homem que elogiava a mudança e que dizia não acreditar num futuro sem trabalho, contribuiu também para a formação de um jornal diário e de referência no panorama nacional", declarou o ministro, que recordou a fundação do jornal Público.
Lobo Xavier: Belmiro é talvez o homem que mais admirei nas últimas décadas
Lobo Xavier, da Fundação Belmiro de Azevedo, lembra o homem que lhe deixa uma profunda saudade, mas realça também a obra que deixa na Sonae, a ideia de risco, de iniciativa, de intuição, mas sobretudo a ideia de independência, a marca mais forte do empresário.
Lobo Xavier relembra ainda a simplicidade de vida de um dos homens mais ricos de Portugal.
Rui Nabeiro recorda "homem extraordinário", "um exemplo" para empresários
O empresário Rui Nabeiro, fundador do grupo Delta Cafés, lamentou hoje a morte de Belmiro de Azevedo, "um homem extraordinário" e "um exemplo em Portugal para todos os empresários".
Em declarações à Lusa, Rui Nabeiro disse que foi "com muita tristeza" e com "um grande abalo" que recebeu a notícia da morte de Belmiro de Azevedo, sublinhando que era "um homem extraordinário, que lutou e que soube lutar".
"É um exemplo em Portugal para todos os empresários, que procurou trabalho e procurou dar trabalho. Foi um grande criador", disse ainda Nabeiro, acrescentando que fica agora "muita saudade".
Morte de Belmiro de Azevedo apanhou de surpresa Vincente Jorge Silva
O co-fundador do jornal Público, juntamente com Belmiro de Azevedo, mostrou-se surpreendido pela morte do empresário. "Não deixo de recordar com muita saudade e muita estima a relação que tivemos e que permitiu que o Público fosse criado".
Vicente Jorge Silva falou de uma relação de negócios que no seu princípio teve grande sucesso, havendo convergência na vontade de Belmiro de Azevedo com os jornalistas para levar para a frente um projeto pioneiro do jornalismo em Portugal.
"Deixa-me bastante triste, bastante afetado, mantinha do fundo do coração, uma grande estima e amizade", declarou Vicente Jorge Silva.
Ministro da Economia evoca empresário "muito inovador"
O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, aludiu hoje à morte do empresário Belmiro de Azevedo como "uma grande perda para Portugal", sublinhando que o ex-líder do grupo Sonae foi "muito inovador" em termos de gestão.
Em Braga, à margem de uma visita a uma fábrica de torneiras, Caldeira Cabral endereçou ainda "condolências" aos três filhos de Belmiro de Azevedo.
"É uma grande perda para Portugal", disse o ministro da Economia.
Caldeira Cabral sublinhou que o grupo Sonae "afirmou Portugal no estrangeiro" e que aquele empresário foi "muito inovador em termos de gestão".
"Acho que a sociedade portuguesa tem muitos aspetos de gratidão para com ele", acrescentou.
Belmiro de Azevedo reinventou a marca Sonae
O comentador da RTP, André Macedo, explicou que Belmiro de Azevedo foi o grande responsável pela revitalização da marca Sonae que não fazia parte da família. "Teve capacidade de dar dimensão a um negócio que não tinha essa dimensão", declarou.
Belmiro de Azevedo manteve o seu legado durante a passagem de vários governos, cores partidárias e conjunturas económicas, tendo sido capaz de deixar a Sonae dentro da família nas mãos do filho, Paulo de Azevedo.
"Teve também a capacidade, essa mais rara, de deixar a empresa na mãos do filho, que a lidera há mais de dez anos. Foi capaz de garantir a sucessão dentro da empresa".
c/Lusa