O BE considerou hoje incompreensível que o PS, "que se desinteressou pela geringonça em 2020", a substitua "pela hostilidade em 2021", avisando que se engana quem pensa que o voto dos bloquistas "se confunde com o voto da direita".
"Engana-se quem pensa que o voto do Bloco de Esquerda se confunde com o voto da direita", avisou, considerando que este voto não se confunde nem ideologicamente nem na "renúncia à afirmação de uma alternativa".
Pedro Filipe Soares defendeu que "como se percebeu ao longo do debate, o único partido que tem uma alternativa a este Orçamento de Estado é o Bloco de Esquerda".
Em relação às contas da saúde e após voltar a apresentar os números do BE e o resultado de algumas "verificações de factos" em relação à saúde, o líder bloquista devolveu as críticas: "enganar-se nas contas é isto senhor ministro João Leão".
"Isto quer dizer que o Orçamento de Estado não vai ser cumprido e desafio o senhor primeiro-ministro ou a senhora ministra da Saúde a provarem que estamos errados", desafiou.
De acordo com Pedro Filipe Soares, o BE já disse "tudo isto" ao Governo e nunca conseguiu obter explicações, não tendo nunca conseguido explicar porque rejeita as propostas do BE para a dedicação exclusiva dos médicos.
"Há um ano, o Governo recusou renová-la (a geringonça), optando pela negociação anual dos orçamentos sem metas comuns para a legislatura. Pois bem, é isso mesmo que estamos a fazer. Menos compreensível é que o PS, que se desinteressou da geringonça em 2020, a substitua pelo anátema e pela hostilidade em 2021", atirou.