O Banco Central Europeu reduziu esta quinta-feira as suas três taxas de juro diretoras em 25 pontos base. Esta é a quarta descida desde o início do verão.
As taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de depósito, às operações principais de refinanciamento e à facilidade permanente de cedência de liquidez serão reduzidas para, respetivamente, 3,00%, 3,15% e 3,40%.
A decisão "baseia-se na avaliação atualizada do Conselho do BCE das perspetivas de inflação, da dinâmica da inflação subjacente e da força da transmissão da política monetária", segundo o comunicado publicado esta quinta-feira.
O Banco Central Europeu mantém a porta aberta para uma maior flexibilização, à medida que a inflação se aproxima do seu objetivo de 2%.
"O processo de desinflação está no bom caminho", afirmou a Presidente do BCE, Christine Lagarde, em conferência de imprensa. "Em 2025, alcancaremos os 2%".
“Ao longo do tempo, os efeitos das políticas monetárias restritivas irão diluir-se e permitirão um aumento da procura doméstica. Estamos determinados em assegurar que a inflação estabiliza de uma forma sustentável até à meta dos 2%”.
Lagarde reconheceu que "houve algumas discussões" sobre a eventual redução de 50 pontos base, mas que o consenso acabou por decidir uma mudança de 25 pontos base.
Segundo Lagarde, “a inflação doméstica tem vindo a descer, mas mantém-se elevada, sobretudo porque os salários e os preços de certos setores ainda se estão a ajustar ao aumento anterior da inflação, com algum atraso”.
O Conselho do BCE debateu ainda a "incerteza" criada pela eleição de Donald Trump nos Estados Unidos e a situação política "em alguns países da UE", disse Christine Lagarde.
"Tudo isto continua a ser um ponto de interrogação, porque há uma diferença entre a retórica e a ação", explicou, referindo-se em particular à promessa do presidente eleito dos EUA de impor direitos aduaneiros às importações europeias.
"Tudo isto continua a ser um ponto de interrogação, porque há uma diferença entre a retórica e a ação", explicou, referindo-se em particular à promessa do presidente eleito dos EUA de impor direitos aduaneiros às importações europeias.
"Condições de financiamento a melhorar"
O banco central dos 20 países que partilham o euro reduziu a taxa que paga sobre os depósitos bancários, que determina as condições de financiamento no bloco, de 3,25% para 3,0%. Em junho, a taxa era de 4,0%, um recorde.
A Comissão Europeia também sinalizou que são possíveis novos cortes, ao retirar uma referência à manutenção de taxas "suficientemente restritivas", termo que significa um nível de custos de empréstimos que trava o crescimento económico.Não existe uma definição universal do que constitui uma taxa restritiva, mas os economistas geralmente colocam o território neutro entre 2% e 2,5%.
"As condições de financiamento estão a melhorar, uma vez que as recentes reduções das taxas de juro efetuadas pelo Conselho do BCE tornam gradualmente os novos empréstimos menos gravosos para as empresas e as famílias", afirmou a entidade.
"Mas continuam a ser apertadas, porque a política monetária continua a ser restritiva e as anteriores subidas das taxas de juro ainda se estão a transmitir ao stock de crédito existente", acrescenta.
Com a decisão desta quinta-feira, o BCE reduziu também a taxa de juro dos empréstimos aos bancos por uma semana para 3,15% e por um dia para 3,40%.
Estas facilidades quase não foram utilizadas nos últimos anos, uma vez que o BCE forneceu ao sistema bancário mais reservas do que as necessárias através da compra maciça de obrigações e de empréstimos a longo prazo.
Podem, no entanto, tornar-se mais relevantes no futuro, com o fim desses programas. O BCE confirmou esta quinta-feira que deixará de comprar obrigações ao abrigo do seu Programa de Compra de Emergência Pandémica a partir deste mês.
"Mas continuam a ser apertadas, porque a política monetária continua a ser restritiva e as anteriores subidas das taxas de juro ainda se estão a transmitir ao stock de crédito existente", acrescenta.
Com a decisão desta quinta-feira, o BCE reduziu também a taxa de juro dos empréstimos aos bancos por uma semana para 3,15% e por um dia para 3,40%.
Estas facilidades quase não foram utilizadas nos últimos anos, uma vez que o BCE forneceu ao sistema bancário mais reservas do que as necessárias através da compra maciça de obrigações e de empréstimos a longo prazo.
Podem, no entanto, tornar-se mais relevantes no futuro, com o fim desses programas. O BCE confirmou esta quinta-feira que deixará de comprar obrigações ao abrigo do seu Programa de Compra de Emergência Pandémica a partir deste mês.
c/ agências