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Banco de Portugal aponta para crescimento de 2% em 2019

por RTP
Imagem de arquivo DR

O Banco de Portugal prevê um crescimento de dois por cento em 2019. Trata-se de um crescimento superior em 0,9 pontos percentuais ao estimado pelo Banco Central Europeu para a área do euro. Mas o banco central nacional acrescenta que "nos últimos 25 anos o PIB per capita português não se aproximou dos valores médios observados na UE".

Em comunicado divulgado ao início da tarde, o Banco de Portugal adianta que a atividade económica "deverá continuar a expandir-se em 2019, ainda que a um ritmo inferior ao observado no passado recente. Após um crescimento de 2,4% em 2018, o produto interno bruto (PIB) deverá crescer 2% em 2019".

Diz o banco central nacional que o "crescimento projetado para Portugal é superior em 0,9 pp ao estimado pelo Banco Central Europeu para a área do euro. Este diferencial de crescimento positivo, que se observa desde 2016, deve ser enquadrado numa perspetiva mais longa. De facto, nos últimos 25 anos o PIB per capita português não se aproximou dos valores médios observados na UE".

Diz ainda o Banco de Portugal que num "contexto de abrandamento da atividade mundial e, de forma mais marcada, do comércio mundial, estima-se que as exportações de bens e serviços cresçam 2,3% em 2019, depois de terem aumentado 3,8% em 2018".

Marina Conceição, António Nunes - RTP

Nesse sentido, "os exportadores portugueses deverão continuar a registar ganhos de quota nos mercados externos, sobretudo nos setores do turismo e de produção automóvel".

As importações também devem crescer -  4,6% em 2019 (menos 1,2 pp do que no ano anterior) - num contexto de "ligeiro abrandamento da atividade económica".

De acordo com o comunicado, "projeta-se que a formação bruta de capital fixo suba 7,2% em 2019, após um crescimento pde 5,8% no ano anterior. O maior ritmo de crescimento reflete o comportamento da construção, influenciado pela execução de alguns projetos de infraestruturas de grande dimensão, nalguns casos associados a investimento público e beneficiando de financiamento europeu".
Consumo, financiamento e emprego

O consumo privado também deve crescer -  2,3% em 2019. Trata-se no entanto de uma evolução "mais moderada do que a observada no ano anterior (3,1%) e mais próxima do crescimento do PIB, refletindo a evolução do consumo corrente e dos gastos em bens duradouros".

"No conjunto do ano, a economia portuguesa deverá apresentar uma capacidade de financiamento, medida pelo saldo da balança corrente e de capital, equivalente a 0,5% do PIB, um valor inferior ao do ano anterior (1,4% do PIB). Esta evolução reflete a deterioração da balança de bens e serviços", diz o Banco de Portugal.

As projeções apontam também para que em 2019 as condições no mercado de trabalho continuem a melhorar, embora a um ritmo menor. "O emprego deverá aumentar 0,9% (menos 1,4 pp do que no ano anterior). A taxa de desemprego, que em 2018 foi de 7%, deverá continuar a diminuir, atingindo 6,4% em 2019. Os salários deverão acelerar, num contexto de redução dos recursos disponíveis no mercado de trabalho".

A inflação, medida pela taxa de variação do índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC), deverá situar-se em 0,4% em 2019, o que compara com 1,2% no ano passado.
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