O HSBC, maior banco da Europa, anunciou esta segunda-feira a compra da subsidiária britânica do norte-americano Silicon Valley Bank pela quantia simbólica de uma libra - o equivalente a 1,13 euros. A medida surge na sequência promessa, por parte do Governo britânico, de proteger os depositantes do Reino Unido. Isto depois do colapso do SVB nos Estados Unidos.
“Os clientes do SVB UK poderão aceder aos seus depósitos e serviços bancários normalmente a partir de hoje", sublinhou o Ministério do Tesouro do Reino Unido, em comunicado.
“Enfrentávamos uma situação em que algumas das nossas empresas mais importantes, mais estratégicas, poderiam ser arrasadas”, afirmou à comunicação social britânica o ministro das Finanças, Jeremy Hunt, acrescentando que isso era “extremamente perigoso”.
Segundo Hunt, “o sistema bancário do Reino Unido é extremamente seguro” e demonstrou “resiliência perante o que aconteceu no fim de semana” e depois de ter conseguido “encontrar uma solução tão depressa”. Em comunicado enviado à bolsa de Hong Kong, onde está cotado, o HSBC estima o capital próprio da subsidiária SBV UK em cerca de 1,4 mil milhões de libras (1,58 mil milhões de euros).
"Esta aquisição faz sentido estratégico para os nossos negócios no Reino Unido”, disse no comunicado o diretor executivo do HSBC, Noel Quinn.
A operação de compra da subsidiária britânica “fortalece a nossa marca como banco comercial e aumenta a nossa capacidade de apoiar empresas inovadoras e de rápido crescimento, inclusive nos setores de tecnologia e ciências da vida, tanto no Reino Unido quanto internacionalmente", explicou.
Recorde-se que o banco norte-americano era um importante financiador das startups britânicas.
O HSBC preparou um plano para reduzir custos e milhares de empregos na Europa e nos EUA, com vista a reforçar a sua presença na Ásia, o seu principal mercado.
Depósitos assegurados
Apesar do colapso do Silicon Valley Bank, os economistas não consideram que haja risco de a economia mundial ser arrastada para uma crise sem precedentes, como aconteceum em 2008.
De França vem a garantia do ministro das Finanças, Bruno Le Maire, de que o colapso do banco norte-americano não representa riscos para o sistema bancário do país. Mas em declarações à rádio France Info Le Maire, adiantou que a situação está a ser monitorizada.
Já o presidente dos Estados Unidos prometeu que os responsáveis pela falência de bancos no país vão prestar contas. Em comunicado, Joe Biden assegurou que os cidadãos e as empresas norte-americanas podem contar com os depósitos bancários.O comunicado surge depois de os reguladores norte-americanos anunciarem, na sexta-feira, o encerramento de mais um banco - o segundo, no espaço de três dias. Trata-se do nova-iorquino Signature, um dos maiores bancos ligados à indústria das criptomoedas.
De França vem a garantia do ministro das Finanças, Bruno Le Maire, de que o colapso do banco norte-americano não representa riscos para o sistema bancário do país. Mas em declarações à rádio France Info Le Maire, adiantou que a situação está a ser monitorizada.
Já o presidente dos Estados Unidos prometeu que os responsáveis pela falência de bancos no país vão prestar contas. Em comunicado, Joe Biden assegurou que os cidadãos e as empresas norte-americanas podem contar com os depósitos bancários.O comunicado surge depois de os reguladores norte-americanos anunciarem, na sexta-feira, o encerramento de mais um banco - o segundo, no espaço de três dias. Trata-se do nova-iorquino Signature, um dos maiores bancos ligados à indústria das criptomoedas.
A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, recusou no domingo um resgate ao banco e garantiu que o Governo de Biden está a trabalhar em estreita colaboração com os reguladores para ajudar os clientes do SVB.
“Deixem-me esclarecer que, durante a crise financeira, houve investidores e proprietários de grandes bancos sistémicos que foram resgatados e as reformas implementadas significam que não faremos isso novamente", garantiu Yellen ao programa Face the Nation, da CBS.
“O sistema bancário norte-americano é seguro e bem capitalizado, é resiliente. Os norte-americanos podem confiar na segurança e solidez do nosso sistema bancário", sublinhou.
“Deixem-me esclarecer que, durante a crise financeira, houve investidores e proprietários de grandes bancos sistémicos que foram resgatados e as reformas implementadas significam que não faremos isso novamente", garantiu Yellen ao programa Face the Nation, da CBS.
“O sistema bancário norte-americano é seguro e bem capitalizado, é resiliente. Os norte-americanos podem confiar na segurança e solidez do nosso sistema bancário", sublinhou.
O SVB, com sede na Califórnia, anunciou na quarta-feira que estava a tentar realizar um aumento de capital para ultrapassar as dificuldades financeiras. Na sequência desse anúncio, muitos clientes a retiraram os fundos e os reguladores encerraram o banco na sexta-feira por falta de liquidez. Posteriormente, o preço das ações da empresa entrou em colapso, o que, por sua vez, afetou o setor bancário em geral, tanto nos Estados Unidos como em outros países.
No domingo, os órgãos reguladores dos Estados Unidos tinham anunciado um plano para proteger os depósitos dos clientes do SVB.O Departamento do Tesouro, a Reserva Federal (Fed) e a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) adiantaram, num comunicado conjunto, que os clientes terão acesso a todo o dinheiro depositado no SVB.
Com este plano, avançaram as três entidades, os contribuintes norte-americanos "não assumirão as perdas" do banco e os depósitos serão protegidos para "facultar o acesso ao crédito por parte das famílias e das empresas".
No domingo, os órgãos reguladores dos Estados Unidos tinham anunciado um plano para proteger os depósitos dos clientes do SVB.O Departamento do Tesouro, a Reserva Federal (Fed) e a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) adiantaram, num comunicado conjunto, que os clientes terão acesso a todo o dinheiro depositado no SVB.
Com este plano, avançaram as três entidades, os contribuintes norte-americanos "não assumirão as perdas" do banco e os depósitos serão protegidos para "facultar o acesso ao crédito por parte das famílias e das empresas".