A economia brasileira recuou 4,05% em 2020, segundo o Índice de Atividade Económica (IBC-Br), divulgado hoje pelo Banco Central do país que é considerado uma antecipação do resultado do Produto Interno Bruto (PIB).
A estimativa oficial dos órgãos do Governo brasileiro é de que o PIB deve registar uma queda entre 4,4% e 4,5%, em 2020.
Caso se confirme, a queda na produção de riqueza na maior economia da América Latina interromperá uma sequência de três subidas consecutivas.
Levando em conta apenas os dados sobre o mês de dezembro, a atividade económica brasileira cresceu 0,64%, oitavo mês consecutivo de subida, após registar quedas relevantes em março e abril devido às medidas de isolamento social impostas para conter a pandemia de covid-19.
Os resultados obtidos em dezembro de 2020 face ao mesmo mês de 2019 indicaram um crescimento da atividade económica brasileira de 1,34%.
A economia do Brasil deve começar a recuperar em 2021, altura em que economistas preveem um crescimento de 3,47% do PIB, percentual que será reduzido para 2,5% em 2022, 2023 e 2024, segundo projeções de analistas do mercado financeiro divulgadas na segunda-feira pelo Banco Central.
O IBC-Br é anunciado mensalmente pelo Governo do Brasil para informar o mercado sobre a evolução da atividade económica do país, já que o PIB é divulgado trimestralmente pelo IBGE. O indicador também auxilia o Governo a tomar decisões a respeito da taxa básica de juros.
O índice incorpora informações sobre o nível de atividade da indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos arrecadados.