Aumento intercalar de pensões. "Procurámos salvaguardar o poder de compra"

por RTP

Começam esta segunda-feira a ser pagos os aumentos intercalares das pensões da Segurança Social em 3,57 por cento. Acréscimo que chegará aos pensionistas da Caixa Geral de Aposentações dentro de uma semana. A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, sustenta que o Governo procurou assim "salvaguardar o poder de compra dos pensionistas e garantir também a sustentabilidade do sistema".

"A nossa preocupação foi sempre garantir e apoiar a capacidade de manter e repor o poder de compra dos pensionistas, face à evolução da situação, cumprindo exatamente aquilo que está na lei das pensões e na fórmula, mas também garantir que temos aqui a capacidade de uma previsibilidade e de uma sustentabilidade que dá uma mensagem de confiança aos jovens que estão a entrar no mercado de trabalho", insistiu a governante, entrevistada no Bom Dia Portugal.

Ana Mendes Godinho quis ainda colocar a tónica na necessidade da valorizar os salários: "Acho que é um exercício coletivo. Temos de conseguir, cada vez mais, valorizar os salários, é mesmo peça crítica na nossa sociedade, mas também termos a capacidade de valorizar os jovens".

Questionada sobre a polémica que envolve o ministro da Cultura, que criticou o desempenho dos deputados da comissão parlamentar de inquérito à tutela política da gestão da TAP, a ministra escusou-se a comentar.

"A nossa preocupação é servir o país e foco total naquilo que faz a diferença e é isso que temos procurado fazer. Cumprir os compromissos, responder às pessoas, responder em momentos difíceis", redarguiu.

"Nos últimos anos, tenho procurado que a espuma dos dias não nos desfoque do que é fundamental no serviço ao país", completou.

Recorde-se que, em entrevista à TSF e ao Jornal de Notícias, Pedro Adão e Silva afirmou que os deputados da comissão atuaram como "uma espécie de procuradores do cinema americano de série B". O presidente da comissão parlamentar de inquérito, Lacerda Sales, acusaria depois o ministro da Cultura de "falta de respeito".
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