Associação Maxyield recomenda prudência para evitar `corrida` à venda de ações

por Lusa

A associação de pequenos investidores Maxyield recomendou hoje prudência para evitar a corrida à venda de ações com perdas nas bolsas, que abriram com quedas acentuadas, com receio das consequências da aplicação das tarifas comerciais pelos EUA.

"Neste contexto de regressão dos mercados bolsistas internacionais, posicionados no patamar de `Bear Market` [queda prolongada nos mercados], a Maxyield recomenda ponderação e prudência, evitando corrida a vendas em condições precárias", alertou a associação, em comunicado.

A Maxyield considerou "sensato contornar situações de pessimismo e evitar a venda irracional de posições com perdas, por influência de sentimentos negativos", apontando que os `bear markets` "são uma parte natural do ciclo do mercado, que não duram para sempre".

As principais bolsas europeias abriram hoje da mesma forma que encerraram na semana passada, com quedas acentuadas em pânico com as consequências da aplicação das tarifas impostas pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.

Às 09:50 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a recuar 5,71% para 467,72 pontos.

As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt desciam 5,03%, 5,70% e 6,48%, respetivamente, enquanto as de Madrid e Milão se desvalorizavam 6,24% e 6,40%.

A bolsa de Lisboa mantinha a tendência da abertura e às 09:50 o principal índice, o PSI, baixava 5,43% para 6.275,40 pontos.

Na Ásia, o Nikkei caiu quase 8%, o 11.º pior desempenho de sempre e a maior queda desde agosto de 2024, e o Topix, que inclui as empresas da secção principal, as de maior capitalização, também caiu 7,79%.

A Bolsa de Xangai caiu 7,34%, a de Shenzhen recuou 9,66%, enquanto o índice de referência da Bolsa de Taipé, o Taiex, sofreu hoje a maior queda diária da sua história, ao baixar 9,7%.

Nos Estados Unidos (EUA), os futuros de Wall Street antecipam mais uma sessão `a vermelho`, antecipando quedas de 4,13% para o Dow Jones, 4,87% para o S&P 500, e 5,69% para o Nasdaq, que se somarão às perdas da semana passada.

O mercado continua a ser afetado pela entrada em vigor das tarifas impostas pelo Presidente do EUA, Donald Trump, aos parceiros comerciais e pelas medidas de retaliação anunciadas pela China, que podem ser seguidas pelas de outras grandes economias, como a da União Europeia (UE).

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