A Associação dos Países Africanos Produtores de Diamantes (ADPA) foi hoje formalmente constituída numa cerimónia em Luanda, envolvendo 19 estados, dos quais 12 membros efectivos da organização, que represent a cerca de 75 por cento da produção diamantífera mundial.
A Declaração de Luanda salienta que a criação desta associação resulta da "necessidade de concertação de políticas sobre os mais diversos aspectos rela tivos aos recursos diamantíferos", desde a prospecção à comercialização, passand o pela exploração e lapidação.
Nesse sentido, a declaração considera que a associação "pode constituir uma plataforma privilegiada, capaz de congregar e harmonizar políticas, visando uma melhor defesa dos interesses estratégicos comuns ao nível da definição das grandes políticas mundiais sobre o sector".
Por outro lado, a declaração aprovada pelos estados membros da ADPA ref ere que o desempenho desta organização "poderá resultar numa melhor promoção do desenvolvimento socio-económico das populações, nomeadamente através de maiores benefícios resultantes da exploração e comercialização dos recursos diamantífero s".
A ADPA tem como membros efectivos a África do Sul, Angola, Botsuana, Ga na, Guiné, Namíbia, República Centro Africana, República Democrática do Congo, S erra Leoa, Tanzânia, Togo e Zimbabué.
Com a categoria de observadores foram admitidos a Argélia, República do Congo, Costa do Marfim, Gabão, Libéria, Mali e Mauritânia.
Nos termos dos estatutos da associação, são membros efectivos os países africanos produtores de diamantes que aderirem à iniciativa.
Os observadores são países africanos com potencial geológico diamantífe ro que possam vir a tornar-se produtores de diamantes, mas também países african os que já produzem diamantes, mas ainda não estão em conformidade com os requisi tos do Processo de Kimberley, que regula a certificação dos diamantes no comércio internacional.