O Governo português vai propor ao Conselho Europeu a criação de três novos impostos europeus, que dizem respeito às plataformas digitais, transações financeiras internacionais e empresas poluentes. António Costa disse, também, concordar que a participação de cada Estado-membro da União Europeia no orçamento comunitário suba para os 1,2 por cento.
Por isso, o Governo português vai propor ao Conselho Europeu a criação de impostos sobre o digital, sobre o ambiente e transações financeiras internacionais. A questão ambiental é ainda mais importante quando está na ordem do dia um caso grave de poluição no Rio Tejo.
Quanto à questão digital, o executivo acredita que podem ser alcançados grandes acordos fiscais como um bloco Europeu unido.
Maior contribuição para orçamento comunitário
Esta é uma posição já confirmada por António Costa à Comissão Europeia e que será institucionalizada a 23 de fevereiro, em reunião informal do Conselho Europeu. Portugal pretende seguir a convicção de Jean-Claude Juncker de que cada estado-membro da União Europeia deve contribuir mais para o orçamento comunitário.
O presidente da Comissão acredita que as contribuições de um por cento devem subir para os 1,2 por cento, o que contrasta com a posição do Parlamento Europeu que diz que deve subir para os 1,3 por cento.
A vontade de Juncker visa responder à saída do Reino Unido da União Europeia, que contribui para a União Europeia, em termos brutos, com 17 mil milhões de euros. No entanto, o Brexit não é a única razão para querer reforçar o orçamento europeu.
O bloco europeu pretende ter mais fundos para matérias de segurança e defesa comum. Portugal corrobora a vontade europeia e pretende dar resposta a novas necessidades orçamentais e aprofundar a coesão entre estados-membros.