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António Costa admite baixar o IVA nos alimentos

por RTP
António Costa admitiu no Parlamento reduzir o IVA sobre os bens alimentares António Cotrim - Lusa

O primeiro-ministro admitiu esta quarta-feira baixar o Imposto sobre o Valor Acrescentado dos bens alimentares desde que esta redução garanta equilíbrio e "uma redução efetiva e estabilização dos preços".

No debate parlamentar de política geral, António Costa salientou que o Governo e os agentes da cadeia alimentar têm o "objetivo comum" de reduzir e "controlar a inflação sobre os bens alimentares".

O chefe do Governo reconheceu que o valor destes está "claramente acima daquilo que é a média da inflação a nível nacional e mesmo acima do que acontece em outros países europeus".

A chave será um acordo com distribuição e produção alimentar, acrescentou António Costa.

"Vamos trabalhar com o setor para agir sobre preços em diversas dimensões: dimensão ajudas de Estado à produção - para diminuir os custos de produção - e, em segundo lugar, o equilíbrio entre redução da fiscalidade - ou seja, do IVA - e a garantia de que essa redução da fiscalidade se traduz numa redução efetiva e estabilização dos preços", anunciou o primeiro-ministro, em resposta ao PCP.

Segundo o chefe do executivo, essa redução beneficiaria "efetivamente os consumidores".

A redução do IVA nos bens alimentares, a exemplo do que já sucede em Espanha, era uma exigência da oposição perante a subida dos preços, empurrada pela alta dos custos na produção devido à subida dos gastos com energia e fertilizantes.

O primeiro-ministro admitiu na mesma resposta ao PCP vir a rever os aumentos da Função Pública, uma outra novidade aplaudida pela bancada do PS durante o plenário.

Questionado depois pelo Bloco de Esquerda se os aumentos serão implementados com retroativos, António Costa não se comprometeu.

Com Lusa
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