Americanos da KKR injetam 200 milhões de euros na Greenvolt

por Lusa

A Gamma Lux Aggregator, dos norte-americanos da Kohlberg Kravis Roberts (KKR), vai injetar 200 milhões de euros na Greenvolt até final de janeiro de 2025, anunciou hoje ao mercado a empresa de energias renováveis.

"[...] a Greenvolt - Energias Renováveis [...] informa que a Gamma Lux Aggregator concordou em contribuir para a sociedade num montante total agregado de Euro200.000.000", lê-se num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Segundo refere, esta "contribuição pode assumir a forma de capital ou de instrumentos de dívida e enquadra-se na provisão de fundos prevista no prospeto datado de 04 de outubro de 2024 relativo à Oferta Pública de Aquisição lançada pela GVK Omega, S.G.P.S., Unipessoal, Lda. relativamente às ações da sociedade".

A injeção de fundos será efetuada "em ou até 31 de janeiro de 2025", a não ser que seja entretanto acordada uma data posterior entre as partes.

A Greenvolt deixou na semana passada de estar cotada na bolsa de Lisboa, na sequência do registo da aquisição potestativa pela KKR dos 2,36% do capital da empresa que ainda não detém.

A aquisição potestativa segue-se à Oferta Pública de Aquisição (OPA) geral e obrigatória lançada pela GVK Omega, cujos resultados foram apurados em 25 de outubro e que resultou na aquisição pela Lux Aggregator de uma participação de 97,64% da Greenvolt.

De acordo com o prospeto da OPA, publicado em 04 de outubro deste ano pela CMVM, é objetivo da GVK Omega "contribuir para o desenvolvimento a longo prazo e crescimento sustentável" da Greenvolt.

No final de 2023, a KKR lançou uma oferta voluntária sobre a Greenvolt, que acabou por se converter em obrigatória.

Em 03 de junho passado, a KKR revelou que iria, através da sociedade GV Investor Bidco, converter as obrigações em ações, ficando nessa altura com uma posição de 82% na empresa.

Em outubro, a KKR conseguiu adquirir 97,64% da Greenvolt depois de lançar a OPA geral e obrigatória, ficando com a possibilidade de avançar com uma aquisição potestativa (ou `squeeze-out`), um mecanismo legal que permite a um acionista maioritário adquirir compulsoriamente as ações dos acionistas minoritários, desde que detenha mais de 90% do capital social da empresa visada.

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