O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha no terceiro trimestre avançou 0,2% face ao trimestre anterior, evitando assim a chamada recessão técnica, que ocorre quando há uma queda da economia em dois períodos consecutivos, foi hoje anunciado.
Contudo, o PIB alemão recuou 0,2% no terceiro trimestre face ao mesmo período de 2023, de acordo com os dados da agência federal de estatística alemã (Destatis) hoje divulgados.
O resultado do segundo trimestre foi corrigido para -0,3%, depois de uma primeira estimativa de -0,1%.
A notícia surpreendeu, uma vez que a maioria dos economistas esperava que a economia se contraísse e entrasse em recessão. A ligeira subida, segundo a Destatis, deveu-se, principalmente, a um aumento do consumo privado e das despesas públicas.
O índice de clima empresarial do instituto de investigação económica IFO - um dos principais indicadores iniciais - subiu em outubro, após quatro quedas mensais consecutivas.
No entanto, mantém-se o ceticismo de que a economia alemã possa sair da atual situação crítica e o Bundesbank, o banco central alemão, acredita que a fase débil que começou em 2022 vai continuar.
"No quarto trimestre, a atividade económica pode tender a estagnar. Embora não seja de esperar uma recessão no sentido de uma desaceleração generalizada e prolongada da economia, esta permanece na fase de fraqueza em que se encontra desde meados de 2022", refere o relatório anual do Bundesbank.
O FMI também prevê a estagnação da economia alemã e aponta para problemas na indústria e no mercado imobiliário.
A Confederação Alemã das Câmaras de Indústria e Comércio (DIHK) prevê que a estagnação se mantenha em 2025, com base num inquérito aos líderes empresariais.
O Governo alemão também está pessimista e prevê que a economia registe uma contração de 0,2% no conjunto do ano.