Agricultor não deve ser os perdedor na cadeia de valor defende Ministro

por Lusa

O ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, disse hoje, em Lisboa, que os agricultores não devem ser os perdedores dentro da cadeia de valor, vincando ser necessário aumentar o respetivo rendimento.

"Estamos todos de acordo quanto a aumentar o rendimento do agricultor [...], que não deve ser o perdedor dentro da cadeia de valor", afirmou José Manuel Fernandes, na comissão parlamentar de Agricultura e Pescas.

O governante respondia ao deputado do PCP Alfredo Maia, que levou para a comissão uma couve lombarda, pela qual disse ter pago mais de três euros, questionando o ministro sobre o valor recebido pelos produtores.

Neste âmbito, o ministro da Agricultura disse que será reativada a PARCA -- Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Alimentar, embora tenha ressalvado a necessidade de avaliar o seu modelo, de modo a que seja direcionado para os resultados.

O titular da pasta da Agricultura lembrou ainda que existe um conjunto de produtos que entra em Portugal, mas não cumpre as condições de produção, que são exigidas aos países europeus, criando situações de concorrência desleal.

Nesta audição, o ministro também foi questionado pelo deputado do Bloco de Esquerda José Soeiro sobre a necessidade de atração de imigrantes.

José Soeiro citou a posição do presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Álvaro Mendonça e Moura, que defendeu, em resposta à Lusa, ser preciso um plano de atração de imigrantes, em conjunto com um pacto para a habitação, que mobilize edifícios devolutos, caso contrário Portugal poderá ter uma situação de "penúria" de trabalhadores.

José Manuel Fernandes destacou a necessidade de disponibilizar programas para a aprendizagem da língua portuguesa e de dar condições para receber os migrantes.

Sobre este assunto, há visões diferentes: "os que defendem as portas todas abertas e até aviões ou barcos e outros querem uma imigração regulada para dar condições a quem recebemos. Queremos que as pessoas sejam bem integradas e com condições", assinalou.

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