Agendas Mobilizadoras com 140 candidaturas para investimento de 14 milhões de euros

por Lusa

 O ministro da Economia, Siza Vieira, congratulou-se hoje com a elevada adesão às Agendas Mobilizadoras, que se traduziu na apresentação de 140 candidaturas de consórcios com um investimento global de 14 mil milhões de euros.

O prazo para os consórcios envolvendo empresas, universidades e instituições científicas e tecnológicas apresentarem uma manifestação de interesse para o desenvolvimento de projetos no âmbito das Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial terminou na quinta-feira.

"Recebemos 140 candidaturas de consórcios e o investimento total que está ali em causa - se fosse todo concretizado - era de 14 mil milhões de euros. É um número que superou as nossas expectativas", disse à Lusa o ministro Siza Vieira, em declarações à margem de uma visita à fábrica da Bosch, em Aveiro.

Apesar de possuir informação escassa, o ministro esclareceu que estes consórcios abrangem empresas de praticamente todas as regiões do país e de vários setores de atividade, "desde o setor das energias até ao setor das biotecnologias, até ao setor da saúde, do aeroespacial, automóvel".

"Em todas as áreas onde Portugal nos últimos anos tem procurado fazer investimento no conhecimento, na inovação, nas novas tecnologias, vemos esta mobilização e, portanto, estou convencido que temos aqui uma muito boa base de partida para darmos um impulso através dos recursos europeus para desencadear todo este movimento de investimento que o país tanto precisa", acrescentou.

O ministro saudou esta "grande disponibilidade" das empresas e instituições académicas para "colaborarem, para criarem produtos inovadores orientados para os mercados externos", afirmando que não se pode perder este impulso para continuar a ver, nos próximos anos, "frutificar exemplos de aposta de produtos inovadores, de maior valor acrescentado para colocar Portugal no caminho de crescimento económico sustentado".

Para já estão previstos cerca de mil milhões de euros de incentivos para apoiar estes investimentos, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência português, mas Siza Vieira destacou que existe a disponibilidade para aumentar esta dotação.

"Já sinalizámos mais 2,3 mil milhões de euros que poderemos ir buscar à União Europeia para apoiar estes investimentos e temos o PT2030 que começará a ser lançado", explicou.

O ministro referiu ainda que nas próximas semanas, serão avaliadas estas manifestações de interesse e estes consórcios para verificar se cumprem as condições de elegibilidade para participarem neste programa.

Posteriormente, serão dirigidos convites aos consórcios pré-selecionados para apresentarem os seus projetos e as suas candidaturas ao apoio através dos incentivos disponíveis.

De acordo com o governante, a seleção final dos consórcios será feita com recurso a um júri com personalidades internacionais e os contratos de investimento deverão ser assinados durante o primeiro trimestre do próximo ano.

Durante a visita à unidade de termotecnologia da Bosch, em Aveiro, o ministro inaugurou o novo parque fotovoltaico com cerca de 17 mil metros quadrados e com uma produção anual estimada em 1.680 quilowatts o equivalente a uma redução de 700 toneladas de emissões de dióxido de carbono.

"Com este parque fotovoltaico iremos diminuir os nossos custos de eletricidade em cerca de 20%, o que será um componente importante nos ganhos de competitividade", disse Jónio Reis, administrador da Bosch Termotecnologia, em Aveiro.

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