Adesão à greve de trabalhadores da função pública ronda os 90%, diz sindicato

por Lusa

A greve de trabalhadores da função pública regista uma adesão global de 90%, segundo o sindicato que convocou a paralisação, que diz que os setores da educação e saúde são os mais afetados.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Serviços e de Entidades com Fins Públicos (STTS), Mário Rui, deu como exemplo o setor da educação, referindo que "as escolas do Porto estão quase todas fechadas".

O sindicalista adiantou que ainda estão a ser recolhidos dados por região e por setor, mas que os já disponíveis mostram que os setores da educação e saúde são os mais afetados.

Mário Rui remeteu um levantamento completo da adesão à greve para o início da tarde.

Entre as principais reivindicações do STTS está a instituição do cartão refeição na Administração Pública "através de negociação em Acordo Coletivo de Empregador Público (ACEP), para o valor diário de 10 euros, livre de imposto" e a revisão das carreiras não revistas.

O sindicato pretende ainda a revisão do Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública (SIADAP), bem como a reposição dos pontos perdidos para efeitos de progressão de carreira.

No que diz respeito especificamente ao setor da Educação defende a criação do estatuto do pessoal de ação educativa, enquanto na área da saúde exigem a atribuição do Subsídio de Risco aos trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS) integrados na carreira do assistente operacional e técnico auxiliar de saúde.

A par da greve geral, está prevista também uma manifestação, hoje de manhã, junto da Unidade Local de Saúde (ULS) de Entre Douro e Vouga - Hospital de São Sebastião, entre as 08:00 e as 10:00.

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