O Banco Angolano de Investimentos (BAI), participado pela petrolífera estatal Sonangol, viu unanimemente aprovada pelos acionistas a alteração dos estatutos que lhe irá permitir a entrada em bolsa em 2022, anunciou hoje a instituição.
"O BAI -- Banco Angolano de Investimentos S.A. informa que, em assembleia-geral extraordinária, os acionistas aprovaram unanimemente a alteração dos estatutos da sociedade, para efeitos da preparação da sua qualificação como sociedade aberta", pode ler-se num comunicado hoje divulgado pelo banco.
De acordo com a instituição, trata-se de um "momento histórico na vida do banco", que lhe permitirá "abrir o seu capital em bolsa, num futuro próximo".
Citado no comunicado, o presidente executivo Luís Lélis aponta a que a entrada em bolsa seja "um processo longo mas sustentado e transparente, prevendo-se que a efetivação da Oferta Pública de Venda se verifique em meados de 2022".
Já o vice-presidente do Conselho de Administração Mário Barber referiu que a aprovação espelha "o caminho expectável para uma instituição em franco crescimento".
"Com esta importante alteração, o BAI assumirá o estatuto de sociedade aberta e passará a ter de cumprir determinados requisitos, nomeadamente uma adaptação dos sistemas e processos, uma maior exigência na divulgação de informação financeira, atempada e transparente", destaca o banco no comunicado.
O banco tinha convocado a assembleia-geral para dia 09 de agosto (segunda-feira).
A estrutura do BAI é composta por 54 acionistas, dos quais nenhum detém participações qualificadas, destacando-se a Sonangol como principal acionista com 8,50% do capital.
Integram ainda o grupo de acionistas a Oberman Finance Corp (5,00%), Dabas Management Limeted (5,00%), Mário Palhares (5,00%), Theodore Giletti (5,00%), Lobina Anstalt (5,00%), Coromasi Participações Lda. (4,75%), Mário Barber (3,87%), Luís Lélis (3,00%) e "Outros` não identificados, que repartem os restantes 54,88% do capital.
O Programa de Privatizações do executivo angolano prevê a alienação das participações da Sonangol em setores como os seguros e a banca e a saída do BAI chegou a estar prevista para 2020, mas o concurso público não chegou a avançar.
O BAI, maior banco angolano em termos de ativos, tem reconhecidas, desde 2017, ações próprias no valor nominal correspondentes a 5% do capital social.