Rui Alves Cardoso - RTP
A CP diz que mais de 77 por cento dos comboios foram suprimidos até ao meio-dia. Uma paralisação que e a FECTRANS diz ter tido uma adesão superior a 70 por cento.
Um dos motivos desta greve, diz o sindicato, é o acordo de 2023 que continua por cumprir.
A administração da CP emitiu entretanto um comunicado em que refere que “alguns dirigentes sindicais afetos aos sindicatos que convocaram a greve de hoje têm prestado declarações à imprensa que não correspondem à verdade.”
A Comboios de Portugal diz neste comunicado que esteve “sempre disponível para reunir, ouvir e negociar com os sindicatos, tendo reunido diversas vezes e a última dessas reuniões ocorrido na tarde do passado sábado, com o intuito de chegar a um acordo relativo à revisão do Regulamento de Carreiras da empresa.”
O que tem acontecido, refere a CP, é que, “cada vez que o Conselho de Administração da CP tenta satisfazer alguma das reivindicações destes sindicatos com o objetivo de alcançar a desconvocação da greve, estes sindicatos surgem com uma nova exigência de conteúdo pecuniário.”
A CP apela por isso ao “bom senso dos sindicatos, reiterando que a CP continua disponível para negociar e satisfazer as reivindicações dos sindicatos, desde que estas não ponham em causa a sustentabilidade da empresa e os postos de trabalho dos restantes trabalhadores.”
Confrontado pela Antena 1 com este comunicado da Comboios de Portugal, o sindicalista da Fectrans José Manuel Oliveira diz que na reunião de sábado a CP apareceu com um documento escrito que nada tinha a ver com o acordado oralmente nas negociações.