Um golo de Trincão perto do intervalo e outro de João Simões a fechar o jogo deram a vitória em Alvalade ao Sporting perante o Nacional, em partida da 19.ª jornada da I Liga.
Os leões aumentaram a distância no comando do campeonato, dispondo agora de seis pontos de vantagem sobre o Benfica, derrotado pelo Casa Pia nesta ronda.
A equipa orientada por Rui Borges tem agora 47 pontos, contra 41 dos encarnados e 40 do FC Porto, que ainda recebe nesta jornada o Santa Clara, este domingo.
Vitamina de Rio Maior e Gyökeres titular
O mote para os jogadores do Sporting foi dado logo durante o aquecimento, quando o ‘onze’ escalado pelo técnico ‘leonino’ e os suplentes ouviram as ‘bancadas’ de Alvalade a festejar o terceiro golo do Casa Pia e o apito final em Rio Maior.
Ainda por cima, com o melhor marcador da I Liga, Viktor Gyökeres, de volta à titularidade após dois jogos a começar no banco, tudo parecia começar a correr de feição para o Sporting, que se apresentou ainda com as novidades Daniel Bragança e Morita no ‘onze’, para além dos regressos de Rui Silva, na baliza, e de Gonçalo Inácio no centro da defesa.
Desta forma, Trincão encostou ao flanco direito (remeteu Geny Catamo para o banco), mas a ‘chave’ das alterações residia no posicionamento de Bragança, ora mais próximo do ponta de lança, ora a baixar para ir buscar jogo mais próximo dos médios, oscilando entre o habitual ‘4x4x2’ dos últimos jogos e uma estrutura mais próxima de ‘4x3x3’.
Como o Nacional entrou sem qualquer tipo de ambição ofensiva, limitando-se a defender em ‘5x4x1’, com as duas linhas recuadas muito próximas, o jogo entrou num ritmo ‘pantanoso’, que só foi desfeito pelo grande golo de Trincão (45+1) já nos descontos da primeira parte.
O internacional português recebeu a bola de Gyökeres e, em zona frontal, desferiu um ‘tiro’ indefensável a mais de 20 metros da baliza de Lucas França, que levou os ‘leões’ para o descanso na frente do marcador.
Mas importa referir que, antes da ‘pedrada no charco’ de Trincão, a equipa de Rui Borges só tinha enquadrado um remate, por Gonçalo Inácio (20), apesar de somar 14 ações na grande área adversária. E só Gyökeres (45+3) obrigou o guarda-redes visitante a ‘sujar os calções’ na primeira metade.
Apesar da desvantagem e da dupla alteração promovida ao intervalo pelo treinador do Nacional, Tiago Margarido, com as entradas de Paulinho e Tagueu, os insulares não foram muito mais expeditos na segunda parte.
Mantiveram sempre a sua estrutura defensiva, poucas vezes conseguiram chegar até ao último terço e até mesmo na velocidade com que efetuavam algumas das suas substituições pareciam satisfeitos com o ritmo baixo.
No Sporting, as primeiras alterações de Rui Borges, com as entradas de Geny Catamo (60) e Debsat (68), visaram mais gerir a condição física dos recentemente regressados de lesão Daniel Bragança e Morita do que acelerar o ritmo e procurar fechar o encontro.
Como tal, o jogo voltou a um ritmo lento e previsível, que nem os remates de Fresneda (63), defendido instintivamente pelo ‘guardião’ do Nacional, ou do hoje desinspirado Gyökeres (78), muito por cima, conseguiram disfarçar.
As entradas de João Simões, Conrad Harder e Matheus Reis, aos 89 minutos, para os lugares de Trincão, Gyökeres e Maxi Araújo também não teriam muito mais intenção do que poupar os dois avançados e o lateral-esquerdo a mais alguns minutos de desgaste, mas acabou por ser a chave que fechou a partida.
Cerca de um minuto após entrar em campo, Simões, de apenas 18 anos, estreou-se a marcar pelos ‘leões’ à 12.ª presença na equipa principal e deixou os ‘verdes e brancos’ a salvo de qualquer ‘golpe de teatro’ que, sublinhe-se, o Nacional nunca fez por merecer.
(Com Lusa)