Reportagem

Sp. Braga afunda Farense

Um golo apontado por Gabriel Martínez aos 70 minutos deu a vitória ao Sporting de Braga no reduto do Farense, em jogo da 26.ª jornada da I Liga.

O triunfo proporcionou ao Sporting de Braga a subida ao terceiro lugar, mas apenas durante apenas algumas horas, já que o FC Porto haveria de restabelecer a vantagem (embora com os mesmos 53 pontos) face aos minhotos ao vencer o Aves no Dragão por 2-0. O Farense segue no 17.º e penúltimo lugar, com apenas 17, em zona de descida.


Em Faro, locais ineficazes

Depois da vitória caseira (1-0) sobre o FC Porto, o médio Zalazar e o dianteiro Fran Navarro voltaram às escolhas iniciais do técnico Carlos Carvalhal na equipa bracarense.

Já o Farense entrou em campo com três novidades (Ângelo Neto, de regresso após ausência de dois meses por lesão, Yusupha e Rui Costa), face ao empate (2-2) no campo do Estoril Praia, mas a principal mudança prendeu-se com o novo sistema tático.

Face à urgência de vencer para ganhar alento na luta pela manutenção, o técnico Tozé Marreco abdicou dos três centrais, em ‘3x4x3’, que havia utilizado até ao momento, e optou pelo ‘4x4x2’, até por vezes com uma frente de ataque declarada de quatro elementos.

Essa disposição ofensiva era visível ‘no papel’ e manifestou-se de imediato em campo nos minutos iniciais, com uma equipa a pressionar à frente, tentando recuperar a bola o mais cedo possível para ‘atacar’ com firmeza o último reduto dos forasteiros.

Rony Lopes, numa ‘rosca’ direta ao ângulo superior esquerdo, aos dois minutos, e Rui Costa, em posição de fora de jogo, aos quatro, obrigaram o guardião Lukas Hornicek a aplicar-se, enquanto Pastor atirou ao lado, aos cinco.

O jogo prosseguiu com claro ascendente algarvio, patente na estatística de 8-0 em remates e 6-0 em cantos na primeira meia-hora, ainda que sem ocasiões flagrantes, perante um Sporting de Braga muito ‘apagado’ ofensivamente e já sem o lesionado Fran Navarro, substituído por El Ouazzani, aos 23 minutos.

O Farense voltou a estar perto do golo duas vezes antes do intervalo, com Rony Lopes, aos 34, e Rui Costa, aos 44, a testarem os reflexos de Hornicek, enquanto Pastor bloqueou na ‘hora h’ a única aparição ofensiva digna de realce dos minhotos na primeira parte, aos 36.

Com a palestra de Carvalhal no balneário e o meio-campo alterado (Racic no lugar de Gorby), o Sporting de Braga pareceu entrar melhor no reatamento, mas foram os algarvios que criaram perigo, com Hornicek a somar mais uma defesa em novo capítulo do duelo com Rony Lopes (54 minutos).

Mais eficaz, a formação de Braga abriu o ativo aos 70 minutos, num remate do extremo espanhol Gabri Martínez, que ‘fugiu’ ao seu marcador, nas ‘costas’ da defesa, e finalizou após passe subtil de Ricardo Horta.

Elves Baldé ainda tentou, com nova defesa de Hornicek, aos 73 minutos, antes de Tozé Marreco arriscar tudo o que podia, sem sucesso: acabou o jogo com Zé Carlos e Rony Lopes a laterais e o central Cláudio Falcão adaptado a avançado, mas apenas com 10 jogadores, porque Baldé se lesionou e já estavam esgotadas as substituições.

A pressão final algarvia abriu espaços para ocasiões de Rúben Furtado (em estreia absoluta na equipa principal dos bracarenses), aos 89, e Diego Rodrigues, aos 90+2, ambas travadas por Ricardo Velho.

(Com Lusa)

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