Reportagem

Boavista agrava crise

O Moreirense venceu no terreno do Boavista por 2-0 e aumentou para oito o número de jogos consecutivos sem vencer dos ‘axadrezados’.

No Estádio do Bessa, no Porto, os brasileiros Guilherme Schettine (20 minutos) e Gabrielzinho (90+2) estabeleceram diferenças a favor dos minhotos, que chegaram à quarta vitória, e segunda seguida, na prova, ditando a quinta derrota dos ‘axadrezados’.

O Moreirense subiu provisoriamente ao sétimo lugar, com 14 pontos, em igualdade com Sporting de Braga e Vitória de Guimarães, ambos com menos um encontro, enquanto o Boavista não ganha há oito jogos e é 15.º, com seis pontos, um acima da zona de descida.

Abaladas pelo momento delicado dentro e fora dos relvados, as ‘panteras’ não vencem há oito jogos e quase outros tantos meses em casa, onde averbaram um registo inédito, ao não marcarem golos nas primeiras quatro partidas como anfitriãs numa edição da I Liga, uma semana depois de terem sido afastadas na terceira eliminatória da Taça de Portugal pelo Varzim (1-0), da Liga 3.

Moralizados pelo triunfo nessa competição sobre o União de Santarém (2-1), também do terceiro escalão, o Moreirense lançou de início Kewin Silva, Alanzinho e Madson, cuja tentativa de agitar um quarto de hora inicial morno esbarrou nos pés de César.

O guarda-redes ‘axadrezado’ defendeu um cabeceamento de Schettine instantes depois, após centro de Godfried Frimpong, mas seria batido aos 20 minutos, quando Alanzinho captou um lançamento lateral de Dinis Pinto na direita e serviu de calcanhar o remate à meia-volta do ponta da lança brasileiro, que marcou pela segunda partida consecutiva.

Apesar dos regressos dos habituais titulares Filipe Ferreira, Bruno Onyemaechi, Sebastián Pérez, Ibrahima Camará, Joel Silva e Róbert Bozeník, todos ausentes do ‘onze’ escalado pelo italiano Cristiano Bacci na Taça de Portugal, o Boavista reagiu com ansiedade à desvantagem.

Um erro de Filipe Ferreira abriu espaço à combinação entre Schettine e Alanzinho, que falhou incrivelmente o 2-0 (34 minutos), antes de Salvador Agra ripostar com um remate ao lado (37) e Kewin evitar um desvio sem oposição de Bozeník ao segundo poste (38).

O dianteiro eslovaco voltou a incomodar o guarda-redes brasileiro no reatamento, após livre de Agra, num sinal da mudança de atitude dos ‘axadrezados’, que jamais viriam a encontrar forma de desequilibrar a organização defensiva da equipa de César Peixoto.

Na área oposta, César mantinha o Boavista na discussão à hora de jogo, ao bloquear as investidas de Alanzinho e Benny, repetindo essa receita num golpe aéreo do suplente Maracás (80 minutos), que saiu do banco para deixar o Moreirense com três defesas centrais.

O avanço do relógio adensou a descrença do conjunto de Cristiano Bacci, que não evitou a primeira vitória ‘cónega’ no Bessa desde 2019/20 e sofreu mais um contratempo nos descontos, quando o recém-entrado Gabrielzinho redimiu-se de finalizações ao lado (84 minutos) e ao poste (85) com um ‘raide’ sob a esquerda a partir da linha de meio-campo.


(Com Lusa)

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