Yo La Tengo oferecem-se para concertos acústicos por donativos para Kamala

por Lusa
Bizuayehu Tesfaye - Reuters

A banda norte-americana Yo La Tengo disponibilizou-se para dar uma série de concertos acústicos em troca de donativos para a campanha presidencial Democrata de Kamala Harris e Tim Walz, anunciou hoje o grupo nas redes sociais.

"Em 40 anos de digressões, já atuámos numa vasta gama de palcos: bares de todos os tamanhos, festivais, estádios de beisebol, um parque de diversões, o pavilhão casual e um zoológico (em Seattle amanhã!), bem como a ocasional sala vazia, incluindo uma vez de forma intencional (no Hanukkah de 2020). No entanto, só fizemos uma pequena mão cheia de `concertos caseiros`. Até agora!", pode ler-se numa publicação no Instagram da banda de Nova Jérsia.

No texto, o trio norte-americano mostra a sua "disponibilidade para uma série de concertos íntimos acústicos para indivíduos dispostos a fazer um donativo significativo para a campanha presidencial de Harris/Walz".

A banda, formada há 40 anos, vai fazer uma seleção de propostas com base no valor oferecido, no local e na sua própria disponibilidade, estando proibidas filmagens dos concertos: "Desde que não estejamos a tocar, podem fotografar à vontade. O público fica ao critério de quem fizer o donativo".

"Levem-nos para o vosso quintal para um encontro sossegado com os vossos melhores amigos! Marquem-nos para a vossa sala, cave, celeiro ou auditório local de VFW [organização de veteranos militares dos EUA] para um público de gente que nunca conheceste na vida! A logística é (maioritariamente) problema teu, mas se estiveres disponível para gastar muito para apoiar a campanha presidencial em 2024, os Yo La Tengo vão ter contigo", acrescentaram os músicos.

Nos comentários à publicação da banda há dezenas de pessoas a aplaudir a iniciativa, com destaque para outros músicos, como Lee Ranaldo, dos Sonic Youth.

Harris, a primeira mulher negra a concorrer à Presidência dos EUA, construiu uma candidatura em tempo recorde desde que Biden abandonou a corrida, em meados de julho.

Os valores recorde de angariação de fundos - 20 milhões de dólares, equivalente a 18,3 milhões de euros, em 24 horas esta semana - e as recentes sondagens em que conseguiu reduzir a diferença em relação a Trump renovaram a energia do partido para a corrida eleitoral muito disputada, em 05 de novembro.

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Israel continua a aniquilar famílias inteiras de palestinianos

por RTP
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Ontem, um ataque das forças de Israel matou 9 dos 10 filhos de um casal de médicos palestinianos em Gaza. A mãe, pediatra, estava de serviço no Hospital na altura do ataque e foi quem recebeu os corpos nas urgências, percebendo então que se tratava dos seus filhos. O pai, também médico, sofreu ferimentos graves e corre perigo de vida.

Militares israelitas confirmam que Israel está a usar palestinianos como "escudos humanos"

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Foto: Anadolu via Reuters Connect

As Forças de Defesa de Israel negam, mas abriram um inquérito para investigar as alegações.

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Ataques israelitas matam 52 pessoas na Faixa de Gaza desde sábado

por Lusa
Reuters

Pelo menos 52 pessoas morreram na Faixa de Gaza desde o início da manhã de sábado devido a ataques aéreros israelitas, avançou a agência de notícias palestiniana Wafa.

No sábado à noite, um drone das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) atacou uma empresa familiar no bairro de Al Hakr, em Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, matando cinco palestinianos. Durante a noite, a força aérea israelita lançou também ataques contra comunidades a leste de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, onde vários helicópteros das IDF também abriram fogo.

No norte do enclave, foram relatados ataques aéreos e "tiros intensos" por parte das forças israelitas em vários locais, incluindo Beit Lahia e a nordeste de Jabalia.

As autoridades locais e médicas já tinham avançado a morte de pelo menos mais oito pessoas na Cidade de Gaza e mais sete em Rafah, no sul da Faixa, onde cerca de 60 pessoas ficaram também feridas.

Os ataques surgem depois do Ministério da Saúde do Governo do Hamas, na Faixa de Gaza, ter registado 79 mortos na sexta-feira, entre eles nove filhos de uma pediatra, que se encontrava a trabalhar no hospital quando os corpos chegaram.

Segundo o Hamas, a pediatra Alaa al Najjaros encontrava-se a trabalhar no Hospital Nasser em Khan Younis (sul de Gaza) quando os corpos de nove dos seus 10 filhos (Yahya, Rakan, Raslan, Jibran, Eve, Rivan, Luqman, Sadeen e Sidra) chegaram após terem sido mortos num ataque à sua casa.

O marido da pediatra, Hamdi Al Najjar, e o único filho sobrevivente, Adam, ambos gravemente feridos, estão a ser tratados na unidade de cuidados intensivos. As imagens divulgadas após o ataque pela Quds News Network mostram Hamdi na maca com queimaduras graves.

A mais velha das crianças falecidas tinha 12 anos, de acordo com o diretor-geral do Ministério da Saúde de Gaza, Munir al-Bursh.

O vídeo do resgate dos corpos mostra os agentes da Defesa Civil de Gaza e do Crescente Vermelho Palestiniano a retirarem da casa os corpos carbonizados das crianças, um após outro.

"Ela deixou-os para cumprir o seu dever e a sua missão para com todas as crianças que não encontram outro lugar no Hospital Nasser, que está cheio de gritos inocentes e enfraquecido pela doença, pela fome e pelo cansaço", escreveu o médico, Youssef Abu Al Rish, numa nota divulgada hoje pelos serviços de saúde.

Dados atualizados este domingo pelo Ministério da Saúde elevam para mais de 53.900 o número de pessoas mortas em Gaza desde que Israel lançou uma ofensiva.

A guerra eclodiu em Gaza após um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

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Doze mortos em nova onda de ataques russos na Ucrânia

por Inês Moreira Santos - RTP
Thomas Peter - Reuters

Doze pessoas morreram em ataques russos à Ucrânia, na madrugada deste domingo. Foi a segunda noite consecutiva de bombardeamentos em massa, que atingiram Kiev e ainda outras cidades vizinhas da capital ucraniana. Já em Moscovo, os drones ucranianos forçaram o encerramento temporário dos aeroportos antes da troca final de prisioneiros prevista para as próximas horas.

A Força Aérea da Ucrânia diz ter abatido 45 mísseis e 266 drones russos, de um total de 367 projéteis lançados pela Rússia contra "a maior parte das regiões da Ucrânia.

Através de mensagens no Telegram, os serviços de emergência ucranianos descreveram esta madrugada como uma "noite de terror na região de Kiev", indicando que o "ataque noturno massivo causou quatro mortos e 16 feridos, incluindo três crianças", na região. Este é considerado um dos maiores ataques, desde o início da guerra. As explosões provocaram incêndios em vários edifícios.

Numa outra zona a sul do país, um homem foi encontrado morto após um ataque de drone. Quatro pessoas morreram e cinco ficaram feridas na região de Khmelnytskyi (oeste). A mesma fonte referiu ainda que duas crianças de 8 e 12 anos, bem como um adolescente de 17 anos, morreram num bombardeamento russo na região de Jytomir (noroeste).

Os ataques estenderam-se ainda a outras zonas da Ucrânia, nomeadamente Odessa, Kharkiv, e Mykolaiv. Foi a segunda noite consecutiva de grandes ataques russos contra a Ucrânia, depois de cerca de 250 drones e 14 mísseis balísticos terem sido detetados na sexta-feira à noite pela Força Aérea ucraniana, a maior parte dos quais tendo como alvo a capital, Kiev.

Só em Kiev foram detetados, este domingo, mais de uma dúzia de drones russos, tendo a maior parte dom país sido colocada em alerta aéreo após o disparo de mísseis cruzeiro. Centenas de pessoas abrigaram-se em estações subterrâneas do metro da cidade. Os ataques acontecem no dia em que a capital celebra o feriado anual do Dia de Kiev.

Na região da capital, três pessoas morreram e 10 ficaram feridas, incluindo duas crianças, após um novo ataque russo esta manhã, utilizando drones e mísseis, disse o governador de Kiev, Mykola Kalashnyk.

"Infelizmente, três pessoas morreram em consequência de um ataque inimigo [no distrito de Buchanan]. Duas pessoas foram encontradas enquanto era apagado um incêndio no distrito de Obukhiv", disse Kalashnyk, no Telegram.

As defesas aéreas abateram cinco drones e 11 mísseis na região de Kryvyï, tendo também sido registados ataques nas regiões de Kherson (sul) e Ternopil (oeste). O vice-chefe da administração militar de Khmelnytskyi disse na plataforma de mensagens Telegram que a região do oeste da Ucrânia "foi alvo de ataques hostis por parte da Rússia" durante a madrugada.

"De acordo com os relatos iniciais, quatro pessoas foram infelizmente mortas
", anunciou Sergei Tyurin, dando também conta de cinco feridos, um dos quais com ferimentos graves.

Volodymyr Zelensky reagiu, às primeiras horas da manhã, repetindo que tem de ser feita mais pressão sobre a Rússia.
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Numa publicação na rede social X, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andrii Sybiha, classificou-a como uma "evidência clara de que o aumento da pressão de sanções sobre Moscovo é necessário para acelerar o processo de paz".

Também na X, o secretário para os Negócios Estrangeiros do Reino Unido falou sobre "mais uma noite de terror para os civis ucranianos". "Estas não são ações de um país que procura a paz", disse David Lammy.

A embaixadora da União Europeia em Kiev descreveu o ataque como horrível. "Se alguém ainda duvida que a Rússia quer que a guerra continue - leia as notícias", escreveu Katarina Mathernová na rede social.

Segundo as autoridades russas, mais de uma dúzia de drones ucranianos sobrevoaram a capital russa, não havendo registo de vítimas, mas quatro aeroportos da cidade, incluindo o principal, foram temporariamente encerrados.


Estes ataques e movimentações entre Kiev e Moscovo ocorreram no último dia de uma troca de prisioneiros, o único resultado tangível das primeiras negociações diretas entre russos e ucranianos em Istambul, em meados de maio.

No sábado, 307 prisioneiros de guerra russos foram trocados pelo mesmo número de militares ucranianos, anunciaram Kiev e Moscovo. A primeira parte desta grande troca, no formato de 1.000 por 1.000, envolveu 270 soldados e 120 civis de cada campo na sexta-feira.

C/agências
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Rússia ataca Kiev e faz 12 mortos e 60 feridos

por RTP
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A capital da Ucrânia voltou a estar debaixo de fogo. A Rússia atacou Kiev e outras regiões do país. Morreram 12 pessoas e 60 ficaram feridas. O ataque massivo é lançado num altura em que está concretizado o acordo de troca de 1000 prisioneiros de cada lado.

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Rússia e Ucrânia trocam 303 prisioneiros de cada um dos lados

por RTP
Russian Defence Ministry via Reuters

A Rússia anunciou que 303 soldados russos capturados foram trocados pelo mesmo número de militares ucranianos, este domingo, na terceira e última fase de uma troca recorde de prisioneiros entre Kiev e Moscovo.

"Conforme o previsto nos acordos russo-ucranianos assinados em Istambul em 16 de maio, os lados russo e ucraniano realizaram uma troca de 1.000 por 1.000 entre 23 e 25 de maio", disse o Ministério da Defesa russo em comunicado.

A troca de prisioneiros também foi assinalada pelo presidente da Ucrânia, que na rede social X escreveu que "os defensores ucranianos estão em casa. A terceira parte do acordo de 1.000 por 1.000, assinado na Turquia, foi concluída".

 


 

No sábado, 307 prisioneiros de guerra russos foram trocados pelo mesmo número de militares ucranianos, anunciaram Kiev e Moscovo.

A primeira parte desta grande troca, no formato de 1.000 por 1.000, envolveu 270 soldados e 120 civis de cada campo na sexta-feira.

Esta última fase da troca de prisioneiros ficou marcada por um conjunto de ataques russos a várias zonas da Ucrânia durante a madrugada de hoje, que causaram pelo menos 12 mortos, incluindo três crianças e jovens.

Na mensagem que deixou no X, Zelensky diz que "os guerreiros das Forças Armadas, da Guarda Nacional, do Serviço Estatal ae Guarda de Fronteiras e do Serviço Estatal de Transportes Especiais estão a regressar a casa".

Zelensky agradeceu ainda à equipa que trabalhou 24 horas por dia para levar a cabo esta troca com êxito.

"Iremos sem dúvida trazer cada um dos nossos cidadãos de volta do cativeiro russo", acrescentou.

 

C/agências

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Pedro Nuno anuncia fim da sua vida "política partidária"

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Foto: José Sena Goulão - Lusa

À saída da comissão nacional, o líder cessante do PS disse não estar arrependido de ter votado contra a moção de confiança do Governo.

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PS escolhe novo líder a 27 e 28 de junho

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O PS vai escolher o novo líder daqui a um mês. Será a 27 e 28 de junho. O único candidato até agora é José Luís Carneiro. O antigo governante disse que vai contribuir para a estabilidade do país, mas espera que a AD dê o primeiro passo para o diálogo com o PS.

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Raimundo diz que Governo "não aguenta" se vida dos portugueses não for estável

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O PCP diz que o Governo "não se vai aguentar" enquanto a vida dos portugueses não for estável. Depois de anunciar o chumbo ao Programa do Executivo, Paulo Raimundo promete várias formas de resistência à direita. Em Baleizão, e a assinalar os 71 anos do aniversário do assassinato de Catarina Eufémia, o secretário-geral comunista referiu que a direita "não engole" a resistência do PCP na Assembleia da República.

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Bloco olha para dentro após derrocada eleitoral

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O Bloco de Esquerda convocou uma nova convenção nacional para o final de novembro. Está assim aberto um novo período para a apresentação de candidaturas à liderança do partido, com Mariana Mortágua a anunciar que se vai recandidatar.

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Missões protestantes deram forma aos hinos que cantaram a luta em Moçambique

por Lusa

Os "hinos revolucionários" de Moçambique denunciaram o regime colonial, marcaram feriados antes de existirem e apontaram para um futuro que não se concretizou, numa base musical que remete para a presença das missões protestantes no país.

Antes da independência, quem procurasse ouvir de forma clandestina as emissões radiofónicas de "A Voz da Frelimo [Frente de Libertação de Moçambique]", difundidas a partir da Tanzânia e da Zâmbia, encontraria no seu genérico o hino "Avante Povos Oprimidos", disse à agência Lusa Marco Roque de Freitas, etnomusicólogo da Universidade Nova de Lisboa, autor de "A Construção Sonora de Moçambique".

Este é um dos muitos "hinos revolucionários" criados durante a luta de libertação e no período de transição, 21 dos quais foram registados para a posteridade num vinil duplo, gravados nos estúdios do Rádio Clube de Moçambique cinco dias antes da proclamação da independência, a 25 de junho de 1975, e com o objetivo de serem transmitidos nesse dia.

Estes hinos constituíram o primeiro objeto cultural de Moçambique independente, afirmou o investigador.

Segundo Marco Roque de Freitas, o vinil materializou hinos criados na Tanzânia durante a luta de libertação e outros já desenvolvidos no processo de transição, sendo uma parte de um repertório mais vasto de músicas que tanto eram entoadas nas zonas libertadas da Frelimo e nas bases militares, onde o canto coral fazia parte do quotidiano, como por presos políticos nas suas celas, com as melodias a embalarem alguns guardas do regime colonial e a deixarem outros "irritados".

Apesar de haver alguns hinos com um ritmo marcial que apontavam para o contexto de luta de libertação, as obras publicadas apresentam fortes influências da música religiosa, especificamente a prática coral protestante, afirmou à Lusa o investigador Marco Roque de Freitas, que escreveu um artigo científico em que analisa estas obras.

Não obstante a música religiosa ter sido fortemente ostracizada após a independência -- o primeiro Presidente moçambicano, Samora Machel, chegou a protestar na rádio a passagem de músicas que diziam "Deus isto, Deus aquilo" -, ela está intrinsecamente ligada à paisagem sonora que entoa a luta de libertação.

Para perceber essa relação, segundo Marco Roque de Freitas, é preciso recuar até ao século XIX e à Conferência de Berlim que estipulou o respeito pela liberdade religiosa em África, que levou a um aumento da presença de missões metodistas, episcopais e presbiterianas que já se encontravam em Moçambique.

Segundo o investigador, estes missionários, em particular a missão suíça presbiteriana, criada no final do século XIX, tiveram também um papel na disseminação de princípios de liberdade e igualdade, com Eduardo Mondlane, primeiro presidente da Frelimo, a ter iniciado a sua formação naquela missão.

Para o etnomusicólogo, os chamados hinos revolucionários surgem de uma adaptação e assimilação ao quotidiano moçambicano de repertórios religiosos ensinados nas igrejas.

"Os hinos têm uma matriz completamente religiosa. Se começam a aprender desde pequeninos a olhar para um missal e cantar, rapidamente começam a mimetizar essa experiência musical e adaptam músicas. Em alguns casos, quase que podemos trocar a palavra Frelimo ou Samora Machel por Deus ou Jesus e passa a um hino religioso", disse.

O tipo de coro e a forma como cantam também são em tudo semelhantes às músicas protestantes, sendo a estrutura mais presente a de pergunta-resposta, muito comum nas celebrações católicas.

Se nas missas se diz "Deus está convosco" e se responde "Ele está no meio de nós", no "Hino da Mulher Moçambicana", quando o naipe de baixos pergunta "Quem é?", as restantes vozes respondem: "Aquela que mobiliza e organiza o nosso povo".

Os hinos davam também a entender que a luta não era contra um povo, mas contra um regime, que tinha nomes e figuras, que acabariam memorizadas por quem ouvia aquelas músicas.

Samora Machel Júnior ainda criança, filho do primeiro Presidente moçambicano, estava em Itália e, ao deparar-se com um jovem chamado Caetano, virou-se para ele e questionou-o: "É você que está a matar o nosso povo em Moçambique? Olha, nós vamos matar-te agora".

A história recuperada por Marco Roque de Freitas é contada por Deolinda Guezimane, primeira secretária-geral da Organização da Mulher Moçambicana, que recorda que tiveram de explicar à família do jovem Caetano que as crianças no seu país, por causa das canções revolucionárias, conheciam certos nomes, como Salazar e Marcelo Caetano.

Com uma iliteracia altíssima na altura da independência (93% da população era analfabeta), os hinos eram um reportório que viajava de boca em boca, com a prática de canto coral a transportar os valores promovidos pela frente de libertação, mas também, na transição, a explicar o significado de dias que passariam a ser feriados nacionais -- o início da luta de libertação (25 de setembro), o Dia da Independência (25 de junho) e o Dia da Mulher Moçambicana (07 de abril).

Para a Frelimo, os hinos também ajudavam a marcar a sua narrativa sobre os acontecimentos -- "quase como um jornal" -, como é o caso de "Frelimo a yina mwisho", cantado em língua shimakonde e que denuncia "reacionários", entre os quais, Joana Simeão, Kavandame e Simango, acusados de estarem num complô com as autoridades coloniais, notou o investigador.

Depois da independência, os textos passaram a ser impressos nos jornais e Samora Machel considerava que todos os moçambicanos deveriam saber cantá-los. Aliás, o primeiro Presidente de Moçambique socorria-se de "Ife Ana Frelimo" (um hino não registado no vinil), quando percebia que a atenção do seu público dispersava durante os longos comícios, contou o investigador.

A sua presença pós-independência era tão evidente que até crianças de tenra idade os conheciam.

Uma ex-professora em Moçambique, entrevistada por Marco Roque de Freitas, conta que a sua filha, ainda no infantário, "sabia já os hinos de cor", alguns cantados em línguas locais.

Com a morte de Samora Machel e a entrada no Fundo Monetário Internacional, já em 1987, os hinos passaram a ser prova de sonhos que não se concretizaram e deixaram de ser ensinados na escola ou cantados nas fábricas.

Face à dificuldade de separação entre a Frelimo enquanto movimento de luta e o partido político que emana dele, a relação do povo com os hinos é hoje difícil.

"Aqueles hinos deveriam pertencer a um capital comum, a um histórico comum da libertação do país, mas estão associados à Frelimo partido que, num contexto multipartidário, torna-se complexo", diz Marco Roque de Freitas.

No artigo científico que escreve sobre os hinos, Marco Roque de Freitas recorda que, para alguns moçambicanos, foi nessa transição do socialismo para o capitalismo que o homem novo que se prometia nas músicas morreu.

"Para outros, este nem chegou a nascer, tendo definhado na incubadora das ideias e utopias", concluiu.

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Cannes já entregou os prémios e as distinções deste ano

por RTP
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Uma co-produção entre o Irão, o Luxemburgo e a França ganhou a Palma d'ouro em Cannes. Já o novo filme do brasileiro Kleber Mendonça Filho venceu em duas categorias. A RTP co-produziu um dos vencedores da secção Un Certain Regard, onde há ainda uma atriz cabo-verdiana premiada.

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Museu de Serralves apresenta obras recentemente adquiridas

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Os trabalhos de 30 artistas nacionais e estrangeiros mostram a identidade e o propósito do museu.

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Apagão deixa 160 mil casas sem eletricidade na zona de Cannes

por Lusa

Cerca de 160 mil casas ficaram hoje sem eletricidade no sudeste de França, devido a uma falha de energia que terá sido causada por um incêndio numa subestação da região de Cannes e o corte numa linha de alta tensão, informou a gestora da rede RTE.

O `apagão` afetou várias cidades da parte ocidental dos Alpes Marítimos, incluindo Cannes, cidade onde decore hoje à noite a cerimónia de encerramento do seu Festival de Cinema, com a entrega da Palma de Ouro.

O `apagão` ocorreu por volta das 10:00 locais (menos uma hora em Portugal continental).

A Rede de Transporte Elétrico (RTE) indicou entretanto que as suas equipas estão a trabalhar para restaurar a energia o mais rapidamente possível, tendo referido que nas primeiras horas da manhã, cerca das 2:45 (1:45 em Lisboa), ocorreu um incêndio numa subestação elétrica na região de Cannes, que obrigou ao corte do fornecimento de energia durante vários minutos e, embora tenha sido restabelecido, provocou o enfraquecimento da rede.

Por volta das 10:00 locais, um poste caiu sobre uma linha de energia num local diferente, causando o atual `apagão`, acrescentou a RTE.

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"O Riso e a Faca". Cinema português premiado em Cannes

por Tiago Alves - Antena 1
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Foto: Guillaume Horcajuelo - EPA

No Festival de Cannes, triunfo da dupla de cineastas palestinianos Arab e Tarzan Nasser na secção "Un certain regard". Foram distinguidos com o prémio de realização, com o filme "Era uma vez em Gaza", uma longa-metragem que tem coprodução portuguesa. Na mesma secção paralela de Cannes, Cleo Diára brilhou. A atriz cabo-verdiana conquistou o prémio de representação no filme "O riso e a faca", do português Pedro Pinho.

O cinema português voltou a ser premiado em Cannes.
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Maior cidade do Brasil acolhe 24 horas de literatura com curadoria portuguesa

por Lusa

São Paulo, a maior cidade do Brasil e com o maior número de falantes de português do mundo, realiza, hoje e domingo, a Virada Lusófona com curadoria da organização portuguesa Instituto Portugal Brasil 200 anos.

Com a presença de escritores como Itamar Vieira Junior, Leandro Carnal, Andréa Del Fuego, João Paulo Trevisan, Antônio Prata, Renato Janine Ribeiro e outros, que participam em mesas literárias, saraus e sessões de cinema, o evento acontece na Biblioteca Mário de Andrade, no centro de São Paulo, ininterruptamente entre as 18:00 (horas locais) de hoje e as 18:00 de domingo, com entrada gratuita.

As atividades da Virada Lusófona fazem parte da programação da Virada Cultura, realizada pela prefeitura de São Paulo anualmente em maio, em que, durante 24 horas, organiza centenas de eventos culturais, como espetáculos, apresentações de teatro, circo, cinema, e atividades em museus e outros espaços públicos pela cidade.

José Manuel Diogo, curador da Virada Lusófona e presidente do Instituto Portugal Brasil 200 anos, contou à Lusa que a ideia surgiu de uma visita que recebeu em fevereiro passado, em Coimbra, do Secretário de Cultura da cidade de São Paulo, José Antônio Parente.

Na ocasião, foi "provocado" a contribuir para a programação da Virada Cultural e sugeriu a realização de debates e encontros com escritores durante 24 horas num local fechado e com programação voltada exclusivamente para a literatura e autores de língua portuguesa.

"Decidimos fazer esta Virada de 24 horas com escritores, com horas seguidas de debates à volta do que é um dia dentro do pensamento, do que é que São Paulo representa para o pensamento, para a cultura, para a língua portuguesa, já que é a maior cidade de língua portuguesa do mundo e a maior produtora de cultura em língua portuguesa do mundo", explicou Manuel Diogo.

Já o diretor da Biblioteca Mário de Andrade, Guilherme Borba, destacou à Lusa que a Virada Lusófona "traz uma curadoria muito mais aderente, muito mais específica e muito mais bem elaborada para a biblioteca como um todo". 

"A grande diferença é que a biblioteca emprestava seus espaços anteriormente [na Virada Cultural] para uma programação maior da cidade, para `shows` e outras atividades. A Virada Lusófona será um evento melhor desenhado para o ambiente da biblioteca, para o seu público, para a missão e visão da biblioteca como um todo", acrescentou.

Questionado sobre a ausência de escritores portugueses e africanos de língua portuguesa neste evento lusófono, Manuel Diogo disse que "não houve tempo para [preparar] uma programação que tivesse a capacidade de trazer autores de fora do Brasil".

O curador salientou que "a língua portuguesa não é um instrumento, mas sim um território e, para ser um território, tem que ser habitada por todos. E por isso, essa ideia de fazer em São Paulo esse evento com escritores do Brasil, mas que são de língua portuguesa, num evento que tem a curadoria de um português".

"Não conseguimos nesse ano, mas vamos conseguir para o próximo ano trazer escritores portugueses à Virada Literária [Lusófona]", concluiu Manuel Diogo.

 

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Inês Sousa Real pede a Montenegro que não vá atrás de populismos antidemocráticos

por RTP
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A porta-voz do PAN apelou a Luís Montenegro que não vá atrás de populismos antidemocráticos. A Comissão Política Nacional do partido reuniu-se em Coimbra para analisar os resultados das legislativas e delinear a estratégia. No final, Inês de Sousa Real foi questionada sobre a abertura do PAN para negociar com o Governo e disse que espera agora mais diálogo do que na anterior legislatura.

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NAV revela que Aeroporto de Lisboa está sem slots para atribuir e que previsível aumento de tráfego, durante o verão, naquele aeroporto está a ser acautelado

por Antena 1
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O presidente da NAV Portugal espera continuar a trabalhar "em boa rota" com o futuro Governo, revela que não há slots para atribuir no Aeroporto de Lisboa e garante que o previsível aumento de tráfego, durante o verão, naquele aeroporto está a ser acautelado. Os controladores aéreos preferencialmente não vão ter férias neste período de verão para que haja sempre a capacidade máxima disponível.

Em entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios, o presidente da NAV, Pedro Ângelo, assegura que o Governo tem estado a promover reuniões com todos os intervenientes para otimizar os recursos e minimizar os impactos no período de verão.
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Lembra, no entanto, que os atrasos vão continuar a existir e só poderão ser resolvidos com a construção do novo aeroporto.
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Ainda assim, refere que, com a introdução do Point Merge System (uma nova técnica de sequenciação de aeronaves que chegam), de julho de 2024 a abril de 2025 já foi possível reduzir em 200 mil minutos os atrasos verificados.
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Está já, entretanto, a ser implementado um pacote de melhorias que permitirá às companhias consumirem menos combustível e emitir menos CO2.

Sobre os voos em rota, essas reduções dos atrasos têm sido mais difíceis porque, segundo Pedro Ângelo, a procura do tráfego tem sido superior à prevista. As previsões apontavam para um crescimento de 2 por cento e, em Lisboa, já há um crescimento de 11 por cento de voos em rota. O presidente da NAV refere que essa falta de previsibilidade cria dificuldades na operação, que estão já a ser estudadas.
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Sobre o novo aeroporto, Pedro Ângelo adianta que por parte da NAV os investimentos previstos não são de grande dimensão e poderão ascender aos 18 milhões de euros.
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Nesta entrevista Pedro Ângelo revela que os slots do aeroporto de Lisboa estão totalmente preenchidos das 6 da manhã às 11 da noite e há companhias que querem entrar na operação em Portugal e não conseguem. 

Não consegue quantificar, mas diz que "Portugal perde muito com as atuais condições com angariação de novas companhias" porque não há slots para atribuir.
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O presidente da NAV revela também que o estudo para alterar trajetórias da utilização da pista de sul para norte por causa do ruído já está concluído e vai ser entregue ao Governo.

Pedro Ângelo adianta ainda que o processo de contratação de pessoal vai ser acelerado e espera em 2027, dois anos antes do previsto, poder contar com o número adequado de controladores aéreos.
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Ainda assim lembra que, as limitações à contratação impostas pelo Ministério das Finanças ao tempo da Troika, no caso da NAV não se justificam e espera que sejam alteradas.
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Até porque a NAV é uma empresa que tem crescido todos os anos e este ano vai continuar a crescer acima do estimado e nos próximos 5 anos estão previstos 120 milhões de euros em investimentos.

Sobre o apagão de 28 de abril, Pedro Ângelo revela que a NAV já respondeu à auditoria da ANAC. Adianta que houve capacidade de resposta e que a segurança nunca esteve em causa.
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O "mais problemático" foi a falha das redes de comunicações. Pedro Ângelo vai dialogar com as operadas para tentar soluções mais adequadas, mas admite que se a resposta não for adequada pode vir a fazer um investimento num satélite.

Sobre o próximo Governo espera que seja possível continuar "a trabalhar em boa rota como temos feito até agora".
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Entrevista conduzida por Rosário Lira, da Antena 1, e Maria João Babo, do Jornal de Negócios.
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Operação "Portas Trancadas". PSP de Lisboa prende nove pessoas por venda de droga

por Teresa Correia - Antena 1
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Foto: Lusa (arquivo)

"Portas Trancadas" é o nome da operação do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, no Vale de Alcântara, que fez nove detidos envolvidos na venda de droga. Depois de irem a tribunal, cinco ficaram em prisão preventiva.

A Divisão de Investigação Criminal da PSP avançou para esta operação durante vários dias da semana passada depois de ter recebido informações de que um conjunto de suspeitos se dedicava ao tráfico de droga, trancando hall e portas de acesso a prédios residenciais, e assim impedindo os moradores de entrarem em casa.

A porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, Ana Ricardo, explica os pormenores desta operação.

Os traficantes punham barreiras físicas ao longo das escadas de acesso aos apartamentos para dificultar a ação da polícia e permitir a fuga de forma mais fácil.
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Autoridade Marítima Nacional apela população a ir a praias com vigilância

por Antena 1
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Foto: Borja Suarez - Reuters

Os dias quentes tardaram em chegar, mas agora que estão aqui e por ser fim de semana, há conselhos redobrados para quem decidir ir à praia. A Autoridade Marítima Nacional recomenda prudência no mar e pede que os banhistas vão só a praias com nadador salvador.

O porta-voz da Autoridade Marítima Nacional, Ricardo Sá Granja, explicou à Antena 1 que uma parte das praias portuguesas já abriu a época balnear.
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Vem aí uma semana de muito calor

por RTP
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As temperaturas vão ultrapassar os 30 graus por todo o país. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera colocou alguns concelhos da Região Sul em risco máximo de incêndio.

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Pedida auditoria. Médico do Santa Maria terá ganhado 400 mil euros por 10 dias de trabalho adicional

por RTP
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O Conselho de Administração do Hospital de Santa Maria pediu a abertura de uma Auditoria à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde. Vai ser investigado o caso de um dermatologista que terá ganhado 400 Mil euros por 10 dias de trabalho adicional, caso investigado pela TVI.

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EUA impõem tarifas. Ministro da Agricultura diz que UE tem de mostrar firmeza

por RTP
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O ministro da Agricultura afirma que os 27 Estados-membros têm de mostrar união e firmeza, face à nova ameaça de Trump. José Manuel Fernandes está em Paris para um Conselho Europeu da Agricultura. Os setores do vinho e do azeite podem ser os mais penalizados se Washington avançar com as tarifas de 50 por cento.

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"Não consigo respirar". George Floyd morreu há cinco anos asfixiado por um polícia em plena rua

por RTP
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Foto: David Swanson - Reuters

Há cinco anos o mundo protestava contra a morte de George Floyd, que foi morto por um polícia. O homicídio foi filmado e gerou protestos contra a injustiça racial, mas o Congresso dos EUA nunca aprovou legislação para evitar este tipo de tragédias.

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Forte tempestade provoca inundações em Nova Deli e afeta voos no aeroporto

por Lusa
Anushree Fadnavis - Reuters

Um período de fortes chuvas que ocorreram hoje em Nova Deli causou inundações em partes da capital da Índia e afetou o tráfego aéreo no Aeroporto Internacional Indira Gandhi, que serve a cidade.

Durante a madrugada, uma tempestade atingiu partes de Nova Deli, que já tinha sido atingida por um dia de chuvas fortes na quarta-feira, que fez pelo menos três mortos.

As chuvas são incomuns nesta altura do ano no noroeste da Índia, onde a estação das chuvas começa geralmente mais tarde.

No entanto, a monção de sudoeste instalou-se ontem no estado de Kerala, no sudoeste do país, que continua em alerta vermelho (o nível mais elevado) para chuvas extremamente fortes hoje e amanhã.

A chegada das monções, oito dias antes do previsto, foi a mais precoce em 16 anos, de acordo com os registos do Departamento Meteorológico da Índia.

De acordo com imagens partilhadas na rede social X pela agência de notícias indiana ANI, partes do oeste da capital ficaram inundadas, especialmente em redor do aeroporto de Nova Deli.

"Devido às condições meteorológicas adversas da noite passada, alguns voos foram afetados. Os passageiros devem verificar regularmente o estado dos seus voos e manter-se em contacto com o pessoal da companhia aérea para obter atualizações", afirmou o aeroporto Indira Gandhi, em comunicado.

Por sua vez, as companhias aéreas alertaram os passageiros para possíveis interrupções devido à chuva.

A IndiGo Airlines aconselhou os passageiros a partirem mais cedo para o aeroporto e a obterem atualizações regulares sobre o tráfego aéreo.

O início precoce da estação das chuvas, que normalmente se estende até setembro em toda a Índia, mas é particularmente prevalente no sul do país, pode perturbar os padrões normais de precipitação e agravar os efeitos das tempestades.

Segundo dados da plataforma Flightradar24, que acompanha o tráfego aéreo em todo o mundo, 197 voos foram hoje atrasados e 14 cancelados no aeroporto Indira Gandhi.

Nos últimos anos, as monções têm vindo a tornar-se cada vez mais irregulares, com eventos mais intensos e imprevisíveis, levando a situações extremas como episódios de chuva ocorridos em julho, no distrito de Wayanad, em Kerala, onde morreram mais de 200 pessoas.

As monções, um fenómeno climático sazonal no subcontinente indiano, marcam o início de chuvas intensas após semanas de calor extremo, com temperaturas superiores a 45 graus Celsius em muitas regiões.

As monções começam a chegar geralmente no início de junho ao sudoeste do país, principalmente no estado de Kerala, e espalham-se para norte à medida que o verão avança.

Estas chuvas são essenciais para recarregar os aquíferos e sustentar a agricultura na Índia, mas também provocam aquele que é considerado o fenómeno climático mais perigoso para os humanos.

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Dia de África. João Lourenço apela a paz, segurança e desenvolvimento no continente

por Sandra Henriques - Antena 1
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Foto: Reuters

Hoje, 25 De Maio, assinala-se o Dia de África. Uma data que comemora a fundação da organização de unidade africana, em 1963. Para este ano, o tema escolhido é a Justiça, Unidade e Progresso.

Nas últimas horas, o presidente em exercício da União Africana - que é o presidente angolano João Lourenço - alertou que África precisa de paz, segurança e desenvolvimento. E lamentou ainda os vários conflitos no continente africano.

João Lourenço destacou os conflitos atuais em África, como o terrorismo no Sahel, a guerra civil no Sudão, a instabilidade na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, a tensão entre República Democrática do Congo e Ruanda, e a crise na Somália.
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Rui Veloso com concerto para assinalar 50 Anos do 25 de Abril

por RTP
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Milhares de pessoas assistiram ao concerto de Rui Veloso na Escadaria da Assembleia da República. Acompanhado pela Banda Sinfónica da GNR, o músico interpretou os maiores êxitos para assinalar os 50 Anos do 25 de Abril.

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PIDE suspendeu o Jornal do Fundão há 60 anos

por RTP
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A PIDE acusou o jornal de hostilidade no tratamento dos problemas regionais. A data foi agora assinalada com a realização de um debate sobre o futuro do jornalismo.

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"O Agente Secreto". Realizador Kleber Mendonça espera que prémios deem visibilidade ao filme no Brasil

por Lusa
Clemens Bilan - EPA

O realizador brasileiro Kleber Mendonça Filho disse hoje esperar que os prémios que recebeu no festival de Cannes "deem visibilidade" ao filme no Brasil, um país "enorme e dividido".

"Faz hoje um ano que estávamos a ensaiar lá no Recife", recordou o cineasta depois de receber o prémio de Melhor Realizador no Festival Internacional de Cinema de Cannes pelo seu filme "O Agente Secreto", que também ganhou o prémio de Melhor Ator para Wagner Moura.

A longa-metragem venceu também o prémio de melhor filme Fipresci, atribuído pela crítica internacional fora da competição oficial.

"Espero que os prémios aumentem a visibilidade do filme na consciência brasileira e que seja muito visto no Brasil", disse o realizador à EFE.

Para o autor, depois dos prémios de Cannes, o mais importante é que o filme seja visto no seu país: "Acho que há um clima muito positivo no Brasil em relação a `O agente secreto`", de certa forma herdado do sucesso de `Ainda estou aqui`, de Walter Salles, vencedor do Óscar de melhor filme internacional.

"É como se o filme do Walter estivesse agora passando a perna em `O agente secreto`. Espero que este ano seja um bom momento para o cinema brasileiro", completou o realizador.

O filme decorre em 1977, em plena ditadura militar brasileira, mas é "global e universal", comentou ainda.

"É muito importante levantar a mão e dizer `Eu tenho algo a dizer`. No meu caso é um filme, e é um filme que fala do Brasil, mas acho que é muito universal", descreveu.

Passado no Recife, em 1977, "O Agente Secreto" é um ´thriller´ político que mergulha nas tensões de um país sob o regime militar, onde Wagner Moura interpreta Marcelo, um especialista em tecnologia que regressa à cidade natal em busca de tranquilidade, mas depara-se com um ambiente carregado de segredos e perigos.

Quanto ao prémio de interpretação masculina no filme, o realizador considerou Wagner Moura "um grande ator, um grande brasileiro e um grande amigo".

Minutos antes, Mendonça Filho ligou a Moura por videochamada, durante a conferência de imprensa com os premiados, e apanhou o ator em Londres, onde está a filmar.

"Queria estar aí com todo mundo, estou aqui sozinho com minha taça de vinho em Londres, mas não poderia estar mais feliz em dividir esse momento importante da minha vida com o Kleber, queria trabalhar com ele há muito tempo", disse o ator.

Wagner Moura é um dos rostos mais conhecidos do cinema brasileiro graças às colaborações internacionais, nomeadamente na série da Netflix "Narcos", na qual interpretou o narcotraficante Pablo Escobar.

Coproduzido pelo Brasil, França, Holanda e Alemanha, o filme conta ainda no elenco com nomes como Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone e Hermila Guedes.

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Prémio de Melhor Ator no Festival de Cannes atribuído ao brasileiro Wagner Moura

por Lusa
Reuters

O ator brasileiro Wagner Moura conquistou hoje o prémio de melhor ator no Festival Internacional de Cinema de Cannes pelo papel de homem perseguido em "O Agente Secreto", do compatriota Kleber Mendonça Filho.

O ator de 48 anos é um dos rostos mais conhecidos do cinema brasileiro graças às colaborações internacionais, nomeadamente na série da Netflix "Narcos", na qual interpretou o narcotraficante Pablo Escobar.

A longa-metragem "O agente secreto", de Kleber Mendonça Filho, conquistou também um prémio fora da competição oficial, considerado o melhor do festival pelo júri da crítica da Fipresci (Federação Internacional de Críticos de Cinema).

"Escolhemos um filme que tem uma generosidade romanística e épica. Um filme que permite digressão, diversão, humor e caráter para evocar um tempo e lugar e uma histórica rica", justificou o júri da crítica.

Passado no Recife, em 1977, "O Agente Secreto" é um ´thriller´ político que mergulha nas tensões de um país sob o regime militar, onde Wagner Moura interpreta Marcelo, um especialista em tecnologia que regressa à cidade natal em busca de tranquilidade, mas depara-se com um ambiente carregado de segredos e perigos.

Coproduzido pelo Brasil, França, Holanda e Alemanha, o filme conta ainda no elenco com nomes como Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone e Hermila Guedes.

Segundo a agência AFP, espera-se que os nove membros do júri, liderados pela atriz francesa Juliette Binoche, possam vir a enviar um forte sinal político se premiarem o realizador dissidente iraniano Jafar Panahi - que vai a Cannes depois de quinze anos em prisão domiciliária no Irão - o ucraniano Sergueï Loznitsa, o sueco-egípcio Tarik Saleh, ou fazer história ao atribuir uma terceira Palma aos irmãos Dardenne.

O encerramento festival está a ser marcado por dois cortes da eletricidade que aconteceram durante o dia, estando as autoridades francesas a investigar a possibilidade de sabotagem que causou hoje um apagão em Cannes e noutras localidades vizinhas.

No entanto, a organização manteve a cerimónia oficial com recurso a geradores independentes, embora as sessões previstas fora do Palácio dos Festivais tenham sido canceladas.

Um incêndio suspeito numa subestação em Biançon, seguido da queda de um poste de alta tensão, originou duas falhas no fornecimento de energia, afetando cerca de 160.000 casas na região, que têm estado a ser repostos, enquanto a empresa RTE, responsável pela rede elétrica francesa, indicou que o primeiro apagão foi resolvido temporariamente redirecionando a energia de outras redes.

Embora a origem exata dos incidentes ainda não tenha sido confirmada, a coincidência com a cerimónia de encerramento do Festival de Cannes levanta preocupações sobre intenções deliberadas.

O restabelecimento da eletricidade está a ser feito gradualmente na região, com 60 mil habitações já reabastecidas até ao meio da tarde, segundo as autoridades.

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