O presidente da China, Xi Jinping, apelou à generalização do uso do chinês mandarim nas regiões fronteiriças do país, visando a "manutenção da segurança nacional" e da "estabilidade social", avançou a imprensa estatal.
Durante uma sessão de estudo do Politburo do Partido Comunista Chinês, a cúpula do poder na China, Xi disse que manter a segurança e a estabilidade é o "requisito básico" para a governação das fronteiras, de acordo com a agência noticiosa oficial chinesa Xinhua.
O líder chinês disse que devem ser feitos esforços para melhorar a governação social, as infraestruturas e "a capacidade geral de defender o país e salvaguardar as fronteiras".
Xi afirmou ainda que é necessário orientar todos os grupos étnicos das regiões fronteiriças para que "reforcem continuamente o seu reconhecimento da nação e da cultura chinesa e do Partido Comunista".
A utilização da língua chinesa comum, o mandarim, deve ser promovida nessas regiões e os manuais escolares unificados a nível nacional, apontou.
Xi renovou estes apelos durante uma sessão de estudo do Politburo sobre a história da governação das fronteiras chinesas.
A cúpula do poder na China realiza regularmente este tipo de sessões, sendo a discussão geralmente conduzida por um académico - esta foi conduzida por Li Guoqiang, vice-presidente da Academia Chinesa de História.
As zonas fronteiriças da China estendem-se por cinco províncias -- Yunnan (sudoeste), Gansu (noroeste) e Jilin, Liaoning e Heilongjiang (nordeste) - e por quatro regiões autónomas - Tibete e Xinjiang (oeste), Mongólia Interior (norte) e Guangxi (sul).
As tensões étnicas nessas regiões autónomas, especialmente em Xinjiang e no Tibete, têm sido historicamente um desafio para Pequim.