A viúva do músico jamaicano Bob Marley, Rita Marley, retractou-se hoje da alegada decisão, anunciada quarta-feira, de trasladar o corpo do ícone do reggae da Jamaica para a Etiópia em Fevereiro.
Rita Marley anunciou quarta-feira que os restos mortais iriam ser exumados da Jamaica e sepultados na Etiópia, "o local de repouso espiritual" do músico, numa cerimónia prevista para Fevereiro, coincidindo com o 60º aniversário de Marley.
No entanto, a porta-voz da Fundação Bob Marley afirmou hoje à BBC que as palavras de Rita Marley foram "deturpadas".
"Ela exprimiu com honestidade que Bob, como rastafariano, ama a Etiópia e que nunca fez segredo que um dia gostaria que ele fosse lá sepultado", referiu a porta-voz, salientando que Rita Marley nunca disse que "o corpo de Bob Marley iria ser exumado".
A notícia de que o corpo de Bob Marley ia ser trasladado não foi bem recebida na Jamaica, com a imprensa local a alegar que estaria a ser roubada a herança nacional da ilha caribenha.
Rita Marley pretende realizar um concerto em Adis Abeba, a 6 de Fevereiro, com os lucros a reverterem para ajuda humanitária a famílias etíopes.
Confirmadas estão as participações de Angelique Kidjo, Youssou N`Dour, The Marley Family e Baaba Maal.
Bob Marley nasceu a 6 de Fevereiro de 1945 na Jamaica e morreu vítima de cancro, a 11 de Março 1981, aos 36 anos.
O seu corpo está sepultado em Nine Nile, no Norte da Jamaica.
Além da música, Bob Marley era conhecido pela devoção ao movimento religioso Rastafari, surgida na década de 1930 na Jamaica e que tem no imperador etíope Haile Selassie um dos inspiradores, considerado a encarnação de Jah.
