A criação de três cátedras de língua e cultura portuguesa nos Estados Unidos da América, hoje formalizada numa cerimónia, em Lisboa, estende a 20 universidades norte-americanas a presença dos estudos portugueses, afirmou o ministro Augusto Santos Silva.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros participou hoje na sessão de assinatura de protocolos entre o Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) e quatro universidades norte-americanas, tendo em vista a criação de três cátedras de língua e cultura portuguesa nos Estados Unidos.
Foram criadas a Cátedra Três Marias (Universidade de Rutgers New Brunswick), a Cátedra Lídia Jorge (Universidade de Massachussets UMass Amherst) e a Cátedra de Língua e Cultura Portuguesa (Universidades do Utah e Brigham Young).
No final da cerimónia, Augusto Santos Silva disse à Lusa que, com a assinatura destes protocolos, ficou estendida a presença dos estudos portugueses no ensino superior (de 17 atuais) para 20 universidades.
A estas instituições, acrescentou, soma-se a presença do ensino de português ao nível básico e secundário, em diferentes estados norte-americanos.
"Há 190 escolas norte-americanas de ensino básico ou secundário, em que o português é uma língua ensinada", referiu.
O ministro considerou as cátedras "uma fórmula muito feliz", porque "quando se cria uma cátedra dá-se um apoio suplementar a um conjunto de investigadores e professores para desenvolverem atividades de ensino, de divulgação cultural e pesquisa científica sobre o português e as culturas que se exprimem em português".
"Por isso é que tão saboroso que essas culturas que se exprimem em português não se reduzam à cultura portuguesa, mas incluam também as literaturas que se exprimem em português nas Américas, África ou Ásia", disse.
Por seu lado, o presidente do instituto Camões, João Ribeiro de Almeida, enalteceu o número de cátedras do instituto, que passa agora a somar 59.
E reiterou o compromisso do instituto em "promover a língua e a cultura da língua portuguesa nos Estados Unidos".
A presidente da FLAD, Rita Faden, congratulou-se igualmente com a formalização destas cátedras, apoiadas pela fundação que dirige.
À Lusa, indicou que o objetivo maior é a criação de um "centro de apoio nestas universidades para a promoção da língua portuguesa e a investigação à volta da língua portuguesa".
Uma das inovações destas cátedras, segundo Rita Faden, é o seu "papel na atração de estudantes americanos, nas universidades norte-americanas, para continuarem os seus estudos em Portugal".
"Há hoje em dia uma grande atração da língua portuguesa, não só ligada à cultura, mas também do ponto de vista económico e de capacidade de penetração, porque é falada em todos os continentes", frisou.