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Terminada reedição integral da obra de José Saramago que fica disponível na quinta-feira

por Lusa

A reedição de toda a obra de José Saramago (1922-2010) fica completa na quinta-feira, com a publicação de "O ano de 1993" e "O conto da ilha desconhecida", anunciou hoje a Porto Editora.

A reedição da obra foi iniciada em 2014, data em que os livros do escritor, Nobel da Literatura em 1998, passaram a ser publicados pela Porto Editora, com um novo `design`, que aposta nos títulos das obras impressos nas capas, com caligrafias de diferentes personalidades da área cultural da lusofonia, como Chico Buarque, a quem coube "Ensaio sobre a cegueira", Mia Couto, "Levantado do chão", ou Lídia Jorge, "O Homem duplicado".

A capa da reedição de "O ano de 1993" conta com a colaboração caligráfica de José Manuel Mendes, e, a de "O Conto da ilha desconhecida", de António Mega Ferreira.

"O ano de 1993", originalmente editado em 1975, é constituído por "pequenas histórias a formarem uma só. Una e intacta. Poesia a lançar já pontes para a ficção. Sem rima, fraseada, falando do futuro da própria escrita do autor. Poemas de alerta, mas de esperança, também, apesar do desespero que reside no seu fundo ainda lírico e iniciático", descreve o comunicado da editora.

"Um livro de poesia em prosa onde Saramago manifesta as suas inquietações relativamente ao destino do Homem contemporâneo", escreve a Porto Editora.

"O conto da ilha desconhecida", editado originalmente em 1993, é "uma história de otimismo e perseverança na concretização dos sonhos, protagonizada por um homem que procura um barco para navegar até uma ilha que ninguém sabe existir", segundo a mesma fonte.

A Porto Editora além da reedição dos mais de 40 títulos de José Saramago - que completaria 96 anos na próxima sexta-feira -, editou, em outubro último, o inédito "Último caderno de Lanzarote -- O caderno do ano no Nobel", e tinha já publicado o romance inédito "Alabardas, alabardas, espingardas, espingardas".

José Saramago nasceu em 1922, na aldeia de Azinhaga, no Ribatejo, e é, até à atualidade, o único escritor de Língua Portuguesa distinguido com um Prémio Nobel, atribuído há precisamente 20 anos.

Autor traduzido em todo o mundo, recebeu em 1995 o Prémio Camões, e, segundo o seu biógrafo, Joaquim Vieira, autor da obra "José Saramago: rota de vida" - que é apresentada hoje em Lisboa -, o criador de "Memorial do convento" conquistou por mérito próprio "um estatuto de primordial relevo", na cultura em língua portuguesa.

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