A Suíça é a vencedora da 68ª edição do Festival Eurovisão da Canção com a música "The Code", de Nemo. A canção portuguesa, "Grito", de Iolanda, ficou em 10º lugar. A noite ficou marcada pelos apelos de vários intérpretes, incluindo da representante portuguesa, numa edição em que a participação de Israel motivou muitos protestos.
Para lá da música, a edição deste ano fica marcada de forma incontornável pela contestação à polémica participação de Israel no evento. A poucos minutos do início da final deste sábado, houve registo de várias detenções em Malmö, na Suécia, num protesto que decorria junto ao edifício onde decorria o evento. A polícia recorreu a gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes.
Ao receber o troféu em palco, Nemo deixou um apelo: "Espero que este concurso possa cumprir a sua promessa e continuar a representar a paz e a dignidade para todas as pessoas deste mundo".
Vídeo da final publicado mais de uma hora depois
Durante a final, foram vários os artistas que deixaram mensagens de paz e apelos. Foi o caso de Iolanda, a representante de Portugal, que ficou em 10º lugar com a canção "Grito".
Na atuação, Iolanda subiu a palco com cores e motivos palestinianos pintados nas unhas. No final, a artista deixou uma mensagem de apelo à paz: "Peace will prevail" ("A Paz Prevalecerá").
O vídeo da atuação portuguesa acabou por não ser publicado logo após a atuação no site oficial. A União Europeia de Radiodifusáo (EBU), organizadora do festival, optou por publicar o vídeo da semi-final em que a cantora portuguesa tinha apenas as unhas brancas, sem símbolos da Palestina.
A RTP questionou a EBU sobre a omissão e o vídeo acabou por ser publicado mais de uma hora depois da atuação portuguesa.
Ainda antes, logo no início da cerimónia, a representante portuguesa apresentou-se em palco com um vestido de uma marca de um designer de origem palestiniana, com o padrão do lenço keffiyeh, um lenço associado à causa palestiniana.
"Do lado certo da História"
Já depois do evento, em declarações à RTP, a representante de Portugal na Eurovisão, Iolanda, disse após a final deste sábado estar muito feliz com o resultado obtido. Sobre as polémicas em torno da participação de Israel no concurso, voltou a frisar que "a paz prevalecerá", tal como fez no final da sua atuação esta noite. "Quero ficar do lado certo da História", vincou Iolanda.
“Estamos muito, muito felizes. Provámos a todos que podemos ser o que quisermos, quando quisermos, pela paz, pela bondade, pela união. E estou muito feliz e muito orgulhosa da nossa equipa”, disse a concorrente à RTP.
“Para mim faz todo o sentido fazer da minha plataforma a plataforma que pode falar sobre assuntos que são importantes na nossa História. E eu quero ficar do lado certo da História, portanto fiz questão de trazer uma mensagem de paz para este concurso e de justiça”, respondeu, quando questionada sobre os motivos palestinianos pintados nas unhas.
A cantora portuguesa aprofundou ainda a mensagem que quis deixar no final da sua atuação deste sábado: “a paz prevalecerá no meio de tanta confusão e tanta morte, tanta dor”.
“A verdade vem sempre ao de cima e as coisas que se vivem aqui dentro são para uma vida”, acrescentou a cantora.
Apesar da sua posição quanto ao conflito israelo-palestiniano, Iolanda disse não ter tido qualquer problema com a organização do eurofestival. “Estamos certos que aquilo que fizemos foi do coração e que queríamos mesmo fazer. Estamos muito felizes”, afirmou.
“Para mim faz todo o sentido fazer da minha plataforma a plataforma que pode falar sobre assuntos que são importantes na nossa História. E eu quero ficar do lado certo da História, portanto fiz questão de trazer uma mensagem de paz para este concurso e de justiça”, respondeu, quando questionada sobre os motivos palestinianos pintados nas unhas.
A cantora portuguesa aprofundou ainda a mensagem que quis deixar no final da sua atuação deste sábado: “a paz prevalecerá no meio de tanta confusão e tanta morte, tanta dor”.
“A verdade vem sempre ao de cima e as coisas que se vivem aqui dentro são para uma vida”, acrescentou a cantora.
Apesar da sua posição quanto ao conflito israelo-palestiniano, Iolanda disse não ter tido qualquer problema com a organização do eurofestival. “Estamos certos que aquilo que fizemos foi do coração e que queríamos mesmo fazer. Estamos muito felizes”, afirmou.
Nas semanas que antecederam a Eurovisão, vários artistas e personalidades apelaram à União Europeia de Radiodifusão (EBU), que organiza o festival, para que vetasse a participação do país devido à guerra em curso na Faixa de Gaza.
O Festival Eurovisão da Canção fica também marcado pela expulsão do representante dos Países Baixos, Joost Klein, anunciada horas antes da final deste sábado. De acordo com a EBU, o artista está a ser investigado pela polícia sueca na sequência de uma denúncia feita por uma mulher da equipa de produção após um "incidente" na semifinal do concurso.
“A polícia sueca está a investigar uma denúncia feita por uma mulher da equipa de produção devido a um incidente ocorrido após a sua apresentação na semifinal de quinta-feira à noite”, anunciou a European Broadcasting Union (EBU), que organiza a Eurovisão, em comunicado.
A emissora holandesa, Avrotros, considerou a expulsão de Joost Klein “desproporcionada”. Em comunicado, a emissora disse estar “chocada” com a decisão da EBU, que “lamenta profundamente”.