O primeiro-ministro, José Sócrates, recomendou aos portugueses que vão ver a exposição de Amadeo de Souza-Cardoso, patente na Fundação Gulbenkian, em Lisboa, classificando-o como "um dos grandes génios da pintura do século passado".
"Recomendo a todos os portugueses que visitem [a exposição], porque se trata de um dos nossos grandes génios da pintura do século passado e julgo que esta exposição mostra bem o talento absolutamente admirável deste grande pintor", disse Sócrates, no final de uma visita guiada pela comissária da exposição, Helena Freitas.
O chefe do Executivo caracterizou a exposição como "absolutamente excepcional e muito bem conseguida", sublinhando que "a obra de Amadeo de Souza-Cardoso merecia uma exposição deste tipo".
"Já tive a oportunidade de felicitar a Fundação Gulbenkian pela iniciativa. A Gulbenkian tem um grande espólio de Amadeo de Souza-Cardoso, é um dos seu s grandes artistas e esta exposição está à altura do génio que foi Amadeo de Sou za-Cardoso", afirmou.
Amadeu de Souza-Cardoso, que morreu em 1918, apenas com 31 anos, integr ou a vanguarda artística do seu tempo, e participou nos dois eventos artísticos mais importantes da década de 1910, o Armory Show, em Nova Iorque, onde vendeu s ete dos oito quadros que apresentou, e o Erster Deutscher Herbstsalon, em Berlim .
Patente até 15 de Janeiro, a exposição reúne pinturas e desenhos de vár ias fases da sua carreira - incluindo um que estava desaparecido desde 1913, "Av ant la Corrida" - e de muitos dos seus amigos artistas, entre os quais Modiglian i, o casal Delauney e Brancusi, que conheceu durante os oito anos que viveu em P aris, entre 1906 e 1914.
Outra raridade desta exposição é um conjunto de ilustrações para um liv ro produzidas pelo pintor durante umas férias na Bretanha (Norte de França).
A Fundação Calouste Gulbenkian aproveitou a ocasião para ensaiar um novo horário: estará aberta às sextas-feiras até à meia-noite.