O romance "Eu Solidão", da autoria de Maria Luísa Santos, de 68 anos e natural do Porto, é a obra vencedora da segunda edição do Prémio Literário Joaquim Mestre.
A cerimónia pública de entrega do prémio a Maria Luísa Santos vai decorrer na Biblioteca Municipal de Beja, em abril, e a obra deverá ser publicada durante o segundo semestre deste ano, refere a ASSESTA - Associação de Escritores do Alentejo, promotora do galardão em parceira com a Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCA).
Segundo a associação, a obra vencedora foi escolhida no passado sábado, na reunião final do júri da segunda edição do prémio, que decidiu não atribuir menções honrosas.
O prémio, destinado a autores portugueses e estrangeiros a residir em Portugal com mais de 18 anos, foi criado pela ASSESTA e pela DRCA com o apoio da Câmara de Beja para homenagear o escritor alentejano Joaquim Mestre, incentivar a criação literária na modalidade de romance e estimular o gosto pela leitura e pela escrita.
A DRCA patrocina o prémio monetário atribuído ao vencedor e financia a publicação da obra vencedora e a Câmara de Beja apoia a iniciativa assegurando a verba para o pagamento do júri.
O prémio monetário corresponde aos direitos de autor da primeira edição da obra e o júri poderá também atribuir, se entender, até duas menções honrosas a obras candidatas, mas os respetivos autores não terão direito a prémio monetário e só receberão diploma de menção honrosa.
O vencedor da primeira edição do prémio literário, que decorreu em 2017, foi o autor E.S. Tagino, pseudónimo literário de António José da Costa Neves, com o romance "Um certo incerto Alentejo", que foi editado e, em dezembro de 2018, lançado em Portugal.
O escritor Joaquim Figueira Mestre, que nasceu na aldeia de Trindade, no concelho de Beja, em 1955, e morreu em Lisboa, em 2009, foi um dos grandes impulsionadores do novo conceito de biblioteca que surgiu em Beja no início da década de 90 do século XX.
Joaquim Figueira Mestre, licenciado em História e pós-graduado em Ciências Documentais, escreveu várias obras, como os romances "O Perfumista" e "A Imperfeição do Amor" e o livro de contos "Breviário das Almas" e foi diretor da Biblioteca Municipal e chefe da Divisão de Bibliotecas e Museus da Câmara de Beja.