Ray Bradbury morre aos 91 anos

por RTP
Ray Bradbury (1920-2012) ficará para a história como o criador de um mundo que persegue a imaginação coletiva DR

Morreu ontem aos 91 anos o escritor norte-americano Ray Bradbury. Autor de ficção-científica, veria as “Crónicas Marcianas” (1950) e o romance “Fahrenheit 451” (1953) como as suas obras mais reconhecidas.

Após uma carreira em que deixou dezenas de trabalhos que passam pela ficção científica e as histórias de terror e mistério, Ray Bradbury deu por terminada a sua produção com a publicação na The New Yorker de um derradeiro texto: “Take Me Home”.

A morte do mestre da ficção científica foi confirmada pela sua filha. Hoje, Alexandra Bradbury anunciou que o seu pai morreu esta terça-feira na Califórnia, mas não acrescentou mais pormenores.

Tido como um dos nomes maiores da ficção-científica, Bardbury publicou um pouco de tudo, desde romances, contos, peças de teatro e argumentos para televisão, em particular para a série "Twiligth Zone". Ray Bradbury desenvolveu os argumentos, a certa altura, no período da Guerra Fria, facto ao qual a sua escrita não ficaria a alheada.

O seu romance mais conhecido – “Fahrenheit 451” – foi adaptado ao cinema em 1966 pelo realizador francês François Truffaut. É uma narrativa que aborda a proibição da leitura, a censura e a luta pela sobrevivência dos livros. O título remete para a temperatura a que o papel começa a arder.

Entre dezenas de prémios, foi distinguido com o National Book Award, teve uma menção especial do Pulitzer e recebeu em 2004, das mãos do Presidente George W. Bush, a National Medal of Arts Award. Um asteróide descoberto em 1992 seria batizado de "9766 Bradbury", em sua honra.
Tópicos
PUB