O projeto "Fertile Futures", apresentado pela curadora Andreia Garcia, vai representar Portugal na Bienal de Veneza de arquitetura 2023, que decorre entre maio e novembro naquela cidade italiana, anunciou hoje a Direção-Geral das Artes (DGArtes).
"Selecionado no âmbito de um concurso promovido pela DGArtes, `Fertile Futures` defenderá, entre Portugal e Veneza, a pertinência do contributo da Arquitetura no redesenho do futuro descarbonizado, descolonizado e colaborativo, respondendo diretamente à convocatória de Lesley Lokko, partindo de uma aprendizagem que convoca o contexto africano, como outros que há muito testemunham condições climáticas extremas", lê-se num comunicado hoje divulgado no site da DGartes.
Aquela entidade explica que, "com foco em sete distintas hidrogeografias profundamente marcadas pela ação antropocêntrica, `Fertile Futures` encomenda a jovens arquitetas e arquitetos, em colaboração com especialistas de outras áreas de conhecimento, a apresentação de modelos propositivos para um amanhã mais sustentável, saudável e equitativo, em cooperação não hierarquizada entre disciplinas, gerações e espécies".
Além de Andreia Garcia, também Ricardo Carvalho e o Atelier do Corvo (Carlos Antunes e Désirée Pedro) foram convidados pela DGArtes para participarem no concurso limitado de seleção do projeto curatorial e expositivo de representação oficial portuguesa na Bienal de Arquitetura de Veneza, com uma dotação de 350 mil euros, distribuído em 240 mil euros para 2022 e 110 mil euros para 2023.
A escolha da representação portuguesa na Bienal de Veneza de arquitetura 2023 foi feita por uma comissão de apreciação constituída por Paulo Carretas, técnico superior da DGArtes, que coordena, Joaquim Moreno, Isabel Ortins Simões Raposo, Julia Albani e Nuno Grande.
A representação Oficial Portuguesa ficará instalada no Palazzo Franchetti durante a Bienal de Arquitetura de Veneza, que decorre entre 20 de maio e 26 de novembro do próximo ano, com uma pré-abertura a 18 e 19 de maio, sob o tema "O laboratório do futuro", e com curadoria de Lesley Lokko, ao longo da qual cada país apresenta a sua própria exposição nos pavilhões dos Giardini e do Arsenale, e edifícios no centro histórico da cidade.
Em julho deste ano, a declaração anual da DGArtes indicava que o concurso limitado para a seleção da representação portuguesa na exposição de Arquitetura - Bienal de Veneza 2023 tinha "abertura prevista para agosto", mas acabou por abrir em outubro.
Na edição anterior, Portugal foi representado na bienal com o projeto "In Conflict", do coletivo de arquitetos depA, para responder à pergunta colocada pelo curador, Hashim Sarkis, sobre "Como vamos viver juntos?".