Luanda, 12 Dez (Lusa) - O primeiro canal de televisão privado angolano, TV Zimbo, vai ser lançado domingo em Luanda, em fase experimental, com uma programação generalista, disse hoje à Agência Lusa fonte da empresa.
A TV Zimbo, detida pelo grupo Medianova, de capitais angolanos cuja origem não foi revelada, irá funcionar em regime experimental durante três meses, com uma programação no ar entre as 17:00 e a meia-noite.
Em declarações à Agência Lusa, o director de Informação da TV Zimbo, Amílcar Xavier, disse que vão constar da grelha de programação conteúdos informativos, de entretenimento, educativos e "talk shows".
"É uma televisão moderna feita por gente jovem, muitos sem experiência em televisão, mas com formação académica para prosseguirmos com esse projecto ambicioso", disse à Lusa Amílcar Xavier.
Segundo o director de Informação da nova televisão, nessa fase experimental a televisão vai ter apenas um conteúdo informativo.
Amílcar Xavier disse ainda que um dos grandes destaques da programação da nova televisão é o desporto, com a transmissão de jogos nacionais e internacionais, para além do noticiário desportivo.
A nova televisão, que contou com o apoio da TVI na formação dos jornalistas angolanos, será transmitida em canal aberto e emitida também pela TVCabo e Multichoise.
A televisão conta com um total de 310 trabalhadores nacionais, alguns dos quais formados em Portugal, Brasil e África do Sul.
Contactado pela Lusa, o director de Informação da Televisão Pública de Angola (TPA), Manuel da Silva, considerou "bem-vinda" a nova televisão, em nome da "diversidade de opiniões".
"É concorrência, mas é bem-vinda. A diversidade de opiniões justifica-se em Angola, por isso temos é que dar as boas vindas à televisão e esperar que as coisas decorram da melhor forma", disse à Lusa Manuel da Silva.
O director de informação da TPA, até agora único canal televisivo angolano em Angola,, disse não temer a concorrência e referiu que o seu canal prevê algumas alterações.
"Temos projectos novos. É verdade que é uma situação de concorrência. Temos que contar também com a oferta que a entidade concorrente vai fazer ao público, mas não é nada que nos assuste", sublinhou.
NME.
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