O menino imperativo de Vespeira

por Sofia Leite

Uma estatueta sem braços, com um búzio a fazer de cabeça e um coto de vela em cada ombro, erguida ao cimo de um pódio de quatro degraus exprime num tom entre o trágico e o irónico uma sátira a um discurso de Salazar sobre os Imperativos da Nação.

Marcelino Vespeira deu por isso o nome de %u201CMenino imperativo%u201D a esta escultura realizada em 1952, tinha o artista 27 anos e há cinco que se tinha juntado ao movimento surrealista. De grande simbolismo o búzio e as velas representariam as aspirações de liberdade não só artística como politica contra as grilhetas do poder da época.
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