Nova visão sobre vida de Judas ficcionada por escritor britânico

por Agência LUSA

A teoria de que Judas Iscariotes não se enforcou depois de ter traído Jesus Cristo é defendida pelo escritor britânico Jeffrey Archer no livro "O Evangelho segundo Judas", a editar em Março em Portugal.

Em "O Evangelho segundo Judas, por Benjamin Scariote", Jeffrey Archer põe o filho de Judas a contar os factos em torno da morte de Cristo do ponto de vista de Judas.

"É um evangelho e não uma história ou um romance", afirmou o escritor britânico no domingo à Reuters, sublinhando que a obra segue as regras de um dos evangelhos da Bíblia, com cerca de 22.000 palavras.

A obra terá edição mundial em Março e em Portugal sairá com a chancela das Publicações Europa-América, que já tem no seu catálogo obras anteriores de Jeffrey Archer.

Para esta releitura da tradição cristã, Jeffrey Archer contou com a colaboração do estudioso australiano da Bíblia Francis Moloney, que utilizou textos bíblicos como referência.

Em "O Evangelho segundo Judas", o autor defende que Judas não se enforcou depois de ter traído Jesus.

"Indiscutivelmente, ele queria que o Messias rumasse a Jerusalém à frente de um exército triunfante e que derrotasse os Romanos", disse o escritor, referindo, no entanto, que "não foi essa a ideia que Cristo defendeu junto dos seus discípulos".

Archer, de cujas obras já foram vendidas mais de 125 milhões de exemplares em todo o mundo, foi vice-presidente do Partido Conservador britânico na década de 1980.

Recentemente esteve envolvido num caso judicial, tendo cumprido dois anos de prisão por perjúrio e obstrução à justiça, num caso contra um jornal que o acusou de ter feito sexo com uma prostituta.

Entre as obras de Jeffrey Archer editadas em Portugal contam- se "A Filha Pródiga", "Falsas Impressões", "Nem um tostão a mais, nem um tostão a menos" e "O Décimo Primeiro mandamento".


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