Fotos: Arlinda Brandão - Antena 1
É uma exposição com 87 obras que fazem uma abordagem expositiva inédita que pretende assinalar figuras de referência, instituições e acontecimentos que constituem marcos importantes da história da tapeçaria portuguesa.
"É uma exposição que faz uma abordagem histórica à tapeçaria em Portugal a partir de 1946, o ano em que nasceram as Tapeçarias de Portalegre", explica à Antena 1 a curadora da Exposição Rita Maia Gomes.
Estas tapeçarias com um fabrico inovador permitiram colocar Portugal num lugar cimeiro desta arte ancestral. E contribuiram também para a divulgação da Pintura Portuguesa.
No piso 0 o visitante pode conhecer a qualidade deste trabalho através de tapeçarias produzidas a partir de originais dos artistas: António da Costa Pinheiro, Artur do Cruzeiro Seixas, Graça Morais, Lourdes Castro, Luís Pinto-Coelho, Manuel Cargaleiro, Maria Helena Vieira da Silva, José de Almada Negreiros, José de Guimarães, Júlio Resende, Júlio Pomar.
A exposição é também uma oportunidade para se conhecer o ex-líbris da coleção de tapeçarias do Millennium bcp – uma obra de Guilherme Camarinha, peça única de 1961, que foi recentemente limpa e restaurada e que poderá agora ser apreciada em todo o seu esplendor.
Existe uma ala da exposição em que o visitante pode ir aos bastidores da Manufactura. A exposição espreita para aquilo que nunca é visto, os espaços, as matérias-primas, os rostos e as mãos de quem faz.
Existe uma ala da exposição em que o visitante pode ir aos bastidores da Manufactura. A exposição espreita para aquilo que nunca é visto, os espaços, as matérias-primas, os rostos e as mãos de quem faz.
Paralelamente ao trabalho desenvolvido e à notoriedade alcançada pela Manufactura de Tapeçarias de Portalegre ao longo dos seus 78 anos de atividade, a tapeçaria foi-se afirmando por outro caminho, que é dado a conhecer no Piso 1 recorrendo-se a obras de instituições, coleções particulares e espólios de artistas.
A narrativa expositiva ilustra e documenta as pesquisas e as experiências de artistas que se interessaram por explorar as potencialidades plásticas da tapeçaria – que deixa de ser exclusivamente a transposição de uma pintura, caminhando para uma tapeçaria de autor em que o artista é simultaneamente aquele que concebe e que executa.
É uma tapeçaria que se expande em termos de técnicas e de materiais. Do final da década de 1940 até à atualidade destacam-se obras nesta exposição de Altina Martins, Alves Dias, Amândio Silva, Charters de Almeida, Eduardo Nery, Flávia Monsaraz, Gisella Santi, Helena Lapas, Isabel Laginhas, João Abel Manta, Júlio Pomar, Margarida Reis, Maria Isabel Barreno, Mário Dionísio, Paula Rego e Teresa Segurado Pavão.
É uma tapeçaria que se expande em termos de técnicas e de materiais. Do final da década de 1940 até à atualidade destacam-se obras nesta exposição de Altina Martins, Alves Dias, Amândio Silva, Charters de Almeida, Eduardo Nery, Flávia Monsaraz, Gisella Santi, Helena Lapas, Isabel Laginhas, João Abel Manta, Júlio Pomar, Margarida Reis, Maria Isabel Barreno, Mário Dionísio, Paula Rego e Teresa Segurado Pavão.
A exposição termina com uma mostra de trabalhos produzidos por alunos do Curso de Produção Artística – especialização têxteis que responderam ao desafio de criar objetos em diálogo com as tapeçarias de Portalegre da Coleção Millennium BCP.
Segundo a curadora da Exposição, Rita Maia Gomes a "seleção apresentada tem como propósito vislumbrar possíveis rumos para a arte têxtil em Portugal, sublinhando o contributo destas duas escolas artísticas para a valorização e a vitalidade da tapeçaria".
A Exposição pode ser visitada no Torreão Nascente da Cordoaria Nacional em Lisboa, até 12 de janeiro dde 2025. A entrada é gratuita.