Rosário Trindade é diretora de acesso ao mercado e relações institucionais da AstraZeneca Portugal. Um exemplo inspirador de quem dirige uma das maiores companhias biofarmacêuticas e que tem como uma das principais premissas a vontade de mudar o mundo.
Rosário Trindade acha que, através da pandemia, "é inegável que a AstraZeneca se tornou muito mais conhecida – o papel da ciência e da inovação no desenvolvimento de medicamentos tornou-se algo palpável, não é? – que as pessoas conseguiram perceber. Eu acho que houve uma aproximação importante entre os cidadãos, a população geral, e a indústria farmacêutica e o valor da inovação. E eu acho que isso é sempre muito importante e que tem de ser aproveitado, também politicamente porque, eu acho que em Portugal a indústria foi sempre, enfim, um bode expiatório – que a inovação está lá, mas que os custos do acesso são muito elevados."
"Acho que a maior parte das pessoas passaram a ter uma visão mais equilibrada sobre o papel da indústria, o papel do investimento, o papel da inovação e perceberam que, quando há vontade, e quando as pessoas se juntam para trabalhar em conjunto, é possível fazer milagres."
Rosário Trindade trabalha numa equipa de mulheres e um único homem. Pensa que as mulheres são mais complexas e que, por causa disso, são muitas vezes "mais inventivas, têm mais flexibilidade, são capazes de conciliar e de trazer, muitas vezes, para a discussão as experiências da maternidade, as experiências da gestão familiar, que são coisas que às vezes fazem diferença quando estamos a definir uma estratégia".
Aliás, na AstraZeneca Portugal 59% dos colaboradores são mulheres, as quais ocupam 70% dos cargos de direção e quase 60% das chefias intermédias.
Sobre a maternidade, mas também a paternidade, pensa que ela nos dá a perspectiva do que é cuidar de um bem maior.
"A capacidade de gerir, de criar equilíbrios, de pôr aquilo que é importante em primeiro lugar e criar perspectivas sobre as coisas é enriquecedora". Uma experiência que representa uma mais-valia no contexto do trabalho.
"A capacidade de gerir, de criar equilíbrios, de pôr aquilo que é importante em primeiro lugar e criar perspectivas sobre as coisas é enriquecedora". Uma experiência que representa uma mais-valia no contexto do trabalho.
Rosário Trindade gostava de ter estudado História, mas como o curso estava fadado para o desemprego, seguiu Economia. Foi parar ao Infarmed durante um estágio, e foi aí que
começou a consolidar a sua área profissional – chegou a Directora do Departamento de Avaliação. Há 10 anos, transitou para a AstraZeneca Portugal. Como diz o filho "não escolheste o teu futuro, o teu futuro é que te escolheu".
começou a consolidar a sua área profissional – chegou a Directora do Departamento de Avaliação. Há 10 anos, transitou para a AstraZeneca Portugal. Como diz o filho "não escolheste o teu futuro, o teu futuro é que te escolheu".
Como todas as Mulheres que Contam, dá sempre o máximo. Chegou onde está também "resultado de muito esforço, de muito trabalho e de gostar muito, muito, muito daquilo que faço”. Acha que, acima de tudo, “o que garante o sucesso profissional é saber trabalhar em equipa".
Fã número 1 dos Queen, gosta também de U2, de Rui Veloso, e muito de Jorge Palma.
É também uma grande leitora. Acha que "conseguimos falar melhor, pensar melhor e ter mais mundo, quando lemos". Na leitura, entre Dostoievski e Tolstoi cabem autores portugueses como Saramago ou António Lobo Antunes.
É também uma grande leitora. Acha que "conseguimos falar melhor, pensar melhor e ter mais mundo, quando lemos". Na leitura, entre Dostoievski e Tolstoi cabem autores portugueses como Saramago ou António Lobo Antunes.
Rosário Trindade esteve entre a vida e a morte quando pequena. Por isso, sente-se muito grata pela vida e por tudo o que tem. Se tivesse de enunciar um mote de vida diria "ser feliz e fazer os outros felizes, na medida do que eu puder, do que estiver ao meu alcance – sou muito amiga do meu amigo, sou muito leal, e isso chega-me…"
Participou no lançamento público do programa Mulheres que Contam, sentada ao lado da actual Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato.
A apresentação do projecto, no dia 8 de Março de 2022, ficou a cargo da jornalista Maria Antónia Palla, uma das fundadoras da Biblioteca Feminista Ana de Castro Osório, na Biblioteca Municipal de Belém.
A apresentação do projecto, no dia 8 de Março de 2022, ficou a cargo da jornalista Maria Antónia Palla, uma das fundadoras da Biblioteca Feminista Ana de Castro Osório, na Biblioteca Municipal de Belém.
A ajudar a desvendar o poder do que a Ciência pode fazer – What science can do - são vários os projectos em que a AstraZeneca Portugal se encontra envolvida. Até ao final de 2022 decorre o estudo Porthos, em parceria com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia e a Nova Medical School.
Bate certo coração – irá aferir os números da insuficiência cardíaca em Portugal. Estima-se que, actualmente, a insuficiência cardíaca afecte cerca de 400 000 portugueses, sendo uma das principais causas de internamento no país, para além da elevada mortalidade associada.
Outro projecto, o Epi-Asthma, desenvolvido pela Universidade do Minho, pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e pela AstraZeneca, pretende analisar a prevalência da asma em Portugal.
Outro projecto, o Epi-Asthma, desenvolvido pela Universidade do Minho, pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e pela AstraZeneca, pretende analisar a prevalência da asma em Portugal.
A Fundação AstraZeneca instituiu o FAZ Ciência em parceria com a Sociedade Portuguesa de Oncologia para distinguir projectos de investigação desenvolvidos em Portugal nas áreas da Imuno-Oncologia e da Oncologia. A bolsa anual, no valor máximo de 35 000 euros, é atribuída a um ou mais projectos.