Morreu um dos maiores cenógrafos portugueses de sempre - Teatro Experimental do Porto

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Porto, 04 out (Lusa) -- Mário Alberto, que morreu hoje aos 86 anos, foi um dos maiores cenógrafos e figurinistas portugueses de sempre, afirmou hoje em comunicado a companhia Teatro Experimental do Porto (TEP), dedicando ao artista um "longo abraço".

O cenógrafo Mário Alberto, co-fundador do Teatro Adoque e do grupo de teatro A Barraca, encontrava-se doente há algum tempo e morreu hoje no Lar dos Antigos Alunos da Casa Pia, em Lisboa.

Numa nota de imprensa enviada aos órgãos de comunicação social, o TEP refere-se a Mário Alberto como um "boémio incorrigível", "amante das longas noites de insónia" e "amante da afirmação pela arte".

"Para o Mário Alberto o longo abraço de uma instituição [TEP] que não o esquece", acrescenta o documento.

Segundo o diretor do TEP, Júlio de Oliveira Gago, Mário Alberto fica ligado a momentos altos do teatro português, sendo uma das "suas grandes figuras para a memória".

Pintor, cenógrafo, figurinista, profissional de teatro, cinema e televisão Mário Alberto nasceu no Lubango (ex-Sá da Bandeira), Angola, a 20 de julho de 1925, cresceu no Alentejo, e foi um dos principais responsáveis pela renovação da "Revista à Portuguesa" iniciada com "O Fim da Macacada", no Teatro ABC.

Várias vezes premiado, Mário Alberto está representado no acervo do Museu do Teatro, em Lisboa.

O velório do cenógrafo realiza-se a partir das 20:00 de hoje no auditório da Sociedade Portuguesa de Autores, em Lisboa.

O funeral decorrerá na quarta-feira às 15:30 para o cemitério dos Prazeres, em Lisboa.

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