O cineasta franco-suíço morreu esta terça-feira, aos 91 anos. Godard era considerado o "pai" do movimento "Nouvelle vague".
O cineasta franco-suíço Jean-Luc Godard foi um dos principais nomes do cinema desde a estreia em longas-metragens com "O Acossado", em 1960.
Morreu aos 91 anos, avançou esta terça-feira o jornal francês Liberátion, citando fontes próximas.
Parte fundamental da `Nouvelle Vague` francesa, movimento que revolucionou o cinema a partir dos anos 1950, Godard tem uma longa carreira premiada, que vai desde o galardão de melhor realizador, em Berlim, logo por "O Acossado", até um Óscar honorário, entregue em 2010 numa cerimónia à qual não compareceu.
Autor de obras influentes sobre várias gerações de realizadores como "O Desprezo" (1963), com Brigitte Bardot, "Bando à Parte" (1964), "Pedro, o Louco" (1965) ou os mais recentes "Filme Socialismo" (2010) e "Adeus à Linguagem" (2014), Jean-Luc Godard ficou conhecido "pelo seu estilo de filmar iconoclasta, aparentemente improvisado, bem como pelo seu inflexível radicalismo", como recorda The Guardian no obituário do cineasta.
Morreu aos 91 anos, avançou esta terça-feira o jornal francês Liberátion, citando fontes próximas.
Parte fundamental da `Nouvelle Vague` francesa, movimento que revolucionou o cinema a partir dos anos 1950, Godard tem uma longa carreira premiada, que vai desde o galardão de melhor realizador, em Berlim, logo por "O Acossado", até um Óscar honorário, entregue em 2010 numa cerimónia à qual não compareceu.
Autor de obras influentes sobre várias gerações de realizadores como "O Desprezo" (1963), com Brigitte Bardot, "Bando à Parte" (1964), "Pedro, o Louco" (1965) ou os mais recentes "Filme Socialismo" (2010) e "Adeus à Linguagem" (2014), Jean-Luc Godard ficou conhecido "pelo seu estilo de filmar iconoclasta, aparentemente improvisado, bem como pelo seu inflexível radicalismo", como recorda The Guardian no obituário do cineasta.
Os filmes de Godard foram conhecidos por terem rompido com as convenções estabelecidas do cinema francês em 1960 e ajudaram a dar início a uma nova maneira de fazer cinema, completa com trabalho de câmara portátil, cortes de salto e diálogo existencial.
"Perdemos um tesouro nacional, um olhar de génio", disse o presidente francês, Emmanuel Macron, numa publicação no Twitter. "Jean-Luc Godard, o cineasta mais iconoclasta da 'New Wave', inventou uma arte decididamente moderna e profundamente livre", acrescetou Macron.
"Devemos muito a Godard", escreveu o ex-ministro francês da Cultura, Jack Lang Lang, em comunicado, citado pela Reuters. "Ele encheu o cinema de poesia e filosofia. O seu olhar aguçado e único fez-nos ver o imperceptível", acrescentou.
Ce fut comme une apparition dans le cinéma français. Puis il en devint un maître. Jean-Luc Godard, le plus iconoclaste des cinéastes de la Nouvelle Vague, avait inventé un art résolument moderne, intensément libre. Nous perdons un trésor national, un regard de génie. pic.twitter.com/bQneeqp8on
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) September 13, 2022
"Devemos muito a Godard", escreveu o ex-ministro francês da Cultura, Jack Lang Lang, em comunicado, citado pela Reuters. "Ele encheu o cinema de poesia e filosofia. O seu olhar aguçado e único fez-nos ver o imperceptível", acrescentou.
Nascido em Paris em 1930, Godard cresceu e estudou em Nyon, na Suíça. Regressou a Paris com 19 anos, em 1949, onde desenvolveu o seu interesse pelo cinema.
c/agências