Morreu esta madrugada o escultor João Cutileiro. Tinha 83 anos.
João Cutileiro era irmão do diplomata e antropólogo José Cutileiro, que morreu há menos de um ano, em maio de 2020.
João Cutileiro foi condecorado com a Ordem de Sant'Iago da Espada, Grau de Oficial, em agosto de 1983, e recebeu o Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Évora e pela Universidade Nova de Lisboa, este último, concedido em 2017.
Em 2018, Cutileiro recebeu a medalha de mérito cultural, atribuída pelo Governo, numa cerimónia no Museu de Évora que serviu igualmente para formalizar a doação do espólio do escultor ao Estado português.
“João Cutileiro nunca foi indiferente, nem nunca nos deixou indiferente”, afirma Marcelo Rebelo de Sousa numa nota publicada no site da Presidência da República.
Nascido numa família culta, com forte ligação ao Alentejo, irmão do futuro diplomata e escritor José Cutileiro, viveu em Lisboa, onde conheceu bem o meio literário e artístico. “O surrealismo interessou-o, a política tentou-o, as viagens ao estrangeiro abriram-lhe horizontes”, acrescenta o Presidente.
“Com João Cutileiro, a escultura portuguesa tornou-se contemporânea”, refere o primeiro-ministro nas redes sociais. “
Com João Cutileiro, a escultura portuguesa tornou-se contemporânea. Trabalhando predominantemente com mármore, as suas obras públicas contribuíram para renovar o espaço público em Portugal e dessacralizar a estatuária. É com profunda tristeza que lamento a sua morte.
— António Costa (@antoniocostapm) January 5, 2021
Trabalhando predominantemente com mármore, as suas obras públicas contribuíram para renovar o espaço público em Portugal e dessacralizar a estatuária”, refere António Costa.