O ator, dramaturgo e argumentista Francisco Nicholson morreu esta terça-feira, aos 77 anos, em casa, disse à agência Lusa fonte da família.
Francisco Nicholson começou a fazer teatro aos 14 anos, no antigo Liceu Camões, sob direcção do encenador e poeta António Manuel Couto Viana, a convite do qual veio a pertencer ao Grupo da Mocidade, que integrou com, entre outros, Rui Mendes, Morais e Castro, Catarina Avelar e Mário Pereira.
Estudou em Paris, frequentando a Academia Charles Dullin, do Théatre Nacional Populaire, privando com grandes nomes do teatro francês, como Jean Vilar, Georges Wilson, Gerard Philipe.
Desde a adolescência que abraçou a representação, primeiro no teatro, que foi sua casa durante muitos anos. Mais tarde, na televisão, torna-se rosto conhecido em séries e telenovelas. Foi Nicholson, com Thilo Krassman, Nuno Teixeira e Nicolau Breyner que criou a Vila Faia - a primeira novela portuguesa.
Fica para a história como um dos impulsionadores da companhia de teatro Ad-Hoc que no pós-25 de Abril acolheu muitos atores aspirantes, hoje caras conhecidas da representação.
Escreveu músicas que acabariam cantadas por António Calvário, Madalena Iglesias e Tony de Matos, e também marchas populares para bairros de Lisboa.
Há vários anos que sofria de problemas hepáticos tendo mesmo sido transplantado duas vezes.
(c/ Lusa)