O cantor Erasmo Carlos, 81 anos, símbolo do movimento musical e cultural que surgiu na década de 1960 e 1970 no Brasil conhecido como Jovem Guarda, morreu hoje na cidade do Rio de Janeiro, informaram os `media` locais.
Erasmo Carlos estava a ser tratado há alguns meses a uma síndrome edemigénica, doença que afeta os vasos sanguíneos.
O ícone musical foi o parceiro mais importante do também cantor Roberto Carlos na Jovem Guarda, movimento cultural e musical influenciado por Elvis Presley, Rolling Stones e Beatles, e que marcou a cultura e influenciou mais de uma geração no país já que misturou a música nacional brasileira com o rock.
Na semana passada, Erasmo Carlos venceu o Gramy Latino na categoria álbum de rock ou música alternativa em língua portuguesa.
O Presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, lamentou a morte do ícone da música na rede social Twitter.
"Erasmo Carlos, muito além da Jovem Guarda, foi cantor e compositor de extremo talento, autor de muitas das canções que mais emocionaram brasileiros nas últimas décadas. Tremendão, amigo de fé, irmão camarada, cantou amores, a força da mulher e a preocupação com o meio ambiente", escreveu Lula da Silva.
Erasmo Carlos, muito além da Jovem Guarda, foi cantor e compositor de extremo talento, autor de muitas das canções que mais emocionaram brasileiros nas últimas décadas. Tremendão, amigo de fé, irmão camarada, cantou amores, a força da mulher e a preocupação com o meio ambiente.
— Lula (@LulaOficial) November 22, 2022
O diretor da Rede Globo, José Bonifácio Brasil de Oliveira, conhecido como Boninho, publicou uma mensagem de despedida ao amigo no início da tarde.
"Meu adeus ao querido Tremendão. Erasmo leva seu sorriso e o rock para o céu! Saudades", escreveu Boninho.
Conhecido como Tremendão por conta de seu jeito arrojado e estilo que imitavam o seu grande ídolo, Elvis Presley, o músico brasileiro nascido no Rio de Janeiro compôs centenas de músicas das quais se destaca "Festa de arromba", seu primeiro sucesso e que compôs com seu maior parceiro, o cantor Roberto Carlos.
Erasmo Carlos também é autor de outros clássicos da música brasileira como "Vem Quente Que Eu Estou Fervendo", "Minha Fama de Mau", "É preciso saber viver", "Gatinha manhosa", "Além da Ilusão", "Quero que tudo vá para o Inferno" e "Detalhes".
Um de seus últimos trabalhos foi como ator protagonista na longa-metragem "Modo Avião", da Netflix. Em fevereiro de 2021, Erasmo Carlos lançou o álbum "O futuro pertence à... Jovem Guarda", com oito canções dos anos 1960 em comemoração das mais de cinco décadas de carreira.
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