Ministro da Cultura lamenta morte de Sara Tavares

por Lusa
O ministro da Cultura lamentou a morte da cantora cuja música faz a ponte entre diferentes culturas José Sena Goulão - Lusa

O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, lamentou "a morte muito prematura" da cantora portuguesa Sara Tavares, aos 45 anos.

Numa mensagem partilhada na noite de domingo na rede social X, Pedro Adão e Silva considerou que a música de Sara Tavares, "assente num cruzamento de influências cabo-verdianas e soul, é bem a prova de que a diversidade e a abertura são o oxigénio da vida cultural".

O ministro da Cultura lembrou que Sara Tavares, portuguesa de ascendência cabo-verdiana, "irrompeu no espaço público ainda muito jovem pela força da sua voz, mas revelou logo em seguida ser também uma notável autora de canções".

Sara Tavares, que tinha sido diagnosticada com um tumor cerebral, morreu domingo aos 45 anos, em Lisboa.

A cantora, que se deu a conhecer ainda adolescente nos anos 1990 no concurso televisivo de talentos "Chuva de Estrelas", da SIC, a interpretar uma música de Whitney Houston, foi publicando álbuns de originais que fizeram pontes dentro da música lusófona.

"Balancê" (2005) valeu-lhe um disco de platina e uma nomeação como Artista Revelação as prémios BBC Radio 3 World Music, e "Fitxadu" (2017) garantiu-lhe uma nomeação para os Grammy Latinos.

Ao longo do último ano, Sara Tavares tinha vindo a divulgar alguns temas novos, ao fim de cinco anos de silêncio. O mais recente tema, intitulado "Kurtidu", saiu em setembro passado pela Sony Music.

Do percurso de Sara Tavares também faz parte uma participação, em 1994, no Festival Eurovisão da Canção com o tema "Chamar a Música", de Rosa Lobato de Faria e João Oliveira, com qual obteve o oitavo lugar para Portugal.

A par da carreira em nome próprio, Sara Tavares colaborou com vários nomes da música portuguesa e lusófona, nomeadamente Ala dos Namorados, Dany Silva, Paulo Flores, Buraka Som Sistema e Carlão.

Nas redes sociais, vários músicos e artistas lembraram nas últimas horas Sara Tavares, entre os quais Slow J, Kalaf Epalanga, Branko, Samuel Úria, David Fonseca, Ana Moura e Carminho.

A morte de Sara Tavares também foi lamentada pelos presidentes da República de Portugal e de Cabo Verde.

Numa nota na página da Presidência Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa recordou a "vocação, dedicação e determinação" da cantora e salientou a sua "grande proximidade à música e aos músicos africanos".

O Presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, disse que a figura da cantora Sara Tavares continuará presente, "como luz que alumia caminho", numa mensagem publicada na Internet.

 

 

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