Lisboa, 16 jan (Lusa) -- A cantora e compositora luso-alemã Nicole Eitner foi uma das três artistas selecionadas para atuar no "MIDEM Off Showcase Competition", que se realizará entre 28 e 31 deste mês em Cannes, no sul de França.
Das 157 bandas a concurso, Nicole Eitner foi uma das escolhidas, ao lado de EYOT, um grupo sérvio que aposta na eletrónica, e do grupo canadiano feminino Naria.
Nicole Eitner, que em 2011 lançou o álbum "I Am You" com o nome Nicole Eitner & The Citizens, atuará no Morrison`s Lounge, fora do Palácio de Congressos, onde decorrer o MIDEM, o maior mercado da música e da indústria de entretenimento.
Sobre Cannes, a intérprete afirmou à agência Lusa: "O que vou fazer é sentar-me ao piano e cantar as minhas canções, sem qualquer lista, e tentar envolver quem me ouve. E depois, procurar celebrar contratos".
Nicole Eitner concorreu ao MIDEM off Showcase Competition por iniciativa. "Vi na Internet e inscrevi-me. Estou sempre atenta, concorro a tudo, tento divulgar ao máximo a minha música", disse a cantora, que em 2009 esteve no Festival South by Southwest, em Austin, nos estados Unidos.
"Este ano também concorri a Austin, mas recebi um não", contou.
Na página oficial na Internet, o MIDEM afirma que Nicole Eitner "cria uma apaixonada fusão" da música pop com uma visão moderna da clássica com um toque de jazz.
Nicole Eitner, ainda segundo o site do MIDEM, é "direta, romântica, envolvente" e com uma identidade própria e "as audaciosas canções" são "salpicadas de magia e mistério".
Nicole Eitner canta, toca, compõe, produz e é arranjadora musical. Da banda The Citizens fazem parte Alexandre Frazão na bateria, Miguel Menezes no contrabaixo e Viviena Tupikova no violino.
Quanto às canções, Nicole Eitner afirmou que falam da sua vida e referiu-se ao álbum como "um diário, mas sem factos".
"São no fundo canções sobre o amor, o amor entre as pessoas é o que mais me inspira, daí o título do álbum, `I Am You`. Sem as outras pessoas não sou ninguém".
A intérprete considera que não tem recebido a devida atenção das rádios, que não passam a sua música. "Sem me estar a vitimizar, estou a ser vítima por, atualmente, não se arriscar tanto, e não apostarem em coisas novas", disse à Lusa.
"Ninguém me conhece, tive azar em não ter passado tanto nas rádios, mas quando faço um concerto fico pasmada com a reação do público, que fica maravilhado, e com o retorno muito positivo que recebo no Facebook", contou.
"Sou daquelas que se calhar não escreve um êxito que depois desaparece, mas sei que vou ficar aqui muito tempo, sou um produto mais lento, para as pessoas gostarem cada vez mais", rematou.