"Lorde" assinala estreia do escritor brasileiro João Gilberto Noll em Portugal
Lisboa, 29 mai (Lusa) -- O escritor brasileiro João Gilberto Noll é publicado pela primeira vez em Portugal, com a edição esta semana de "Lorde", obra distinguida em 2005 com o Prémio Jabuti/Romance, que inaugura a Elsinore, nova chancela da editora 2020.
O romance "Lorde" é reflexo da experiência vivida pelo autor em Inglaterra, onde foi, em 2004, escritor-residente do King`s College, em Londres.
O autor, nascido há 69 anos em Porto Alegre, viu a sua obra "Harmada" incluída entre os cem grandes romances brasileiros de sempre.
Noll iniciou nas lides literárias em 1980 com "O cego e a bailarina", que recebeu, em 1981, o Prémio Jabuti na categoria autor revelação da literatura adulta.
No âmbito da 85.ª Feira do Livro de Lisboa, que abriu quinta-feira, a editora 2020 tem prevista uma programação em que destaca a nova chancela, na qual publicou também, nesta semana inaugural, o romance "A eterna demanda", da norte-americana Pearl S. Buck, escritora vencedora do Prémio Nobel de Literatura, em 1938.
Fonte da 2020 disse à Lusa que "aproximar autores portugueses e estrangeiros dos leitores e proporcionar aos mais pequenos uma experiência enriquecedora é o mote" para a Feira, que pretendem que seja "um evento rico em emoções".
Com o objetivo de "chamar as crianças para a festa do livro, a 2020 Editora, através da chancela Booksmile, terá muitas atividades: José Fanha, vai apresentar, no próximo domingo, às 18:00, na Praça Amarela o seu novo livro, "Era uma vez eu". A José Fanha juntam-se outros autores, designadamente Nuno Caravela, Rita Vilela, José Pires, Maria Inês de Almeida e Manuel Margarido", disse a mesma fonte.
A personagem "Greg", protagonista de "O diário de um banana", a coleção infanto-juvenil mais vendida em Portugal, segundo a editora, "vai estar na Feira aos fins de semana e, nos dias 01 e 10 de junho, preparado para receber as centenas de crianças que todos os anos se deslocam para levar um autógrafo e uma fotografia com ele".
Além das habituais sessões de autógrafos, a 2020 Editora promove vários debates, nomeadamente sobre o Estado Islâmico, o papa Francisco e os casos de "bullying".
No dia 05 de junho, às 19:30 o jornalista norte-americano J. M. Berger, autor do livro "Estado Islâmico: estado de terror", debate o tema com José Anes, ex-presidente do Observatório de Terrorismo e Segurança, e Nuno Tiago Pinto, jornalista da revista Sábado e autor do livro "Os combatentes portugueses do Estado Islâmico".
No dia 10 de junho, às 15:00, "vai falar-se sobre uma das atuais figuras mundiais mais carismáticas, Jorge Bergoglio, o papa Francisco, numa conversa a três jornalistas", o britânico Austen Ivereigh, que vem a Portugal apresentar o seu mais recente livro, "Francisco, o grande reformador: os caminhos de um papa radical", Aura Miguel, da Rádio Renascença, e Octávio Carmo, da Agência Ecclesia.
No dia 14 de junho, às 17:00, a psicóloga Rita Castanheira Alves, autora do livro "A psicóloga dos miúdos", irá responder a perguntas que lhe forem colocadas "sobre os mais variados assuntos, entre os quais o `bullying`", numa sessão na Praça Amarela.
A 2020 inclui as editoras e chancelas Booksmile, Nascente, Topseller, Vogais e Elsinore, inaugurada esta semana e que tem "uma vocação literária, sem fronteiras de género, região ou época".
Até ao final deste ano, a Elsinore publicará 11 títulos. Além de "Lorde", de João Gilberto Noll, e de "A eterna demanda", de Pearl S. Buck, estão previstos sair "Escravas do poder", da jornalista mexicana Lydia Cacho, no dia 22 de junho, e "Na presença de um palhaço", de Andrés Barba, a 06 de julho.