
O realizador de cinema dinamarquês Lars Von Trier sofreu uma depressão que, segundo testemunho do próprio, o incapacitou para o trabalho e o faz ter dúvidas de que volte a filmar.
Numa entrevista ao jornal Politiken, Von Trier referiu que a depressão o afectou no princípio do ano e o deixou "como uma folha de papel em branco".
"É muito estranho para mim, porque eu tive sempre pelo menos três projectos na cabeça", disse.
O realizador esteve internado para tratamento e, saindo do hospital, sentiu-se - como confessou - sem ânimo, sem vontade de trabalhar.
"Não se pode fazer um filme - observou - e ao mesmo tempo estar deprimido. Dizem-me que são necessários dois anos para recuperar de uma depressão. Vamos esperar para ver".
Em consequência da depressão, está agora em dúvida o plano de começar a rodar em meados deste ano "Anti-Cristo", um filme de horror em que Satanás aparece como o criador do mundo.
Membro fundador do movimento Dogma, autor de filmes como "Ondas de paixão" e "Dancer in the Dark", o realizador aponta como seu melhor e mais original filme "Dogville", com a actriz Nicole Kidman no papel principal.