O dirigente comunista José Casanova vai lançar quinta-feira o seu terceiro romance, "O Tempo das Giestas", uma história de amor que pretende ser "um pequeno contributo para combater a campanha de branqueamento do fascismo".
Em declarações à Lusa, Casanova afirmou que este livro conta "a história de um grande amor que começa em 1936".
Um rapaz e uma rapariga conhecem-se nessa altura e apaixonam-se.
Ele, uma figura misteriosa que oculta a sua vida, acaba por desaparecer ao fim de alguns meses.
Cinquenta anos depois, a "rapariga" descobre que o desaparecido foi preso e enviado para o Tarrafal.
"Este livro pretende ser um pequeno contributo para combater esta campanha de branqueamento do fascismo que tenta demonstrar que o que existiu em Portugal não foi um regime fascista, mas um Estado Novo autoritário e paternalista", disse à Lusa o director do Avante, o jornal do PCP.
O novo livro, editado pela Caminho, surge na linha dos dois anteriores romances de Casanova, "O Caminho das Aves" e "Aquela Noite de Natal", cujas histórias remontam igualmente ao tempo da ditadura.
Para Casanova, escrever romances é também uma forma de intervir politicamente.
"O Tempo das Giestas" vai ser lançado numa sessão que decorrerá quinta-feira, na Casa do Alentejo, em Lisboa.