Será uma ravina, ou um caminho, entre bosques, que nos leva até ao fim de um vale?
Desta paisagem não reconhecível, que pode ser tantas paisagens, emana uma suave nostalgia, talvez a de um momento fixado na tela, o tempo em que o artista permaneceu no local a desenhar o que mais tarde, no seu atelier, iria transpor para este quadro de grandes dimensões.
E é também através do tamanho da obra que João Queiroz nos convoca a participar nela, criando a vontade de nos perdermos nesta paisagem desenraizada e memorizada. Uma técnica recorrente do artista plástico lisboeta que estudou filosofia e pensa a matéria que trabalha.