O Instituto Português da Juventude (IPJ) anunciou a atribuição de dois prémios, de 1.500 euros cada, na terceira edição do Festival Internacional de Cinema Documental de Lisboa, que começa dia 15 de Outubro.
O Prémio Escolas será atribuído ao melhor documentário português e o prémio Universidades irá para o melhor documentário em competição.
Além da criação destes prémios, o IPJ vai dar apoio logístico, fornecer equipamentos audiovisuais e ajudar a divulgar o evento.
Esta é a primeira vez que o IPJ desenvolveu uma parceria com a entidade promotora do Festival (a Associação pelo Documentário), com o objectivo de "incentivar actividades que contribuem para a integração social dos jovens a nível cultural, educativo e artístico".
O Festival tinha já o apoio financeiro do Ministério da Cultura, do Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimédia e da Câmara Municipal de Lisboa.
A terceira edição do Festival DocLisboa vai exibir a partir entre 15 e 23 de Outubro, na Culturgest, 90 filmes, entre eles 15 portugueses.
"Histórias da Europa: Nacionalismos, Identidades e Fronteiras" é o tema principal da edição deste ano, cuja organização espera atrair mais público do que na anterior, que atingiu os 13.500 espectadores.
Na programação, surgem 15 filmes portugueses entre os 90 que serão exibidos, com sete estreias absolutas e alguns pela primeira vez em Lisboa ou em sala.
Em competição internacional de longas-metragens encontra-se o filme português "Sereias" (estreia absoluta), de Dina Campos Lopes, uma obra que retrata a passagem por Lisboa, em 2004, do polémico "barco do aborto" "Women on Waves".
"Alimentation Générale", de Chantal Briet (França), "Before The Flood", de Yan Yu e Li Yifan (China), "El Cielo Gira", de Mercedes Alvarez (Espanha), são algumas das oito longas-metragens também a concurso.
Na competição internacional de 15 curtas-metragens surge o filme português "Documento Boxe", de Miguel Clara Vasconcelos, e ainda "Cell Stories", de Edward Lachman (EUA), "Farewell", de Wu Ching (Taiwan), "Pepina", de Pablo Aguero (Argentina), e "Urgences, les Nuits des Villes", de Pierre Maillis-Laval (França).
A organização decidiu este ano realizar uma secção especial de cinema português com o objectivo de questionar a situação actual do documental, a nível de produção, distribuição, meios e resultados.
Nos 11 filmes portugueses a concurso surgem seis estreias absolutas, nomeadamente "A Conversa dos Outros", de Constantino Martins e Nuno Lisboa, "A Luz da Ria Formosa", de João Botelho, "Bubbles - 40 anos à procura de sabe-se lá o quê", de Helena Lopes e Paulo Nuno Lopes, "Da Pele à Pedra", de Pedro Sena Nunes, "Falta-me", de Cláudia Varejão, e "Fiat Lux", de Luís Alves de Matos.
Em paralelo surge este ano outra nova secção, intitulada "Investigações", com filmes que "relatam como vai o mundo".
Entre eles estão "A Decent Factory", de Thomas Balmés (França), "Era uma vez um Arrastão", de Diana Andringa (Portugal), e "Operation Spring", de Angelika Schuster (Áustria).
O programa integra ainda 12 filmes dedicados ao documentário russo pós-Soviético, oito sobre o tema principal do festival, sobre os nacionalismos, identidades e fronteiras europeias, e uma retrospectiva integral (11 películas) do realizador norte-americano Ross McElwee, a primeira a ser feita na Europa.
Este ano, o festival - que é apresentado em mais três salas da galeria 2 da Culturgest - conta com master classes de Raymond Depardon, Ross McElwee, sessões para escolas, conferências e debates.
Para esta edição em particular, que decorre até 23 de Outubro, foi criado o Prémio Atalanta Filmes, a atribuir ao melhor documentário português de todo o festival, independentemente da secção em que é apresentado.
Com o apoio financeiro do Ministério da Cultura, do Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimédia e da Câmara Municipal de Lisboa, o evento conta este ano com um investimento de cerca de 258 mil euros.