Guitolão elétrico: o novo instrumento inventado por um português
Parece uma guitarra portuguesa, mas também se assemelha à elétrica. No fundo, o guitolão elétrico acaba por ser uma mistura dos dois instrumentos. A cultura portuguesa foi a inspiração de Pedro Alves Duarte, o músico que o concebeu para o utilizar especificamente no seu primeiro álbum.
A ideia seria criar uma guitarra portuguesa que alcançasse mais notas musicais, com sonoridades mais graves e agudas. Por isso, o braço por onde se estendem as cordas do guitolão é mais extenso.
Uma guitarra portuguesa moderna
O corpo do instrumento também é maior, o que possibilita uma maior projeção dos harmónicos, mas também o torna mais característico e invulgar.
O instrumento pode adaptar-se a qualquer estilo musical, incluindo o pop, jazz, rock ou fado. A estabilidade dos sistemas permite afinações diversas para resultados criativos autênticos, destaca Pedro Alves Duarte.
“Caravela” é o nome do primeiro original onde se faz ouvir pela primeira vez o guitolão elétrico.
Pedro Alves Duarte sublinha que este instrumento só poderia ter sido inventado por alguém com o intuito de o usar na sua própria música ou que “não tem o conhecimento para o tocar”. Este guitolão, refere, faz parte da sua “organologia, do timbre, da identidade” musical.
A caixa-de-ressonância do instrumento em forma de gota é inspirada na arquitetura interna da guitarra portuguesa, e a cor azul é uma alusão à azulejaria portuguesa.
As entradas de som têm a forma de uma folha de oliveira – árvore predominante em Portugal – e o braço também tem várias folhas desenhadas.
O guitolão é uma marca da identidade portuguesa no mundo da música. O processo de patenteamento já teve uma reposta positiva. Em breve, é possível que vejamos este instrumento no mercado e que o oiçamos nos mais diversos estilos musicais.